A importância do Oscar para o Brasil com Ainda Estou Aqui
Qual a importância do Oscar para o Brasil com Ainda Estou Aqui? Muitas pessoas pararam as festividades de carnaval para acompanhar a disputa nas três categorias pelas quais o filme foi indicado: Melhor Filme Internacional, Melhor Atriz (Fernanda Torres) e Melhor Filme.
As melhores perspectivas eram, de fato, de Filme Internacional, principalmente depois de toda polêmica envolvendo o horroroso Emilia Perez. Fernanda Torres e Demi Moore, na minha opinião, entregaram as grandes performances de 2024, mas o prêmio ficou mesmo com Mikey Madison, do bom Anora, longa metragem que faturou também o prêmio mais cobiçado da noite.
Para contextualizar, Ainda Estou Aqui é baseado numa história real e retirado do livro de mesmo nome, escrito por Marcelo Rubens Paiva. Na sinopse: No início da década de 1970, o Brasil enfrenta o endurecimento da ditadura militar. No Rio de Janeiro, a família Paiva – Rubens, Eunice e seus cinco filhos – vive à beira da praia em uma casa de portas abertas para os amigos. Um dia, Rubens Paiva é levado por militares à paisana e desaparece. Eunice – cuja busca pela verdade sobre o destino de seu marido se estenderia por décadas – é obrigada a se reinventar e traçar um novo futuro para si e seus filhos.
Dirigido por Walter Salles (Central do Brasil), conta com Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Selton Mello, Otavio Linhares, Maeve Jinkings e Marjorie Estiano no elenco. Atualmente, mais de 5 milhões de pessoas já conferiram o longa nos cinemas de todo país.
A importância do Oscar para o Brasil com Ainda Estou Aqui
Ao longo do últimos anos, com essa polarização política e essa distorção da realidade, muitos cidadãos iniciaram um movimento mesquinho e tolo que pedia a volta da Ditadura Militar, pois, segundo eles, ‘aqueles anos eram melhores que os atuais‘. Se quem tem essa narrativa fazia parte do exército, consigo até compreender, já que era quem mandava e desmandava em tudo – e pode, até, ter sangue de inocentes escorrendo pelas mãos. Mas se for um civil soltando essa ladainha, precisarão de mais leitura e coerência com o passado.
O fato é que, após décadas amargando aquela derrota de Fernanda Montenegro para a inexpressiva Gwyneth Paltrow em Shakespeare Apaixonado, finalmente vencemos. E não só isso! Este é um filme que é um marco contra a Ditadura Militar (aliás, mais um de tantos), mostrando que a arte precisa contar histórias para que elas não voltem a se repetir, tocar em feridas que teimam em ‘deixar de lado’, dar nome a todos aqueles que foram assassinados e, em muitos casos, seus corpos nunca foram encontrados.
Obviamente, muitos vão tentar minimizar este feito, mas não tem problema! Fomos nós que ajudamos nessa conquista e, ao menos, os cinemas ficaram lotados de espectadores e não de poltronas vazias.
Trecho de minha opinião sobre Ainda Estou Aqui
“Lembrando que este drama familiar pode ser conferido e compreendido universalmente, pois dezenas de países já tiveram suas ditaduras. Nesse ínterim, Salles não foca na violência gráfica, mas tenta compreender as dores e o sofrimento da família Paiva e, em inúmeros trechos, isso causa mais agonia e revolta, justamente por conta desta escolha (veja a cena do DOI-CODI) e por avaliar que absolutamente ninguém estava a salvo – mesmo uma família da elite carioca como aquela”.
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E para você, qual a importância do Oscar para o Brasil com Ainda Estou Aqui?