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7 curiosidades sobre A Princesa de Elymia

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7 curiosidades sobre a princesa de elymia

No próximo dia 10 de outubro o primeiro longa metragem em animação feito na Paraíba irá estrear em vários estados brasileiros, dentre eles São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba e Rio Grande do Sul. E além de um vídeo com as 7 curiosidades sobre A Princesa de Elymia, traremos uma entrevista com o diretor Sílvio Toledo, que, dentre outras coisas, falou que o nome Elymia “foi sugestão de um escritor, filho de um grande amigo meu, para nomear o que antes apenas nomeávamos “Reino Encantado”. Elymia pareceu um nome que representava bem o mundo fantástico.”

Sem maiores delongas, confira aí o vídeo com as curiosidades:

E agora o bate papo com o diretor Sílvio Toledo:

Cinema e Pipoca: Como surgiu a ideia para A Princesa de Elymia?

Silvio Toledo: Desde adolescente eu me encantava com os filmes de animação e decidi que um dia faria um. Minha esposa , quando ainda era minha namorada , escreveu um conto de fantasia que eu queria transformar num curta, mas ao longo dos anos, a história foi crescendo e virou um longa. Tudo que eu gostava nos filmes de animação eu coloquei lá, incluindo os monstros e dragões.

Cinema e Pipoca: Por ser a primeira animação em longa metragem realizada na Paraíba, vocês devem ter passado por algumas dificuldades até a finalização do projeto, correto? Quais foram as principais?

Silvio Toledo: Ninguém acreditava que fosse possível, nem mesmo a própria equipe. O tempo inteiro tendo que matar um leão (o de quatro olhos é bonzinho e faz parte do nosso logo) . Alguns não levavam a sério o próprio trabalho, outros desistiram. Houve até quem deletou o trabalho de anos da equipe e nós recuperamos com o tempo. Houve atrasos nos pagamentos que gerou problemas financeiros graves. Não é todo mundo que aguenta tantas emoções.

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Cinema e Pipoca: Como foi o processo para criação deste universo fantástico e quanto tempo demorou para tirá-lo do papel?

Silvio Toledo: Demorou uns 10 anos. Fiz centenas de desenhos. Comecei a fazer com recursos próprios por uns 5 anos e apenas 5 anos depois consegui financiamento da ANCINE e FINEP para contratar uma equipe permanente. Eu costumava reunir num personagem tudo o que eu gostava. Por isso temos personagens com muitas asas, monstros que são híbridos de diversos seres e animais.

Cinema e Pipoca: Houveram influências de outras obras para a composição de A Princesa de Elymia? Se sim, quais?

Silvio Toledo: Sim. Da maioria das animações dos anos 80 como Thundercats, He-Man, Caverna do Dragão e também tem influências de Senhor dos Anéis e dos filmes Disney.

7 curiosidades sobre A Princesa de Elymia

Cinema e Pipoca: A trilha sonora, ao menos no trailer, é bastante marcante. O processo para escolha e composição das músicas ocorreu lado a lado ao desenvolvimento da parte gráfica?

Silvio Toledo: Sim, a música foi sendo construída junto com as imagens e também levou um tempo. Algumas das letras refletem os momentos de luta, tristezas e alegrias pelos quais passávamos enquanto produzíamos o filme, e falam da nossa intenção de vencer, de ir até o fim e mudar o que não nos favorece, talvez por isso elas tenham profundidade.

Cinema e Pipoca: A produção foi iniciada em 2013 e teve um orçamento 375 vezes menor que o de Moana, por exemplo. Se tivessem o mesmo orçamento, acha que demorariam quanto tempo para finaliza-lo?

Silvio Toledo: Teríamos terminado uns anos antes e ainda teríamos um refinamento visual muito mais preciso. Contudo, infelizmente isto está fora da nossa realidade, por enquanto. Nós fizemos o melhor possível com o que tínhamos… realmente trabalhamos duro. Vamos perder feio em qualidade técnica para uma produção Disney, mas de modo algum em conteúdo. Quem assistir ao filme vai encontra uma mensagem de esperança lá e se responsabilizar em semeá-la também.

Cinema e Pipoca: Hoje em dia muitos projetos são multimidiáticos. Acha que A Princesa de Elymia pode ganhar HQs, seriados, webserie e etc.?

Silvio Toledo: Estava nos planos, mas com o passar dos anos o Brasil começou a valorizar-se menos. Lembro que nos anos 80 as pessoas vibravam demais com iniciativas deste tipo, hoje, as pessoas só valorizam o que vem de fora e que lhes é imposto, tem preguiça de pensar com o próprio cérebro, vejo uma sociedade se deteriorando e as pessoas sendo conduzidas de um lado a outro como gado. Não sei se teríamos receptividade porque nossa produção é independente e não temos poder de mídia. O projeto teria que fazer um grande barulho mundial, o que, neste momento, é difícil.

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7 curiosidades sobre A Princesa de Elymia

Cinema e Pipoca: Com a Ancine sofrendo este processo de quase “sucateamento” e muita censura pelas mãos do governo. O que você espera do cinema nacional daqui para a frente?

Silvio Toledo: O Brasil está sendo sabotado em todas as áreas e acontece também no cinema justamente quando essa indústria estava em crescimento considerável. Portanto, nosso próprio governo criando leis para entregar o cinema ao controle das multinacionais e cortando apoio às produções locais, mesmo quando há muito dinheiro em caixa que só pode ser usado para apoiar o cinema nacional. Temos riqueza para financiar empregos que estão sendo retidas. O próprio brasileiro caindo na armadilha e achando que o bom é ter filme americano de qualidade nos nossos cinemas e TVs e que filme nacional não presta. Os filmes estrangeiros que são incríveis, perfeitos e divertem, também nos ensinam a ser escravos.

Muita gente ainda não consegue enxergar, mas as gerações futuras terão vergonha, muita, muuuuiiittaaa vergonha, do que permitimos que acontecesse ao Brasil neste período. Teremos um retrocesso, talvez irreversível, nos próximos anos, mas a arte sobrevive em tempos ruins ou bons, é como a tuberculose que inspirava os poetas. Nada cala um poeta, nada cala um artista. Nem mesmo a morte do artista apaga a obra.

O povo brasileiro é culpado por permitir, a história precisa ser lembrada pra que os erros não sejam repetidos. Nós precisamos de educação e acima de tudo humanidade. Não somos um povo de esquerda ou de direita, somos um povo que tem dois braços que precisam trabalhar juntos. Se sua perna direita e esquerda começarem a se chutar, quem ganha com isso? Quem anda? Não somos inimigos uns dos outros, o inimigo está por cima, dando risadas enquanto se apodera de nossas riquezas e nos faz escravos.

Cinema e Pipoca: Existem outros projetos que está trabalhando e que poderia nos contar um pouco a respeito?

Silvio Toledo: Ainda este ano vamos iniciar um novo projeto de animação baseado no livreto de cordel “Juvenal e o Dragão”. Será um novo longa-metragem em estilo totalmente diferente. Bem como, concluímos um filme de drama/mistério intitulado “Incursão” e nos preparamos para lançar em 2020. 

Enfim, o que acharam das 7 curiosidades sobre A Princesa de Elymia e da entrevista com o diretor? Comente com a gente!

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Editor CP

ENTREVISTA E TOP CP – 7 FILMES RECENTES TIRADOS DE LIVROS INFANTIS

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Hoje, dia 02 de abril, comemoramos o Dia Mundial do Livro Infantil. O gosto pela leitora começa desde cedo e vale a pena os pais incentivarem sempre seus filhos e lerem juntos as mais variadas obras. Além da lista de filmes, que dá nome à postagem, segue uma entrevista com Christian David, autor de livros juvenis como ‘A Menina que Sonhava com os Pés’

– ONDE VIVEM OS MONSTROS (2009)

ONDE VIVEM OS MONSTROS 2009


Baseado no livro de Maurice Sendak, ‘Onde Vivem os Monstros’ é um filme que deve ser redescoberto o quanto antes. Há muito simbolismo para pontuar o rito de passagem da criança para a adolescência, sem contar a forma delicada com que o roteiro nos mostra a solidão e ao mesmo tempo, os subterfúgios criados pela mente da criança. Pequeno grande filme.

Saiba mais da lista e a entrevista especial sobre o Dia Mundial do Livro Infantil
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Entrevista com Rosane Svartman sobre a série Vicky e a Musa, que estreia hoje (19), no Globoplay

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Entrevista com Rosane Svartman

A partir de hoje (19), os assinantes do Globoplay poderão acompanhar as aventuras e descobertas dos jovens e adolescentes de Vicky e a Musa, com a estreia da primeira parte da temporada. Por isso, essa entrevista com Rosane Svartman (criadora e escritora do programa) é mais do que bem vinda!

Com direção artística de Marcus Figueiredo, a série mostra a importância da arte na vida das pessoas. “Todo mundo tem um filme que marcou a sua vida, uma música que lembra alguém especial, um livro que nunca esqueceu. Esta é uma série não só sobre quem faz arte, mas sobre como nós somos permeáveis a ela e à cultura como um todo, e como isso faz com que a gente se entenda nesse mundo e entenda melhor o outro. A arte nos faz humanos”, conceitua Rosane.

No primeiro musical criado e produzido pelos Estúdios Globo, se destacam os dilemas da adolescência – uma época em que “tudo parece o fim do mundo e, na verdade, é apenas o começo”, nas palavras da autora, e o amadurecimento dos jovens adultos, já que a trama passeia também por suas escolhas profissionais que se sobrepõem aos sonhos, pela entrada no mercado de trabalho, pelos relacionamentos que se transformam ao longo do tempo, entre outras questões.

Antes da entrevista com Rosane Svartman, vamos conferir a sinopse e o elenco da série!

Entrevista com Rosane Svartman
créditos: Globo / Estevam Avellar e Camila Maia

Sinopse de Vicky e a Musa

O fio condutor dessa história sobre o poder transformador da arte é Vicky (Cecília Chancez), uma jovem estudante cheia de sonhos, que sempre foi apaixonada por música e dança e tenta entender seu lugar no mundo com a chegada da adolescência.

Ela e Luara (Tabatha Almeida) sempre foram grandes parceiras, mas a relação das duas está abalada desde que Luara resolveu deixar a amiga de lado, sem qualquer motivo aparente, e passou a ignorá-la após a morte da mãe durante a pandemia de Covid-19.

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Cansada dessa vida solitária e reagindo às provocações de Luara, Vicky desabafa na praça do bairro e, enquanto suas palavras carregadas de sentimento são ditas no timbre mais forte de sua voz, uma brisa intensa levanta a poeira no local e chama a atenção de todos.

O significado disso nem ela mesma sabe, mas seu pedido de socorro está prestes a ser atendido por Euterpe (Bel Lima), a musa da música segundo a mitologia Grega e uma das figuras que mais chama sua atenção nas aulas lecionadas por Isa (Malu Rodrigues), irmã de Luara.

Com inúmeros artistas que se tornaram ícones da música graças aos seus encantos, a filha de Zeus chega à Terra trazendo apenas um propósito: inspirar Vicky para, através dela, arrebatar outras pessoas e, consequentemente, todo o bairro de Canto Belo.

Junto de sua chegada, uma aura de magia toma conta do local, sinalizando que algo muito poderoso está prestes a acontecer: conforme Euterpe caminha pelas ruas, ela inspira as pessoas com sua purpurina mágica, que cantam com ela a música “O Sol”, de Vitor Kley, no primeiro de muitos clipes que embalam a trama.

Assim, a deusa, que chega um pouco perdida porque não pisa no planeta Terra há muito tempo, se encanta pela vizinhança. Sem que ninguém saiba que ela é uma divindade, Euterpe tem papel fundamental na transformação de Canto Belo, já que enxerga nos indivíduos algo que eles mesmos não veem. Apesar da disposição e de estar munida de sua purpurina mágica do entusiasmo, a musa da música logo percebe que a tarefa não vai ser nada fácil.

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Para sua surpresa, e ao mesmo tempo, decepção, seu irmão Dionísio (Túlio Starling), deus do teatro, também volta à Terra. Com um jeito excêntrico e ao mesmo tempo atrapalhado, ele tem certa dificuldade de interagir com os humanos. Eles não compreendem suas piadas milenares e seu humor incomum. Dionísio vai provocar muita confusão e, algumas vezes resolver empecilhos, com seu dom de se transformar em outras pessoas.

É no teatro abandonado da região que os irmãos decidem se refugiar. E é, então, nesse lugar ‘sagrado’ que cada jovem envolvido no processo transformador de Canto Belo vai se reconectar com a sua essência ao longo dos episódios. Um efeito cascata terá início com a chegada dos deuses, por meio da arte, e vai propor aos personagens uma jornada de reencontro consigo mesmos e de reconexão em suas relações sociais.

O elenco da série

O elenco da série, cuja segunda temporada tem previsão de estreia em dezembro, tem nomes conhecidos do público nas redes sociais, teatro, cinema e da TV. Além de Cecilia Chancez, Tabatha Almeida, Bel Lima e Túlio Starling, o musical conta ainda com Nicolas Prattes, João Guilherme, Cris Vianna, Dan Ferreira, Jean Paulo Campos, Malu Rodrigues, Hilton Cobra, Pedro Guilherme Rodrigues, Leticia Isnard, Manu Estevão, entre outros. Os episódios finais da primeira temporada chegam ao Globoplay no dia 26 de julho.

Entrevista com Rosane Svartman
créditos: Globo / Estevam Avellar e Camila Maia

Então, sem mais delongas, vamos para a entrevista com Rosane Svartman.

Entrevista com Rosane Svartman

Como descreve a série ‘Vicky e a Musa’ e os elementos que funcionam como fio condutor da história?

  • Rosane: ‘Vicky e a Musa’ é uma série que valoriza a arte e a cultura, e mostra como isso pode transformar pessoas e como pessoas transformam territórios. Não é uma história apenas sobre quem faz arte, mas sobre como nós somos permeáveis à arte e cultura, e como isso faz com que a gente se entenda nesse mundo e entenda o outro. Arte é também empatia. Em ‘Vicky e a Musa’, o território também é protagonista, além das pessoas que vivem ali. Ao longo da trama, Canto Belo se transforma, assim como suas personagens. Mas Vicky (Cecilia Chancez) tem extrema importância nesse processo, ela é o fio condutor. É a personagem que sente falta de alguma coisa naquele lugar que nem sabe direito o que é e, sem querer, chama a musa da música. E é a partir da chegada de Euterpe (Bel Lima) que as pessoas e o território são transformados através da arte.

De que forma o gênero musical influencia na escrita da obra?

  • Rosane: Influencia muito, porque as músicas precisam ajudar a contar a história e a retratar aquele momento de cada personagem. Acredito que o cancioneiro brasileiro é muito rico e viaja o mundo. Temos artistas incríveis, uma diversidade muito bacana e nós da equipe de roteiro e pesquisa tentamos trazer isso para a série, com músicas de várias épocas e gêneros, mas que precisavam caber na narrativa.

O Teatro Parnasus é um dos principais cenários da série. Qual é a importância desse lugar para a trama?

  • Rosane: O teatro começa abandonado até que os jovens o ocupam com a inspiração dos deuses da arte, e, à medida que vão se transformando e transformando o teatro, eles entendem que a arte vai além daquelas paredes e cadeiras.

E a última questão da entrevista com Rosane Svartman é: o que o público pode esperar de ‘Vicky e a Musa?

  • Rosane: Espero que o público se inspire. Acho que ‘Vicky e a Musa’ faz a gente pensar sobre o nosso cotidiano, sobre a nossa realidade e como a arte está presente em nossas vidas. Espero que seja uma série lembrada também por alegrar a vida das pessoas.

E então, o que achou dessa Entrevista com Rosane Svartman sobre a série Vicky e a Musa?

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Entrevista com Ivo Lopes Araújo, diretor de fotografia do longa “Casa Vazia”

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casa vazia Ivo Lopes Araujo credito arquivo pessoal

O Cinema e Pipoca recebeu um material exclusivo, com uma entrevista com Ivo Lopes Araújo, um dos mais aclamados diretores de fotografia da atualidade no país. O cearense ajustou o foco e enquadrou as cenas de recentes sucessos do cinema brasileiro, como GirimunhoTatuagemGreta. Também integrou a equipe do internacionalmente premiado Bacurau

O mais novo trabalho do fotógrafo é o longa-metragem Casa Vazia, que chega aos cinemas neste fim de semana em São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Natal, Palmas e no Rio de Janeiro. Por esse filme, Ivo conquistou um Troféu Redentor, no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2021, e um Kikito, no Festival de Gramado no ano passado.  

Rodada em Santana do Livramento (Rio Grande do Sul) e Rivera (Uruguai), a produção aborda o empobrecimento da população em áreas agrícolas marcadas pelo avanço da tecnologia e das desigualdades sociais.

Dirigido por Giovani Borba e definido como um neo-western pela revista Variety, o filme explora uma linguagem híbrida entre ficção e documental e tem como protagonista um não-ator, Hugo Noguera, que é um ex-peão de estância.

Entrevista com Ivo Lopes Araújo
Cartaz Casa Vazia

Confira a entrevista com Ivo Lopes Araújo, sobre o longa Casa Vazia

Casa Vazia foi sua estreia em um filme rodado no pampa gaúcho. Como foi essa experiência?

Ivo: Foi a primeira vez que eu filmei nos pampas gaúchos. Foi incrível porque tem uma luz muito suave. Então durava horas do dia aquela luz suave. Tudo fica muito colorido. Os contrastes ficam certinhos, é uma paisagem incrível mesmo. Mas acho que a paisagem é usada a serviço do filme. E aí tem um trabalho que eu acho que é coletivo. Pra mim, foi um privilégio estar filmando nesse lugar, nessa época, e pra contar essa história. Tudo estava casando muito bem.

Como foi transpor para a tela a imensidão dos campos e essa sensação de vazio que permeia toda a trama? 

Ivo: É impressionante como a natureza é forte na imagem. Ela traz tantas sensações. Acho que é nosso inconsciente, nossa memória ancestral que faz com que a gente se relacione com aquilo num lugar muito poderoso. É impressionante como, dependendo da história que se cria, da trama, você pode ter uma sensação de plenitude com a natureza, de solidão. Então, ela amplifica o gesto humano e o que a dramaturgia tá contando. No caso desse personagem silencioso e desse vazio que o filme cria, a natureza é usada para expandir isso, levar para um lugar maior. E funciona muito bem. O que poderia ser uma paisagem bucólica, se torna uma paisagem quase opressora pela sensação de solidão e de vazio que o personagem tá vivendo. É bem interessante o uso da natureza para tornar esse sentimento maior.

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casa vazia Credito Panda Filmes
Crédito: Panda Filmes

Você conquistou um Troféu Redentor e um Kikito com Casa Vazia. Em diversas cenas, a fotografia parece ser a única personagem que dialoga com o protagonista. Essa foi a sua intenção?

Ivo: É bem importante entender que o trabalho de composição da imagem do filme e a forma como ela ajuda na dramaturgia não é um trabalho só do fotógrafo. É um trabalho do diretor de arte, a escolha das locações, o figurino que o ator tá usando numa uma paisagem verde, o próprio ator, a entrega dele, o diretor que tá arquitetando tudo isso. Fico muito lisonjeado com os prêmios de fotografia. Mas é muito importante expandir e entender como essa paisagem natural e essas imagens se tornam poderosas.

É o trabalho de uma equipe toda, a equipe de fotografia, que tá ali junto iluminando, pensando os movimentos, trabalhando o foco, fazendo a imagem se constituir fisicamente mesmo. Não só os elementos de conceito, mas a mão na massa. A câmera estar no lugar certo, os movimentos de câmara, os travellings. Tem um trabalho de botar a mão na massa e materializar a imagem. E que o fotógrafo também não faz sozinho.

E quais são os seus próximos projetos?

Ivo: Tem um filme que foi rodado ano passado na África entre Mauritânia e Guiné Bissau, dirigido por um realizador português, Pedro Pinho. Amanhã será outro dia é um filme enorme, nunca tinha participado de uma produção tão grande. Foram vinte semanas de filmagem, um roteiro muito grande e uma história muito interessante.

Eu tô bem curioso e ansioso pra ver esse filme pronto e na tela. Tô agora em fase de finalização e colorização do filme dirigido pela Clarissa Campolina e pelo Sérgio Borges, que se chama Fera na Selva. Também foi um grande prazer trabalhar de novo com esses realizadores.

E então, o que achou dessa entrevista com Ivo Lopes Araújo? Comente com a gente em nossas redes sociais!

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