Franquias
Tropa Zumbite e o cinema de borda nacional

Já ouviu falar sobre cinema de borda? E sobre a franquia trash Tropa Zumbite? O primeiro diz respeito a um cinema feito com baixíssimo orçamento, na base da total camaradagem, trazendo, muitas vezes, diversas referências das regiões onde esses diretores moram.
Já Tropa Zumbite foi criado em 2008 “por conta do Zombie Walk”, como conta Mike Klafke. E o diretor ainda completa “alguém me falou da passeata de zumbis e fomos correndo filmar. Sem roteiro nem nada. Era um sonho fazer filmes deste gênero e essa era a chance”. E neste próximo dia 19 de junho, o sétimo episódio será lançado.
Mas o que eles tem em comum? Tropa está para o cinema de borda, assim como Michael Bay está para explosões, ou seja, um casamento perfeito.
O projeto já foi apresentado em festivais de SP e Vitória, só para citar alguns. O primeiro capítulo tem o subtítulo de A Dengue Zumbi e foi lançado no final de 2012, contando a história de um vírus que se propagou no final da década de 80 no Rio de Janeiro, transformado todos os que foram picados em zumbis. Cão Vadio e Marcolino Chocolate, agentes da Sucam, são pegos desprevenidos quando suas respectivas namoradas são infectadas.
A grande sacada do diretor foi inserir homenagens a diversos outros blockbusters, como Resident Evil, por exemplo.

Pôster do Tropa Zumbite – A Dengue Zumbi
No segundo capítulo, Horror no Miguel Couto, Cão Vadio e Chocolate exterminam suas namoradas e o Prefeito Feijão cria uma unidade intitulada de Tropa Zumbite. Enquanto isso, a ex de Cão Vadio, Berenice, se transforma em zumbi no hospital Miguel Couto.
Há aqui uma tentativa maior de inserir humor no decorrer dos 9 minutos, principalmente com o personagem do médico. A violência gráfica é tosca e bem inserida!

Pôster do Tropa Zumbite 2 – Horror no Miguel Couto
Um mês depois do primeiro capítulo Mike Klafke coloca no Youtube Tropa Zumbi – Fuga em Copacabana. Na sinopse, a tropa vai enfrentar um horda de zumbis numa das regiões mais famosas do Rio de Janeiro.
O mais interessante aqui é notar o número de figurantes que o diretor conseguiu juntar (todos da Zombie Walk), misturados com os pedestres que andavam pela praia de Copacabana, sem saber que no meio daquilo tudo estava rolando a gravação de um filme. O tratamento na questão de efeitos especiais melhorou e o humor continua sendo peça fundamental.

Pôster do Tropa Zumbite 3 – Fuga em Copacabana
Cão Vadio e Chocolate estão sem munição, mas ainda assim relutam em pedir ajuda para Berenice e depois das tropas armadas serem dizimadas, só restará os heróis para salvarem a nação.
Tropa Zumbite 4 – A Última Cagada faz referência a filmes como Todo Mundo Quase Morto e o próprio Mike Klafke comentou num bate papo conosco que até aquele momento “cada episódio não custou mais que duzentos reais”.

Pôster do Tropa Zumbite 4 – A Última Cagada
O divisor de águas para Tropa Zumbite
Klafke também falou sobre os outros episódios que se seguiram e seus gastos. “O 5, 6 e 7 foram mais caros por conta dos melhores efeitos especiais, sangue mais realista, contratamos uma fotógrafa e comecei a dar um auxílio como alimentação e passagem de ônibus aos atores. O cachê do responsável pelos efeitos especiais também aumentou e começamos a trabalhar com chroma key. Cada um destes projetos custou em torne de novecentos reais”.
E a quinta incursão da Klafke Filmes no universo dos zumbis foi com As Piratas do Cabide, que saiu em julho de 2015. Vemos que a Tropa está nos comerciais de televisão, lado a lado com o prefeito. Mas existem pessoas querendo tomar o lugar deles.
Os efeitos melhoram ainda mais, além de haver uma construção de personagens mais bem desenvolvida. A evolução e a raça dos profissionais envolvidos para continuarem a saga é o fator fundamental por aqui.

Pôster do Tropa Zumbite 5 – As Piratas do Cabide
O penúltimo capítulo, Tropa Zumbite – Bem Vindos à Covacabana é uma evolução e tanto. As melhoras visíveis foram na montagem, pois agora podemos acompanhar o que está acontecendo em dois pontos de vista diferentes. Trilha sonora e atuações – com direito a drama no final – fecham com chave de ouro este que é, para mim, o melhor episódio da saga.
No roteiro, após descobrirem que o governo e a indústria farmacêutica estão por trás da Dengue Zumbi, nossos heróis saem à caça dos bandidos. Só que eles acabam batendo de frente com um bloco de Carnaval Zumbificado em Copacabana.

Pôster do Tropa Zumbite 6 – Bem Vindos à Covacabana
Um novo Tropa Zumbite
Por último e em HD, Resident Rio, que estreia no próximo dia 19, já foi conferido pelo Cinema e Pipoca. Os mosquitos robóticos são um achado e as sacadinhas espertas dão mais charme a este Trash nacional (sim, com T maiúsculo).
A luta contra o ‘chefão final’, ou melhor, chefona, conta com uma coreografia propositalmente tosca, sem contar as referências a outros filmes, que é uma das grandes marcas da franquia.

Pôster do Tropa Zumbite 7 – Resident Rio
Nesta caçada acompanhamos, em meio à um Rio de Janeiro quase apocalíptico, a Tropa Zumbite buscando forças para começar a busca pelo Necronomicon, o livro dos mortos. Só que antes disso, os primos Cão Vadio e Lara Mete-Bala enfrentarão um problema: novos membros que eles vão se arrepender de terem contratado.
O elenco conta com Mike Klafke, Ximenne Freitas, Thaís Passos, Luciano Lima, Fabiana Costa, Rodrigo Feijão, Edicelmo Santos Silva e Alessandro Torres. Os efeitos especiais são da OFX e a Trilha de João William.
Para fechar com chave de ouro a discussão sobre este projeto nacional e o cinema de borda, o estudante Rodrigo da Maia Vilaça Matiskei concluiu sua Tese de Mestrado falando, justamente, sobre estes dois temas na dissertação intitulada: “O grotesco nas bordas: uma análise da websérie Tropa Zumbite”.
Confira abaixo o link com os seis primeiros episódios:
- A Dengue Zumbi
- Horror no Miguel Couto
- Fuga de Copacabana
- A Última Cagada
- As Piratas do Cabide
- Bem Vindos à Covacabana
Destaque
Quantos filmes Missão Impossível tem?

Missão Impossível é uma das marcas mais fortes de Hollywood há muito tempo. Desde que a série estreou em 1966, pela CBS, foi um grande sucesso de público e crítica.
Foram sete temporadas ou 172 episódios, lotadas de roteiros inteligentes e que jogavam o espectador em tramas intrincadas e ação de primeira. Astros como Leonard Nimoy participaram ativamente de grande parte do programa. Os estúdios Álamo eram os responsáveis pela dublagem aqui no Brasil, enquanto a extinta TV Excelsior era quem tinha os direitos de transmissão. Em 1970, foi exibido pela TV Record e depois, em 1976, pela Bandeirantes.
No final da década de 80, tentaram dar uma sobrevida a série, colocando Peter Graves novamente como um dos atores principais. Não deu muito certo e este retorno durou apenas duas temporadas.

A primeira trilogia de Missão Impossível
Missão Impossível, de Brian de Palma
Depois de uma longa pausa, a Paramount resolveu fazer uma homenagem aos fãs e inserir o novo público, que não teve contato com o produto, àquele universo tão interessante. O escolhido para levar Missão Impossível para as telonas em 1996 foi Brian de Palma, recém saído do excelente O Pagamento Final.
No elenco um jovem e já famoso Tom Cruise, além de coadjuvantes de respeito como Jon Voight, Ving Rhames, Jean Reno e Vanessa Redgrave.
Na história, escrita por David Koepp e Robert Towne e com argumento de Steven Zaillian, Ethan Hunt descobre que está em uma emboscada juntamente com sua equipe. No fim das contas, apenas ele e outra agente sobrevivem e agora terão que provar inocência e encontrar, dentro da própria agência, quem é o verdadeiro criminoso.
Com cenas emblemáticas (o que é aquele trecho final incrível pessoal!?), o filme foi um sucesso estrondoso e fez 457 milhões de dólares pelo mundo, contra 80 milhões de seu orçamento.

As pirotecnias de John Woo na franquia
Dois anos depois e os cinéfilos ganhavam uma continuação das aventuras do agente. Desta vez a direção passou para o talentoso John Woo, que havia feito anos antes o belíssimo Bala na Cabeça. Com orçamento mais robusto – desta vez de 125 milhões de dólares – e com Tom Cruise assinando como Produtor Executivo, Missão Impossível II teve uma recepção fria perante os críticos, mas calorosa entre os espectadores. Faturou nada menos que 546 milhões de dólares.
Com uma sequência inicial de tirar o fôlego, onde vemos Ethan Hunt e suas madeixas esvoaçantes escalando uma montanha sem qualquer tipo de proteção, Woo prepara o espectador para o roteiro que fala sobre um vírus mortal, desenvolvido por australianos e que está prestes a cair nas mãos de contrabandistas. O agente e sua equipe terão que salvar o dia outra vez.
Uma curiosidade é que Dougray Scott, que interpreta o vilão Sean Ambrose, havia aceitado viver o herói Wolverine, mas se feriu gravemente nas filmagens da sequência final e perdeu o papel para Hugh Jackman.

Fôlego novo à franquia com J. J. Abrams
Foram precisos mais seis anos, um diretor extremamente inventivo e os roteiristas do momento em Hollywood, para trazer as coisas de volta aos eixos. Missão Impossível III ganhou um roteiro lotado de idas e vindas no tempo, um vilão que chega a dar medo e cenas de ação coreografadas com qualidade impressionante.
J. J. Abrams embarcou no projeto e trouxe com ele os roteiristas Alex Kurtzman e Roberto Orci. Com ainda mais força para dar os pitacos necessários, Cruise, além de protagonista voltou ao papel de produtor e contracenou com Philip Seymour Hoffman e Michelle Monaghan.
Os 150 milhões de dólares foram pagos facilmente e a arrecadação foi finalizada com 397 milhões de dólares no bolso da Paramount.
O futuro da franquia
E o último capítulo, pelo menos por enquanto, foi intitulado Missão Impossível – Protocolo Fantasma. O roteiro coloca os membros da força-tarefa MI como culpados de um ataque terrorista, tudo isso, para que eles possam operar sem restrições em trabalhos ultra-secretos.
O genial diretor Brad Bird, em seu primeiro filme em live action, coordena bem as sequências de ação. O longa se passa em Dubai, Praga, Moscou, Bangalore e Vancouver, mas prolonga demais seu roteiro – o corte final teve longos 132 minutos. Mesmo assim os espectadores lotaram as salas e deram 694 milhões de dólares contra 145 milhões de seu orçamento.

O quinto episódio chegará aos cinemas no final de 2015 e terá o retorno de Simon Pegg, Jeremy Renner e Paula Patton. O diretor Christopher McQuarrie trabalhou como produtor e diretor em diversos filmes que tinha Cruise. Então, a gente já pode esperar um mínimo de sintonia entre os dois. E vocês, estão na expectativa para este novo filme de Ethan Hunt?
Destaque
Boyka: Onde assistir os filmes O Imbatível?

Boyka é um personagem que entrou na cultura pop dos filmes de pancadaria. Mas você sabe onde assistir os filmes O Imbatível? Antes de mais nada, devo dizer que a franquia foi iniciada em O Imbatível, dirigido pelo mestre Walter Hill e interpretado por Wesley Snipes.
Onde assistir os filmes de Boyka
O Imbatível (2002)
No roteiro, o campeão de boxe George “Iceman” Chambers é condenado injustamente à prisão por estupro. Dentro da prisão, conhece Monroe Hutchens, que está na solitária, mas quando é solto, entra numa briga com o campeão. Agora, farão de tudo para que uma luta histórica dentro da prisão ocorra. E quem será o vencedor? (mais…)
Release
Onde assistir Um Lugar Silencioso 2

Está curioso e se perguntando onde assistir Um Lugar Silencioso 2? Então fique tranquilo. Suas buscas se encerraram. Lembrando que esta é a sequência do filme de 2018, que também foi dirigido por John Krasinski e contando com Emily Blunt como protagonista.
O primeiro fez mais de US$ 280 milhões. Enquanto a continuação, em plena pandemia, quase US$ 300 milhões. E dá para conferir ambos pelo streaming do Telecine! Aliás, o catálogo dos caras conta com uma variedade impressionante de opções. Certamente agradará os fãs de terror, comédia, animação e etc. (mais…)
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