Trump impõe tarifa de 100% a filmes estrangeiros

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Em uma decisão que pegou o mercado audiovisual de surpresa, o presidente americano Donald Trump anunciou ontem (04) a imposição de uma tarifa de 100% a filmes estrangeiros, ou seja, produzidos fora dos Estados Unidos. O presidente justificou a medida afirmando que a indústria cinematográfica americana está “morrendo muito rápido”, e que a ação visa estimular o consumo de produções nacionais. A declaração provocou reações imediatas entre especialistas da área, que questionam tanto a eficácia quanto o real objetivo da medida.

Para Neusa Nunes, professora de Economia no curso de Cinema e Audiovisual da ESPM, a decisão causa “estranheza” e levanta dúvidas sobre sua racionalidade econômica. “Quais seriam o objetivo e o efeito dessa decisão? A medida em si não parece que vai promover o famoso ‘make America great again’, porque piora a condição de consumo das pessoas”, avalia. Ela lembra que filmes internacionais como o sul-coreano Parasita e o brasileiro Ainda Estou Aqui têm conquistado espaço significativo, refletindo uma tendência global de valorização da diversidade cultural no cinema.

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tarifa de 100% a filmes estrangeiros

Mais detalhes sobre a tarifa de 100% a filmes estrangeiros nos EUA

Segundo a professora, o movimento de Trump pode ser entendido como uma ação protecionista diante do sucesso crescente de produções estrangeiras, mas é uma reação exagerada a uma “não ameaça”. “A balança comercial americana em relação à produção cinematográfica é favorável aos Estados Unidos. Não é uma ameaça econômica relevante para eles”, afirma. Neusa também sugere que o governo poderia estar mirando outras prioridades econômicas mais urgentes do que impor tarifas ao setor cultural.

Ela conclui destacando que a medida dificilmente surtirá efeito sobre o consumo de filmes internacionais no país. “Quem assiste a uma produção internacional possui um perfil e uma renda muito específica. Não vai ser a tarifa ter o dobro do preço que impediria esse consumo. Essa decisão não prejudica as obras de outros países, e tampouco melhora o bem-estar americano.” Para o mercado global do cinema, o gesto de Trump acende o alerta para possíveis tensões culturais disfarçadas de política econômica.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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