Em 18 de dezembro de 1946 nascia o cineasta que, para mim é o melhor de todos os tempos, com sua assinatura toda particular, conseguiu engatar diversas obras primas da Sétima Arte e encantou (e continua encantando) crianças, adolescentes e adultos. Seu nome é Steven Allan Spielberg e todos os faturamentos de seus filmes somados, somam a quantia de US$ 8,5 bilhões de dólares.
Começou a rodar seus filmes ainda criança e usava de ‘cobaia’ seus irmãos, mas foi aos 13 anos que venceu seu primeiro prêmio, com o curta ‘Fuga do Inferno’, sobre alguns relatos da guerra. Aos 16 anos rodou ‘Firelight’ e fez sua estréia como profissional neste mesmo período com o curta ‘Amblin’.
Aos 25 anos assinou um contrato com a Universal e teve a oportunidade de dirigir seu primeiro filme, que sairia direto para a televisão, mas o sucesso de ‘Encurralado’ foi tanto que resolveram lançá-lo nas telonas – nessa época também dirigiu alguns episódios dos seriados ‘Marcus WelbyM.D.’ e ‘Columbo’.
Mas sua vocação era realmente o cinema e em 1974 filmou ‘Louca Escapada’– com trilha sonora de John Williams -, que foi sucesso de crítica, mas fracasso retumbante de público. No ano seguinte, o jovem fez sua primeira grande obra prima chamada ‘Tubarão’, que faturou mais de 100 Milhões de Dólares e fez com que Hollywood começasse a investir pesado nos blockbusters durante o verão. Teve outra contribuição do compositor John Williams e mais três continuações, infinitamente inferiores ao original – que não contou com a participação de Spielberg.
Sua obsessão por alienígenas não tinha fim e em 1982 explodiu nas bilheterias, faturando 700 Milhões de Dólares – um recorde absoluto para a época – com ‘E.T. – O Extraterrestre’. Outra indicação ao Oscar e outra derrota! Neste mesmo período produziu, roteirizou e fez uma ponta em ‘Poltergeist – O Fenômeno’, um suspense que ainda hoje é tido como um dos melhores de todos os tempos.
Com o sucesso da primeira aventura do arqueólogo aventureiro, não tardou para que ganhasse uma continuação e em 1984 estreou ‘Indiana Jones e o Templo da Perdição’, outro sucesso esmagador nas bilheterias – trabalhou também na produção de ‘Gremlins’ – e no ano seguinte, o diretor muda completamente o tom e passa para o drama com ‘A Cor Púrpura’, que concorre a 11 Oscars – produz ‘De Volta para o Futuro’.
Continua apostando na produção de diversas obras de sucesso como ‘Os Goonies’ e ‘O Jovem Sherlock Holmes’.
Surge então em 1987 um jovem Christian Bale em outro drama de guerra (assunto extremamente recorrente na filmografia do diretor, além do que ele mostra novamente o quanto é ótimo em colocar personagens infantis em seus filmes), chamado ‘Império do Sol’ – a fotografia aqui também é maravilhosa. Dois anos depois ‘Indiana Jones e a Última Cruzada’ que fez mais de 400 milhões de Dólares em bilheteria e ‘Além da Eternidade’ que pouca gente se lembra, chegam às salas e produziu ‘De Volta para o Futuro 2’.
‘Gremlins 2’, ‘Aracnofobia’ e ‘De Volta para o Futuro 3’ foram os projetos como produtor que recebeu o nome de Spielberg em 1990.
Piratas, fantasia e muita diversão é o que você encontrará em ‘Hook – A Volta do Capitão Gancho’ (1991), mas foi em 1993 o melhor ano da carreira de Steven Spielberg, pois nos entregou duas obras primas da Sétima Arte. Primeiro houve a reinvenção dos dinossauros e dos efeitos especiais com ‘Jurassic Park’, que faturou mais de 900 milhões de dólares e ‘A Lista de Schindler’, onde finalmente consegue o Oscar e o Globo de Ouro de Direção e Filme, num drama em preto e branco, otimamente conduzido.
Em 1994, 1995 e 1996 trabalhou respectivamente na produção de ‘Os Flinstones – O Filme’, ‘Gasparzinho – O Fantasminha Camarada’ e ‘Twister’.
Surge em 1997 a continuação, bem abaixo das expectativas, com ‘Mundo Perdido – Jurassic Park’ e ‘Amistad’, que dá outra indicação ao Globo de Ouro de Melhor Diretor e produz ‘Mib – Homens de Preto’.
Os filmes de guerra nunca mais foram os mesmo após a meia hora inicial de ‘O Resgate do Soldado Ryan’ (1998), pena que depois disso, o roteiro cai numa patriotada sem fundamento, mas mesmo assim, levou seu segundo Oscar para casa! ‘A Máscara do Zorro’ e ‘Impacto Profundo’ são outros títulos que ganharam o nome de Spielberg na produção.
Na virada do século, o midas de Hollywood termina o projeto de Stanley Kubrick, intitulado A.I. Inteligência Artificial, que concorre ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante, Diretor e Trilha Sonora, no mesmo ano, produz o horroroso ‘Jurassic Park 3’.
Em 2002 fica atrás das câmeras em ‘MinorityReport – A Nova Lei’ e em ‘Prenda-me se for Capaz’, além de ficar com o cargo de produtor em ‘Mib – Homens de Preto 2’.
Passados 2 anos aparece novamente no drama ‘O Terminal’ e em 2005 dirige ‘Munique’, pelo qual concorre ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Diretor, perdendo nas duas premiações e produz ‘Memórias de uma Gueixa’ e ‘A Lenda do Zorro’. Nos dois anos que se seguiram produziu mais alguns projetos como: ‘A Casa Monstro’, ‘Cartas de IwoJima’, ‘A Conquista da Honra’, ‘Paranóia’ e ‘Transformers’.
Ajudou Michael Bay a moldar o horrendo “Transformers – A Vingança dos Derrotados” e colocou dinheiro em outra obra que foi esculachada pela crítica, chamada “Um Olhar d Paraíso”, que teve Peter Jackson na direção.
Em 2010, foi a vez de produzir “Bravura Indômita” e “Além da Vida”, dois filmes que concorreram ao Oscar e em 2011 veio com diversos trabalhos, dentre ele “Transformers – O Lado Oculto da Lua”, “Eu sou o Número Quatro” e “Super 8” como produtor e como diretor fez a maravilhosa animação e uma homenagem a altura da genialidade de Hergé, intitulada “As Aventuras de Tintim” e o drama passado na Primeira Grande Guerra, que emocionou o mundo “Cavalo de Guerra”.
No ano passado ergueu a bandeira dos Estados Unidos até o topo e filmou “Lincoln”, um drama que emociona, mas que escorrega em determinados momentos. Mesmo assim concorreu ao Oscar de Melhor Diretor, mas saiu de mãos vazias.
Agora é esperar a continuação de “As Aventuras de Tintim” e nos deliciarmos com este, que continua sendo um dos maiores – senão o maior – gênios que o cinema já viu!