SHAME

shame

 

O olhar sem brilho e o jeito fechado do personagem de Michael Fassbender (X-Men Primeira Classe) expõe muito bem todo o drama, angústia e melancolia que ele esconde dentro de si, encontrando nas relações sexuais um tipo de libertação para seus demônios. O diretor Steve McQueen (Fome) faz um estudo psicológico sem meias palavras, num filme difícil mas ao mesmo tempo brilhante.

McQueen tem o cuidado de inserir nudez e insinuações sexuais sem vulgaridades, além de passear com sua câmera de maneira lenta para realçar esses sentimentos já citados acima. Em alguns momentos, o diretor deixa o silêncio falar por si só, tirando as costumeiras trilhas sonoras e jogando a responsabilidade exclusivamente nas interpretações.

Fassbender que está fabuloso e Carey Mulligan (Drive) tem uma química perfeita, sem contar a doçura da atriz e sua interpretação da música ‘New York, New York’, que faz qualquer um se emocionar.

Brandon é um homem bem sucedido em sua vida profissional, que mora em um apartamento de luxo. Mas também tem problemas para se relacionar com outras pessoas e se sente completamente solitário, por isso refugia-se em relações sexuais casuais para se livrar destes traumas.

A forma com que Brandon expõe sua idéia sobre relacionamentos duradouros é outra evidência do quanto é amargurado com sua própria vida e há uma cumplicidade ainda maior entre protagonista e espectador, quando o excelente diretor decide filmar sequências inteiras sem cortes.
Um show de interpretação, direção e roteiro, vale cada segundo. Um filme como poucos.

Título Original: Shame
Ano Lançamento: 2011 (Reino Unido)
Dir: Steve McQueen
Elenco: Michael Fassbender, Carey Mulligan, James Badge Dale, Hannah Ware, Amy Hargreaves, Nicole Beharie, Elizabeth Masucci

ORÇAMENTO: 6,5 Milhões de Dólares

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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