Serials, os seriados das décadas de 30 e 40

Buster Crabbe Flash pic

O mercado cinematográfico – e todas as outras vertentes, que tem como objetivo o lucro – sempre correu atrás de estratégias para faturarem cada vez mais. E foi nos anos 30 e 40 que até os pequenos estúdios conseguiram um ‘lugar ao sol’ com os chamados serials.

Este nicho era apresentado sempre em cinemas de cidadezinhas afastadas e se diferenciava das próprias séries pois eram longas metragens exibidos em até quinze capítulos.

Para atraírem a atenção do público e fazê-los retornarem nas próximas sessões, terminavam o capítulo justamente no momento de maior perigo para o herói. Os serials eram produtos modestos, mas que continham excelente qualidade e dialogavam bem com as crianças e jovens.

Em 1936 estreava com grande audiência ‘Flash Gordon’, protagonizado por Larry Crabbe (que faria também Tarzan, o Destemido) e que, consequentemente, ganhou outras duas sequências: ‘Flash Gordon no Planeta Marte’ e ‘Flash Gordon Conquistando o Universo’, de 1938 e 1940 respectivamente.

O auge dos serials se deu entre 1936 a 1946 e contava com três empresas fortes no ramo: a Universal, a Columbia Pictures e a Republic Pictures.

Até os super-heróis mais famosos tiveram seu momento neste gênero, como foi o caso do Capitão Marvel (1941), Batman – O Homem Morcego (1943), Capitão América, o Vencedor (1944), Super-Homem (1948) e Batman e Robin (1949). Se os efeitos especiais eram fracos, os roteiros davam conta do recado pela fidelidade que continham.

A já extinta Republic Pictures preferia aventuras passadas na selva, mar ou ar, com grupos de aventureiros, como era o caso de A Deusa de Joba (1936), Os Vigilantes da Lei (1936), O Rei da Polícia Montada (1940), Marte Invade a Terra (1945) e tantos outros títulos. Um dos atalhos que a produtora encontrava para baratear suas obras era o de reciclar diversas cenas que já haviam sido utilizadas.

Por causa da curta duração, os cinemas acabavam exibindo os programas em sessões duplas, aumentando assim o número de espectadores. Os serials foram tão importantes, que até Steven Spielberg e George Lucas homenagearam os programas nas aventuras de Indiana Jones. Só por isso já merecem respeito e admiração de todo cinéfilo que se preze!

Por Éder de Oliveira

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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