A série documental Sankofa – A África que Te Habita retorna em 2025 com sua segunda temporada, após ser amplamente elogiada pela comunidade afrodescendente dos países lusófonos e se tornar um recurso pedagógico adotado nas escolas brasileiras. A nova fase, intitulada Sankofa – A África que Habita o Brasil, segue sob a direção do ator Silvio Guindane e tem como objetivo explorar os locais emblemáticos no Brasil que guardam memórias de resistência e preservação da cultura afro-brasileira, especialmente no contexto do território colonizado.
A primeira temporada da série, exibida em 2020 nos canais Prime Box Brazil, TV Brasil, Futura, RTP em Portugal e África, e na Netflix Brasil e Portugal, registrou memórias e marcos históricos de nove países africanos ao longo das rotas do tráfico transatlântico. Essa produção inicial foi muito bem recebida, principalmente por educadores e pesquisadores, consolidando-se como uma importante ferramenta pedagógica que contribui para o cumprimento da Lei 10.639/2003, que estabelece o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas do Brasil.
2ª temporada de Sankofa – A África que Te Habita
Nesta segunda temporada, a série assume o formato de road-movie, com Guindane viajando mais de 20 mil quilômetros pelo Brasil, capturando a riqueza histórica e cultural do país. As imagens que acompanham essa jornada são registradas pela antropóloga e retratista Mariana Maiara, ex-aluna da escola de Januário Garcia, um dos maiores fotógrafos documentaristas das experiências afrodescendentes no Brasil. A dupla explora locais que simbolizam a resistência e a luta por identidade, como o Quilombo dos Palmares, em Alagoas, a Pedra do Sal, no Rio de Janeiro, e a Praça da Liberdade, em São Paulo.
Para Silvio Guindane, a experiência de documentar a história afro-brasileira representa uma nova abordagem para ele, que sempre esteve envolvido com a ficção em sua carreira de ator. “Com Sankofa, tenho a oportunidade de enfrentar esse tema de forma mais visceral. A realidade, sem filtros, nos convida a refletir sobre a urgência de contar as histórias de resistência, principalmente aquelas vividas por quem as sofreu“, afirma o diretor, que reforça a importância de dar voz às experiências afro-brasileiras de forma autêntica e profunda.