A literatura fantástica nacional vem cada dia mais nos surpreendendo e Rodrigo Fonseca, autor de Projeto 94, é um dos nomes fortes para continuar este processo tão interessante! Ele nasceu na Bahia, mora atualmente em São Paulo e já aponta que o terceiro e último volume de sua saga mais conhecida sai ano que vem, mas “nada impede que não surjam alguns spin-offs e prequels da história (risos). Amo muito esses personagens e é difícil me “despedir” deles”.
Confira a entrevista na íntegra logo abaixo!
Cinema e Pipoca: Como surgiu a ideia de Projeto 94? Sempre foi a ideia expandir este universo para outros livros?
Rodrigo Fonseca: Sempre gostei de histórias de super heróis e desde cedo sabia que queria ser escritor. Então foi meio que natural começar por esse tema para meus primeiros livros porque era algo que fazia parte da minha “bagagem cultural”, das minhas lembranças de infância e um assunto que me interessava muito. Mas não queria que eles simplesmente nascessem com poderes, daí surgiu a clínica Genetic Corporation. A partir daí fui pensando em quais habilidades seriam importantes para o desenvolvimento dessa história e criando as relações humanas desses personagens.
Cinema e Pipoca: Quando a gente coloca os olhos no livro, entende que uma de suas principais referências foram os X-Men. Existiram outras? Se sim, quais as principais?
Rodrigo Fonseca: X-Men assistia desde criança e era um dos meus desenhos preferidos. Além desses outras fontes de inspiração foram: Flash, Caverna do Dragão, a série Heroes, os filmes Poder sem Limites e o Heróis (Push) e a série de livros Os Legados de Lorien.
Cinema e Pipoca: Dizem que todo personagem tem características de seu autor. Qual personagem tem mais características suas e por que?
Rodrigo Fonseca: Todos tem um pouco de mim, mas o que mais se aproxima é o Jake. Passei por dilemas familiares e situações parecidas e temos aspectos de personalidade em comum.
Cinema e Pipoca: Projeto 94 ou Genes Letais, qual foi o mais difícil para ser escrito e quanto tempo durou o processo de criação deles?
Rodrigo Fonseca: Ambos eu demorei cerca de seis meses para escrever. Genes Letais foi mais intenso e difícil porque o desafio era outro. Agora os leitores já conheciam os personagens e seus poderes, precisava agora evoluí-los para uma patamar maior, dar algumas respostas e criar conflitos que mantivessem o gás e interesse pela história.
Cinema e Pipoca: Se Projeto 94 se transformasse num filme ou num seriado, você gostaria de quais atores interpretando os personagens principais?
Rodrigo Fonseca: Esse é um sonho que tenho, seja um filme ou série! E uma frase que aprendi é que devo “Sonhar grande porque sonhar pequeno dá o mesmo trabalho e é menos inspirador”. Mas não pensei em atores específicos para interpretarem os personagens, deixo isso por conta dos leitores.
Cinema e Pipoca: Indo para as antologias que vocês escreveu, qual sua favorita e por que?
Rodrigo Fonseca: Gosto da Antologia Ninguém Vai Sobreviver que tem contos sobre serial killers porque foi o primeiro conto que escrevi.
Cinema e Pipoca: Uma pesquisa feita pelo Instituto Pró Livro mostra que o brasileiro lê, em média, 2,43 livros por ano, o que é pouquíssimo. Para você, o que seria necessário fazer para que o interesse da população por livros crescesse?
Rodrigo Fonseca: Acho que um investimento maior por parte do mercado e editora na diversidade de gêneros literários e produção de obras de qualidade, bastante divulgação também ajudaria. Como é algo cultural, aos poucos vamos mudando esse cenário com a nova geração, ensinando e incentivando a leitura desde criança. Tem que ser um trabalho em conjunto: pais, escola, escritores, editoras, todos juntos trabalhando em prol da literatura e principalmente a nacional.
E aí, curtiu a entrevista com Rodrigo Fonseca, autor de Projeto 94? Já conhecia a obra? Comente com a gente!