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Impactos da regulação do streaming na distribuição de conteúdos audiovisuais

Você conhece algo sobre regulação do streaming? Saiba que é notório que as plataformas transformaram a forma de consumo de conteúdo audiovisual no Brasil e no Mundomundo. O modelo de distribuição de vídeos on demand (VoD) é utilizado por 75% dos brasileiros todos os dias e, de acordo com dados de 2022 da Kantar IBOPE Media, representa 21% do consumo audiovisual no país.
Afinal, ter um catálogo extenso, variado e exclusivo de filmes, séries e outros conteúdos à disposição do cliente para assistir, de qualquer lugar e a qualquer momento, é uma opção extremamente atrativa.
Assim, apesar da TV ainda ser o veículo mais acessado, com 79% do tempo de consumo, as empresas de streaming têm continuado a expansão de suas bases de assinantes após o significativo boom vivenciado durante a pandemia.
Apenas para referência da dimensão desta dessa indústria em nosso país, segundo a Bloomberg Línea, as 3 maiores plataformas de VoD possuem, em conjunto, 53 milhões de usuários no Brasil3.
As implicações desse crescimento no mercado nacional não passaram despercebidas e, atualmente, discute-se a regulamentação dos serviços de VoD e plataformas do setor, seguindo tendências legislativas internacionais, o que pode afetar a distribuição e consumo de conteúdo audiovisual no Brasil.
Por isso, é necessário entender a discussão vigente e suas implicações jurídicas.
Atualmente, os serviços de VoD estão isentos do recolhimento da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) por não se enquadrarem nas categorias previstas no art. 33 da Medida Provisória (MP) nº 2.228-1/2001.
Além disso, os serviços de streaming não se sujeitam às normas que regem os serviços de radiodifusão também qualificados na MP supracitada, de modo que não precisam, por exemplo, cumprir cota de tela, consistente na obrigação legal de incluir um percentual mínimo de obras brasileiras em suas programações.
Ocorre que a ausência de tais obrigações legais têm suscitado controvérsias.
Mais detalhes sobre a regulação do streaming
Em setembro, o tema da regulação do streaming foi objeto de audiência pública, realizada pela Comissão de Educação (CE) em 13/09/2023. Representantes dos de diversos setores envolvidos estiveram presentes para debater sobre dois projetos Projetos de lei Lei (PL) em análise que visam regulamentar o VoD e a cobrança de Condecine – o PL nº 2.331/2022 e o PL nº 1.994/2023.
De um lado, associações e sindicatos de produtoras brasileiras e entidades da indústria audiovisual se manifestam a favor da regulamentação do VoD a partir de medidas de financiamento de obras independentes e promoção de conteúdo nacional. Com
A principal pauta de defesa é a imposição de cotas de conteúdo nacional como política de proteção e estímulo à indústria audiovisual brasileira, já que a cota de tela, instrumento antigo de reserva de mercado, funcionaria como política de fomento ao setor audiovisual nacional.
Assim, tal como ocorreu com a regulamentação da TV paga, o que se espera é que a atualização do marco regulatório que incide sobre o VoD estimule a produção brasileira, fortalecendo a competitividade do país como detentor de patrimônio intelectual e gerando empregos ao setor.
Por outro lado, as empresas de distribuição de conteúdo no formato VoD defendem que a dinâmica do catálogo das plataformas de streaming é distinta, de modo que a cota não funcionaria da mesma forma que funciona na televisão e no cinema.
Nesse sentido, haveria riscos de pulverização no investimento em razão da necessidade de produção ou aquisição de um maior número de obras, podendo prejudicar a qualidade e o padrão entregue ao consumidor final.
Outro argumento pontuado pelas plataformas é que a regulamentação não deve aumentar de forma excessiva os gastos das empresas, sob risco de interromper o crescimento do setor, de modo que os diversos projetos sobre o mercado digital em geral devem ser analisados de forma sistémica sistêmica e não individualmente.
Ainda, representantes dos serviços de streaming ressaltam que há diferentes tipos de provedores de conteúdo sob demanda e que a legislação deve reconhecer essa distinção e apresentar tratamento diferenciado de acordo com as características dos serviços ofertados.
PL e leis devem seguir em debate
Dentre os projetos de lei e PLs mencionados, ambos tratam da contribuição Condecine. Mas, enquanto o PL nº 1.994/2023 teve parecer de rejeição emitido pelo Relator relator Eduardo Gomes, ao PL nº 2.331/2022 foi oferecida emenda substitutiva para contemplar uma visão mais atual das demandas e realidades do setor.
Em paralelo, na Câmara dos Deputados, o PL nº 8.889/2017, que também trata do tema, teve urgência aprovada para ser votado em plenário, mas sem data definida. Segundo a Secretaria de Audiovisual (SAV) do Ministério da Cultura (MinC), está ocorrendo diálogo com os relatores de ambos os PLs para evitar discrepâncias entre as propostas.
Portanto, ainda não há definição de qual será o teor do texto legislativo e das medidas a serem implementadas; mas, a regulamentação é uma tendência que deverá se concretizar em breve.
E, no cenário jurídico, quais as implicações de uma possível regulação nesse sentido?
A regulação do VoD, ao estabelecer cota de telas às plataformas de streaming, exigiria uma movimentação dos players para adquirir títulos brasileiros já existentes ou viabilizar novas obras em coprodução com produtoras nacionais.
Além disso, essa movimentação culminaria, por exemplo, na necessidade de celebração de termos de licenciamento e/ou cessão de direitos patrimoniais de autor junto aos titulares, garantindo aos players o direito de veiculação das obras audiovisuais na extensão necessária para cumprimento de eventuais normativas e em observância à Lei de Direitos Autorais brasileira (Lei n° 9.610/98).
Ainda, caso a cota de tela para as plataformas de streaming seja adotada, as empresas nacionais ou internacionais estarão sujeitas a novas obrigações, como a prestação de contas junto à Agência Nacional do Cinema (ANCINE), o envio de relatórios e registro das obras nos sistemas oficiais, o cumprimento dos requisitos técnicos necessários para que uma produção seja caracterizada como obra audiovisual brasileira para a emissão do Certificado de Produto Brasileiro (CPB), entre outras exigências já previstas ou em que venham a ser instituídas em legislação própria.
Neste Nesse cenário, é certo que a regulação do streaming no Brasil impactará o mercado audiovisual, exigindo, esforços dos players no sentido de adequação a um novo conjunto de direitos e obrigações para a oferta de serviços em território nacional, o que, certamente, envolve um minucioso exercício de conformidade legal, assim como de posicionamento e estratégia de mercado.
A regulação do VoD não é uma novidade. Outros países já caminharam neste sentido. A Coreia do Sul, por exemplo, é um case de sucesso na implementação de políticas públicas e do papel do Estado no incentivo ao setor audiovisual.
A União Europeia, por sua vez, estabeleceu, na Audiovisual Media Services Directive, (Diretiva Serviços de Comunicação Social Audiovisual) que plataformas de VoD precisam ter, no mínimo, 30% de seu catálogo formado por títulos europeus.
Em meio a um momento de forte crescimento dos mercados digitais, as demandas e iniciativas de regulação tem sido pautas recorrentes. Dentre posicionamentos favoráveis e contrários às propostas de lei em discussão, o que se tem é a real necessidade de aprofundamento dos debates e estudo das possíveis estratégias e políticas públicas que efetivamente impulsionem o mercado e a indústria nacional, construindo um arcabouço regulatório equilibrado.
Os próximos capítulos desse debate deverão surgir em breve! . Enquanto isso, é recomendável que os agentes do mercado audiovisual estejam alertas para possíveis normativas futuras que exigirão novos processos de conformidade legal, preparando seus produtos e serviços para um ecossistema regulatório que parece estar cada vez mais próximo.
Autores:
Carla do Couto Hellu Battilana – sócia na área de Propriedade Intelectual de TozziniFreire Advogados
Stephanie Consonni De Schryver – advogada na área de Propriedade Intelectual de TozziniFreire Advogados
Fernanda de Paiva Leite – advogada na área de Propriedade Intelectual de TozziniFreire Advogados
Fernanda de Paiva Leite – advogada na área de Propriedade Intelectual de TozziniFreire Advogados
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Novo filme de Jackie Chan domina bilheteria chinesa

O novo filme de Jackie Chan (Operação Panda), chamado The Shadow’s Edge, da QiYi Pictures, alcançou o topo da bilheteria chinesa em seu segundo final de semana, somando cerca de US$ 25,4 milhões, segundo dados da Artisan Gateway. Dirigido por Larry Yang, o longa já soma impressionantes US$ 77,5 milhões em receita total, e conquistou a terceira posição no ranking global do fim de semana.
Sinopse do novo filme de Jackie Chan
Na trama, Jackie Chan interpreta Wong Tak-Chung, um ex-especialista em vigilância de Macau que, já aposentado, é convocado novamente para capturar o “Rei Lobo”, um criminoso por trás de um roubo tecnológico altamente sofisticado. Ao seu lado está a jovem policial He Qiuguo (vivida por Zhang Zifeng), enfrentando o vilão Fu Longsheng (interpretado por Tony Leung Ka-fai) e sua perigosa gangue.
Bilheteria chinesa
Em 2º lugar ficou a animação Nobody, do Shanghai Animation Film, com mais US$ 19,2 milhões arrecadados no fim de semana (acumulando US$ 175,3 milhões). O drama histórico Dead to Rights, da China Film, manteve força e ficou em terceiro lugar, somando US$ 11,3 milhões. Dirigido por Shen Ao, o filme se passa durante o Massacre de Nanquim (1937) e acompanha um carteiro que, para sobreviver, assume a identidade de um revelador de fotos e acaba protegendo civis chineses secretamente.
Ao todo, o fim de semana gerou US$ 78,3 milhões em bilheteria, elevando o total anual da China para US$ 5,32 bilhões, um aumento de 17,9% em relação a 2024.
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Onde assistir Superman (2025) nas plataformas digitais

Ficou curioso para saber onde assistir Superman (2025)? Esse reboot do personagem marca o início do novo Universo DC sob o comando de James Gunn e com David Corenswet no papel do Superman. O filme mostra o herói já conhecido pela humanidade, enfrentando uma nova ameaça que desafia sua reputação e coloca em risco o futuro da Terra.
Ao lado de Lois Lane, do adorável e superpoderoso Krypto, e de aliados como Senhor Incrível, Mulher-Gavião e o Lanterna Verde Guy Gardner, o kryptoniano enfrenta inimigos inéditos nos cinemas, como A Engenheira, Ultraman e ameaças interdimensionais.
Além da ação épica, mistura drama e humor na medida certa — com destaque para Krypto, que já virou sensação entre os fãs. Inspirado no cachorro resgatado de James Gunn, o Supercão emocionou o público e ajudou a impulsionar um aumento de 513% nas buscas por adoção de cães nos EUA.
Não por acaso, Superman já soma mais de 4 milhões de espectadores no Brasil e ultrapassou a marca de US$ 579 milhões em bilheteria mundial, sendo o maior sucesso de quadrinhos de 2025 até agora.
Onde assistir Superman (2025)
O projeto já está disponível para aluguel ou compra digital, sem precisar de assinatura, em plataformas como Prime Video, Claro TV+, YouTube, Apple TV e Vivo Play.
O Cinema e Séries fez a resenha e comentou numa delas que: “Entre uma narrativa infantil e takes mais adultos, entre um protagonista que não cativa e um vídeo onde gravado por Jor-El e Lara Van-El, dizendo para o filho dominar o mundo (fugindo – e muito – do que é visto nas HQs), Superman de James Gunn não diz a que veio, como grande parte dos projetos de super heróis, seja da Marvel ou da DC, nos dias atuais. Queria ter gostado, mas não deu”. – link da resenha completa AQUI.
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16º Cinefantasy acontece em setembro com exibições gratuitas

Entre os dias 2 e 14 de setembro, o 16º Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico toma conta do Centro Cultural São Paulo (CCSP) com 110 filmes de 27 países, divididos em 30 sessões recheadas de fantasia, terror, ficção científica e tudo que escapa da realidade. O melhor? A entrada é gratuita, e parte da programação estará disponível online para todo o Brasil, pela plataforma Darkflix.
O festival reúne longas e curtas inéditos no país, muitos deles indicados ao Oscar e ao Goya, ou já exibidos em gigantes como Rotterdam, Sitges e Annecy. Como afirma o diretor Eduardo Santana, o evento é um “território onde monstros, heróis, sonhos e pesadelos se encontram para provocar, encantar e inquietar“.
Sessão de abertura do 16ª Cinefantasy
A sessão de abertura, no dia 2/9 às 19h, traz a première latino-americana de Warden, de Marcus Alqueres — uma história sobre o primeiro super-herói do mundo, filmada nas ruas de São Paulo. Entre os destaques brasileiros estão
Quando o Sangue Flui, que mistura vampiros e antropofagia; Consequências Paralelas, sobre uma máquina do tempo; e Ogiva, um mergulho em um futuro pós-apocalíptico. Já os internacionais trazem de tudo: fantasmas em hotéis marroquinos, investigações paranormais dos anos 80, romances com criaturas da floresta, e até suspense argentino ambientado durante a Copa de 1990.
Categorias nos curtas-metragens
Nos curtas, o festival aposta em diversidade e impacto, com categorias como Afrofantástico, Queer Fantástico, Horror, Ficção Científica, Diretoras Fantásticas, entre outras. Entre os nomes de peso, estão Betty Faria, Eduardo Moscovis, Gilda Nomacce e Marcélia Cartaxo.
A cerimônia de encerramento acontece em 14/9, às 18h, com a entrega do Troféu José Mojica Marins, homenageando os vencedores.
Programação completa do 16º Cinefantasy
- 2 de setembro (terça-feira)
19h00 – ABERTURA 16º CINEFANTASY e exibição de WARDEN
- 3 de setembro (quarta-feira)
15h00 – CURTAS: AFROFANTÁSTICO
17h00 – SUN
19h00 – ERA UMA VEZ NO CARIBE
- 4 de setembro (quinta-feira)
15h00 – CURTAS: QUEER FANTÁSTICO
18h00 – MYCELIA
20h00 – HOTEL DA PAZ
- 5 de setembro (sexta-feira)
15h00 – CURTAS: FRANÇA FANTÁSTICA
18h00 – UM CONTO DE PESCADOR
20h00 – HIPPO
- 6 de setembro (sábado)
15h00 – CURTAS: HORROR
18h00 – CONSEQUÊNCIAS PARALELAS
20h00 – NINGUÉM VAI OUVIR VOCÊ GRITAR
- 7 de setembro (domingo)
15h00 – CURTAS: ANIMAÇÃO FANTÁSTICA
17h30 – HERESIA
19h00 – QUANDO O SANGUE FLUI
- 9 de setembro (terça-feira)
15h00 – CURTAS: FANTASIA
18h00 – CURTAS: ESTUDANTES
20h00 – VENH O TEU REINO
- 10 de setembro (quarta-feira)
15h00 – CURTAS: AI FANTÁSTICO
18h00 – ANOITECER – UMA INVESTIGAÇÃO PARANORMAL
20h00 – NÃO ESTAMOS SOZINHOS
- 11 de setembro (quinta-feira)
15h00 – CURTAS: FICÇÃO CIENTÍFICA
18h00 – TRANSCENDENDO DIMENSÕES
20h00 – QUE VOCÊ VIVA
- 12 de setembro (sexta-feira)
15h00 – CURTAS: DIRETORAS FANTÁSTICAS
18h00 – CURTAS: ESPANHA FANTÁSTICA
20h00 – CONSEQUÊNCIAS PARALELAS
- 13 de setembro (sábado)
15h00 – CURTAS: BRASIL FANTÁSTICO
18h00 – OGIVA
20h00 – ALUCINA
- 14 de setembro (domingo)
18h00 – CERIMÔNIA DE ENCERRAMENTO
Serviço
16º Cinefantasy – Festival Internacional de Cinema Fantástico
De 02 a 14 de setembro
Onde: Centro Cultural São Paulo – Rua Vergueiro, 1000
Nas redes sociais:
Site: cinefantasy.com.br
Instagram: @cinefantasyfestival
Youtube: https://www.youtube.com/@CINEFANTASY
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