O fascínio da sociedade por sua própria destruição é realmente deslumbrante (e talvez um tanto coerente), e desde os primórdios do cinema, diretores e produtoras andam de mãos dadas com o apocalipse. ‘Armageddon’ (1999), ‘O Dia Depois de Amanhã’ (2004), ‘Fuga de NY’ (1981) e ‘O Exterminador do Futuro’ (1984) são exemplos da visão aterradora deste acontecimento.
‘Presságio’ é outro ‘filho’ do sub-gênero e mistura numerologia, simbologia, aquecimento global e outras filosofias para explicar o roteiro razoável escrito a oito mãos por Stuart Hazeldine, Ryne Pearson, Stiles White e Juliet Snowden. Alex Proyas (‘Eu, Robô’) tem dois lados completamente opostos, pois quando dirige os atores, o faz com uma falta de habilidade medonha, já nas sequências de destruição, tira o fôlego dos espectadores.
A química entre Nicolas Cage (‘Motoqueiro Fantasma’) e Chandler Canterbury é precária, e o astro dando uma de ‘bom pai’ nunca colou e não seria agora que ficaríamos surpreendidos com tal ‘exibicionismo’. O interessante é notar que passados quase uma década dos atentados terroristas, os temores norte-americanos ainda ficam evidentes até nos blockbusters.
Após desenterrarem uma cápsula do tempo guardada desde 1959 numa escola primária – com desenhos dos alunos daquela época sobre o futuro – Caleb Koestler recebe uma lista com centenas de números.
John Koestler, pai do garoto, é astrofísico e percebe ligações impressionantes, na verdade, o papel contém a data, o ano, o mês e o número de mortos em acidentes futuros. Três ainda não aconteceram e John correrá contra o tempo para tentar impedi-los.
No fim, a evidente comparação com o Jardin do Éden, Eva e Adão e a Arca de Noé aparenta uma falta de imaginação soberba. No meio de tudo, há os ‘seres sussurrantes’, que ao invés de criarem suspense, apenas aparecem como coadjuvantes mal construídos. Por tudo isso, tenham calma e paciência na hora de assisti-lo.
NOTA: 5,0
ORÇAMENTO: 50 Milhões de Dólares
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