Críticas
Premonição 3 | Vale a pena assistir?

E é hora de falarmos sobre Premonição 3, que segue a mesma cartilha dos anteriores, porém, sem a mesma inventividade O primeiro acidente, em uma montanha-russa, é lotada de efeitos especiais que, na época pode ter agradado os espectadores, mas é nítido que envelheceu mal.
E se A. J. Cook foi o suspiro de talento em Premonição 2, Mary Elizabeth Winstead (a filha de McClane em Duro de Matar 4.0) é a protagonista e tenta construir algo com o pouco que tem em mãos. De resto, os estereótipos reciclados tomam conta dos 98 minutos de projeção, como: as patricinhas, o fortão, o gótico e etc. Mesmo a icônica e divertida cena da máquina de bronzeamento artificial, conseguimos ver que as ideias estavam se esgotando.
Entre as mortes, uma se destaca — e não é à toa que virou meme e referência pop: a cena das camas de bronzeamento artificial. Além de ser uma das mais gráficas da franquia, ela representa bem o espírito que Premonição 3 começa a abraçar com mais força: um tom quase cômico, onde o exagero beira o absurdo. O espectador já não se assusta e se pergunta como o roteiro vai superar a bizarrice anterior.
O retorno de James Wong em Premonição 3
É como se James Wong, diretor do primeiro filme, e os roteiristas estivessem mais interessados em bolar mortes “inovadoras” do que em contar uma história com início, meio e fim. Não por acaso, muitos personagens sequer têm tempo de tela suficiente para que o público se importe com suas mortes.
A sensação de tensão é muitas vezes substituída por previsibilidade: sabemos que os personagens vão morrer, sabemos que algo cotidiano será usado de forma grotesca — só não sabemos exatamente como. A curiosidade, então, vira o motor da experiência, e não mais o medo.
Se o primeiro Premonição apostava em suspense psicológico, e o segundo intensificava a violência gráfica com certa dose de ironia, o terceiro assume sem pudores o terreno do terror nonsense. Ainda que a franquia nunca tenha se levado totalmente a sério, havia um equilíbrio entre tensão, sustos e essa ‘piscadela’ à aleatoriedade da vida. Contudo, Premonição 3 não chega em nenhuma dessas máximas.
No fim, o longa serve melhor como peça de transição dentro da própria franquia. Ele pavimenta o caminho para os filmes seguintes, que mergulhariam ainda mais fundo no surrealismo violento e nas mortes cada vez mais engenhosas.
Em resumo, Premonição 3 pode não reinventar a roda — ou a montanha-russa —, e finaliza de maneira apressada, mas continua girando em sua trilha de mortes encenadas como espetáculos. Para fãs da franquia, é uma continuação divertida e exagerada. Para os mais exigentes, é sinal de que até a morte pode ficar entediada com repetições, pois até ela precisa variar de vez em quando.
Onde assistir Premonição 3?
- Stream: Max, Prime Video
- Aluguel e compra: Google Play Movies
Sinopse de Premonição 3
A história gira em torno de Wendy Christensen, uma jovem que tem uma premonição durante um passeio escolar a um parque de diversões. Em sua visão, um acidente mortal em uma montanha-russa mata todos os seus amigos. Apavorada, ela sai do brinquedo levando outros com ela — segundos antes da tragédia realmente acontecer. A partir daí, a já conhecida “lista da morte” se desenrola mais uma vez: aqueles que escaparam do destino original começam a morrer em acidentes bizarros, seguindo uma ordem que só a protagonista parece compreender.
Nota Cinema e Pipoca: ★★
Título Original: Final Destination 3
Ano Lançamento: 2006 (EUA)
Diretor: James Wong
Elenco: Mary Elizabeth Winstead, Ryan Merriman, Kris Lemche, Alexz Johnson, Amanda Crew, Texas Battle, Gina Holden
Curiosidades de Premonição 3
- Os atores tiveram que andar na montanha-russa 26 vezes em uma única noite para filmar a sequência do acidente inicial.
- As cenas na loja de materiais de construção foram feitas em uma loja verdadeira, sempre durante a noite após o fechamento, e toda a organização precisava ser restaurada antes da reabertura.
- O desfecho de Premonição 3 foi alterado após reações negativas nas sessões de teste – um padrão que já havia ocorrido nos dois filmes anteriores.
- Um gel antifogo desenvolvido para a cena da cama de bronzeamento foi tão eficaz que os técnicos receberam um Oscar técnico por sua invenção.
- Estações de metrô como “Booth” e “Oswald”, e nomes como McKinley e Hidell, aludem a presidentes assassinados como Lincoln e Kennedy.
- No Japão, o filme foi lançado como Final Deadcoaster.
- O cineasta John Waters é fã da franquia e nomeou Premonição 3 como um de seus DVDs favoritos. Ele até tentou fazer campanha pública para atuar em uma futura sequência.
- Ashley Tisdale e Vanessa Hudgens, de High School Musical, fizeram testes para papéis no filme, mas não foram escaladas.
- O caminhão da “Hice Pale Ale” que aparece no drive-thru é o mesmo modelo visto em Premonição 2.
- Vários nomes dos personagens homenageiam cineastas como George A. Romero, Edgar G. Ulmer, Robert Wise, e Carl T. Dreyer.
- Ian McKinley era originalmente uma personagem feminina no roteiro inicial. Erin também foi escrita inicialmente como homem.
- O título inicial era Cheating Death: Final Destination 3. O filme quase foi feito em 3D, mas a ideia foi descartada por custos e complexidade técnica.
- Chelan Simmons filmou a famosa cena da câmara de bronzeamento sem roupa pela primeira vez na carreira, em set fechado e com equipe mínima para conforto dela.
- O ator Texas Battle ficou conhecido nos bastidores por improvisar repetidamente a palavra “foda” em suas falas.
- A etiqueta “Unidade 081”, vista em uma cena, faz alusão ao voo 180 do primeiro filme, em uma inversão sutil dos números.
- Zac Efron fez teste para o papel de Kevin, mas teve que sair do projeto por conflitos com as filmagens de High School Musical.
- A atriz Alex Johnson sofreu um acidente durante as filmagens e acabou quebrando o nariz.
Críticas
Garotos Perdidos 3 – A Sede | Resenha | Vale a pena assistir?

Sai P. J. Pesce, que dirigiu Garotos Perdidos 2 – A Tribo e entra Dario Piana (Prisioneiro da Morte) para comandar Garotos Perdidos 3 – A Sede. O que ambos tem em comum? Um talento nato para estragar uma franquia que começou tão bem. Lançado diretamente para home-video, não há, sequer, um ponto que se destaque positivamente por aqui – nem mesmo Corey Feldman que, aqui, tem mais tempo em tela.
O Alan Frog, que agora é interpretado por Jamison Newlander, parece querer testar a paciência do espectador, pois todas as vezes que está em frente às câmeras, solta pérolas desnecessárias. E essa dinâmica dos irmãos, que era tão legal no projeto original, foi se desfazendo com o tempo, até que aquelas características se evaporassem completamente.
Há um humor nonsense que jamais funciona e isso também é culpa da dupla de roteiristas: Evan Charnov e Hans Rodionoff. A atriz que faz a garota que trabalha na loja de quadrinhos deve ter faltado nas aulas de atuação, assim como o suposto vilão, interpretado por Seb Castang, que precisa ser charmoso, mas faz caras e bocas que me deram vergonha alheia – ele passa metade do filme olhando para a câmera com a boca aberta.
Garotos Perdidos 3 – A Sede é a pá de cal na franquia
Por que assistir a algo que eu já sabia que não teria uma boa qualidade? Para comentar com vocês – pois um cinéfilo também se faz com filmes ruins -, para finalizar a franquia e para ver Corey Feldman mais uma vez. Mesmo com todas as controvérsias em sua carreira, Feldman é o rosto por trás de grandes obras dos anos 1980, como Os Goonies, Conta Comigo e Gremlins, só para citar alguns, e seria interessante vê-lo em obras relevantes… o que não é o caso deste Garotos Perdidos 3 – A Sede, infelizmente.
Com apenas 81 minutos, a impressão é que passei 3 horas assistindo a este desastre, que piora ainda mais no terceiro ato e no embate final entre os mocinhos e os vilões… e ainda inserem uma reviravolta tão péssima quanto qualquer outra coisa presente aqui.
Em 2021, surgiu um rumor de um remake, com direção de Jonathan Entwistle (I Am Not Okay with This) e roteiro de Randy McKinnon (da série de podcast The Prophecy). Nada disso foi confirmado e essa pá de cal, com bastante alho e estacas de madeira permanece fincada no coração deste projeto vampírico.
Onde assistir Garotos Perdidos 3 – A Sede
O filme está disponível na Apple TV e Prime Video para aluguel e compra.
Sinopse do Garotos Perdidos 3 – A Sede
Besta multiflechas? Confere. Lançador de granadas de água benta? Preparado. M134 atirador de estacas? Também tenho. Edgar Frog está pronto para sua batalha mais sangrenta até agora contra os mortos-vivos.
Nota: ½
Título Original: Lost Boys: The Thirst
Ano Lançamento: 2010 (Estados Unidos)
Dir: Dario Piana
Elenco: Corey Feldman, Casey B. Dolan, Tanit Phoenix, Jamison Newlander, Seb Castang, Felix Mosse, Joe Vaz
Curiosidades de Garotos Perdidos 3 – A Sede
1- Corey Haim chegou a anunciar que estaria na quarta sequência, mas, infelizmente, faleceu antes que o projeto pudesse avançar.
2- Garotos Perdidos 3 – A Sede foi o último filme da trilogia original. Estava nos planos uma nova trilogia com os Irmãos Frog lutando contra lobisomens, além de uma série de TV. No entanto, com o encerramento do estúdio Warner Premiere, os planos foram cancelados.
3- Quando Edgar Frog é jogado contra uma estante de quadrinhos, é possível ver um exemplar de Lost Boys: Reign of Frogs, HQ que conecta os eventos dos filmes.
4- A cena de abertura, onde Edgar e Alan enfrentam vampiros na Casa Branca, foi inspirada diretamente nos quadrinhos citados acima.
5- Corey Feldman foi promovido a protagonista em Garotos Perdidos 3 – A Sede. Jamison Newlander retornou como Alan Frog.
6- A personagem Gwen Lieber é uma referência direta à escritora Stephenie Meyer, criadora da saga Crepúsculo.
7- O personagem Peter faz uma referência ao livro Eu Sou a Lenda, de Richard Matheson.
8- A icônica bebida “Frog Juice” — feita com alho, água benta e ovos crus — foi uma improvisação de Corey Feldman no segundo filme e voltou a aparecer por aqui.
9- A atriz Megan Fox demonstrou interesse em atuar em um novo filme da franquia.
10- Dos três filmes da franquia, apenas este mostra os vampiros realmente voando em cena, algo que não foi retratado nas produções anteriores.
Críticas
A Longa Marcha – Caminhe ou Morra | Resenha | Vale a pena assistir?

Antes de qualquer coisa, preciso comentar que não li o livro que serve como base para A Longa Marcha – Caminhe ou Morra. Stephen King é um dos autores mais longevos e geniais das últimas décadas, criando obras primas como O Iluminado, Christine – O Carro Assassino e It – A Coisa, só para citar alguns. O interessante é que, neste caso, a produtora investiu num título de menor expressão e um elenco pouquíssimo conhecido.
Ok… Mark Hamill, o Luke Skywalker de Star Wars, está lá como o temido Major. De resto, David Jonsson (Alien – Romulus) e Cooper Hoffman (Licorine Pizza) são os destaques desta distopia dirigida por Francis Lawrence (Jogos Vorazes – A Esperança – O Final e Constantine) e dividem o protagonismo. Porém, os coadjuvantes ajudam a moldar aquele universo e aqueles personagens – destaques positivos para Bem Wang e Charlie Plummer.
A ideia é a seguinte: 50 jovens deve caminhar a um pace de, no mínimo, 4,8 km/h. Se sofrerem 4 advertências, eles morrerão. Isso abre espaço para a criação de bons diálogos e o desenvolvimento de amizades, rivalidades, traumas de vida e todos os pormenores que jovens dentro de uma sociedade desestruturada podem ter. Ao longo de 100 minutos, há certas repetições que são compreensíveis e que não atrapalha o andamento.
E é curioso que o projeto tenha saído nos cinemas justamente agora. Em nosso mundo, grandes nichos utilizam da fé alheia como desculpa para fazer todo tipo de atrocidade – desde perseguição às minorias, passando pela desestruturação da cultura como forma de ampliação de conhecimento, chegando a negativa da ciência. Isso, por si só, é louvável.
A Longa Marcha – Caminhe ou Morra e a violência crua
Com classificação indicativa para maiores de 18 anos aqui no Brasil, A Longa Marcha – Caminhe ou Morra pôde proporcionar ao espectador imagens cruas. A mixagem e edição de som na hora dos tiros, assim como os efeitos práticos das mortes, propriamente ditas, me pegaram de surpresa, até porque não tinha visto nenhum trailer antes da sessão.
E, com isso, precisamos esmiuçar mais a figura do Major. Hamill cria uma caricatura que se aproxima muito de algumas figuras conhecidas. Pense em Platoon, onde vemos jovens despreparados, que não sabem se voltarão para suas casas e, agora, crie esse universo onde esses garotos vão caminhar e, o último, poderá pedir o que bem entender. Ambos os filmes estão bem próximos – tirando as devidas proporções e A Longa Marca se refere ao futuro das próximas gerações como algo assustador e que, apesar de todas as ‘facilidades’ modernas, precisa fazer qualquer coisa para conquistar seu lugar ao sol.
Nem todos serão vilões, mas é preciso encontrar aquela ‘luz no fim do túnel’, para que esta jornada não se transforme numa cansativa rotina, rumo a lugar nenhum.
Onde assistir A Longa Marcha – Caminhe ou Morra
O filme está nos cinemas de todo Brasil.
Sinopse de A Longa Marcha – Caminhe ou Morra
Um grupo de adolescentes participa de um concurso anual conhecido como “The Long Walk”, no qual eles devem manter uma certa velocidade de caminhada ou levar um tiro.
Nota: ★★★★
Título Original: The Long Walk
Ano Lançamento: 2025 (Estados Unidos)
Dir: Francis Lawrence
Elenco: Cooper Hoffman, David Jonsson, Garrett Wareing, Tut Nyuot, Charlie Plummer, Ben Wang, Jordan Gonzalez, Joshua Odjick, Mark Hamill
Curiosidades em A Longa Marcha – Caminhe ou Morra
1- Cooper Hoffman revelou que o elenco caminhava, aproximadamente, 24 km sob o sol escaldante de Winnipeg, no Canadá.
2- Stephen King disse que não foi intencional, mas reconhece que o livro pode ser visto como uma crítica à Guerra do Vietnã.
3- Em 30 de agosto de 2025, a Lionsgate promoveu uma sessão especial onde os espectadores precisaram caminhar em esteiras a 3 mph durante toda a exibição do filme — quem parasse, era retirado da sala.
4- O elenco se reunia toda sexta-feira após as gravações para tomar sorvete na Dairy Queen, como forma de aliviar o calor intenso e a pressão física do set.
5- Hoffman revelou que sua atuação foi influenciada por sua experiência pessoal de perda, usando sua dor para trazer autenticidade ao personagem.
6- David Jonsson e outros atores evitaram interações com Mark Hamill no set de A Longa Marcha – Caminhe ou Morra para manter a separação emocional entre os personagens e o antagonista.
7- No livro, onde King usa o pseudônimo de Richard Bachman, os participantes andam a 4 mph, mas no filme isso foi ajustado para 3 mph a pedido do próprio King, que achava a velocidade original “irrealista”.
8- Mark Hamill considera o Major como seu personagem mais cruel de todos os tempos, dizendo que isso foi justamente o que o atraiu para o papel.
9- Quando soube que Cooper Hoffman preferia não conhecê-lo antes das gravações, Hamill cancelou um evento social com o elenco para respeitar o processo criativo.
10- A Longa Marcha – Caminhe ou Morra é uma das quatro adaptações de King lançadas em 2025, junto com O Sobrevivente, O Macaco e A Vida de Chuck.
11- King resolveu usar o pseudônimo de Richard Bachman quando construísse projetos mais dramáticos. Outros livros com este nome, são: Rage, A Auto-estrada e Blaze
12- Os soldados no filme usam uniformes verdes e rifles M16 antigos, condizentes com a época original de publicação do livro (1979).
13- No livro são 100 participantes, mas no filme o número foi reduzido para 50 — um de cada estado dos EUA.
14- Em todas as cenas de A Longa Marcha – Caminhe ou Morra, o personagem do Major mantém seus óculos aviadores — seus olhos nunca são revelados.
15- Embora os personagens Garraty e McVries tenham 16 anos no livro, os atores Cooper Hoffman e David Jonsson tinham 22 e 31 anos durante as gravações.
Críticas
Invocação do Mal 4 – O Último Ritual | Resenha | Vale a pena assistir?

Depois de uma terceira parte bastante criticada e esquecível, Invocação do Mal 4 – O Último Ritual chega como uma tentativa clara da Warner Bros. e da equipe criativa por trás do “Invocaverso” de encerrar a saga principal com dignidade. A boa notícia é que consegue ser melhor do que seu antecessor — o que, convenhamos, não é uma tarefa tão difícil assim —, mas ainda fica distante do impacto e originalidade do primeiro Invocação do Mal, de 2013, dirigido por James Wan.
O retorno de Michael Chaves à cadeira de diretor pode causar desconfiança entre os fãs mais exigentes. Afinal, seu histórico na franquia — incluindo A Maldição da Chorona e Invocação do Mal 3 – A Ordem do Demônio — está longe de ser irretocável. Mas aqui, com uma história que resgata elementos clássicos de possessão e ambientações familiares para a saga, Chaves, ao menos, se mantem dentro de uma zona de conforto. Sim, O Último Ritual não reinventa nada, mas pelo menos diverte — principalmente para quem busca aquele “terrorzão de shopping center”.
O maior trunfo de Invocação do Mal 4 – O Último Ritual são os protagonistas
O maior trunfo do longa continua sendo a química impecável entre Vera Farmiga e Patrick Wilson. São eles que seguram as rédeas mesmo quando o roteiro derrapa em escolhas preguiçosas ou repetições.
A estratégia de marketing que divulga este como “o último caso dos Warren” ajuda a criar uma expectativa de fechamento épico, mas, sejamos sinceros, essa promessa soa mais como um artifício comercial do que uma decisão definitiva. O estúdio dificilmente deixará uma franquia milionária descansar por muito tempo — um reboot, spin-off ou prequel é quase certo.
Dois arcos que se fecham entre si
Narrativamente, Invocação do Mal 4 – O Último Ritual se divide entre dois arcos principais. O primeiro acompanha uma nova família que começa a vivenciar manifestações demoníacas e eventos inexplicáveis. O segundo segue Ed e Lorraine, já mais envelhecidos e saindo da aposentadoria para tentar desvendar a origem desses distúrbios, enquanto lidam com questões pessoais — incluindo a crescente sensibilidade mediúnica da filha Judy (interpretada por Mia Tomlinson), que agora assume um papel mais ativo na história.
Essa tentativa de trazer um elo emocional mais forte funciona até certo ponto, mas falta fôlego ao roteiro para transformá-la em algo que o espectador se importe.
Novas entidades, mesma fórmula
Um dos principais problemas está nas entidades demoníacas. Não há identidade visual forte, tampouco personalidade marcante – o homem com o machado ou a velha são genéricos e parecem ter saído de qualquer trasheira por aí. Ah… e tem mais: quando voltamos a ver a entidade que possuiu Annabelle assombrando Judy Warren, o sentimento é de cansaço criativo.
Em contrapartida, Lorraine aparece mais fragilizada, Ed precisa lidar com problemas de saúde – que foi visto no filme anterior – e ambos se mostram conscientes de que esse pode ser seu último caso juntos. Tudo isso ajuda na conexão emocional com o público e, portanto, se o roteiro tivesse investido mais nisso, talvez o encerramento da saga principal tivesse ganhado um peso maior.
Mais um adeus que não parece final
A trilha sonora continua fazendo seu trabalho, pontuando os momentos de tensão com ruídos dissonantes e acordes agudos. No entanto, falta aquele momento realmente memorável, aquele susto ou sequência que gruda na mente do espectador por dias.
No fim das contas, Invocação do Mal 4 – O Último Ritual funciona como um fecho digno para uma franquia que começou reinventando o terror mainstream e terminou apenas cumprindo tabela. Ele diverte, tem bons momentos de atuação e entrega um clímax que pode (ou não) satisfazer os fãs.
No trecho final, James Wan, com seu cabelo espetado e cheio de gel, aparece num certo casamento. Aquele look não existiria na década de 1980 e, comparativamente, essa estranheza pode ser um comparativo e tanto para o que era e o que se transformou essa saga.
Onde assistir Invocação do Mal 4 – O Último Ritual
O filme está nos cinemas de todo Brasil.
Sinopse de Invocação do Mal 4 – O Último Ritual
Arne Cheyenne Johnson esfaqueia e mata seu senhorio, alegando estar possuído por um demônio, enquanto Ed e Lorraine Warren investigam o caso e tentam provar sua inocência.
Nota: ★★½
Título Original: The Conjuring: Last Rites
Ano Lançamento: 2025 (Estados Unidos)
Dir: Michael Chaves
Elenco: Patrick Wilson, Vera Farmiga, Mia Tomlinson, Bem Hardy, Steve Coulter, Rebecca Calder, Elliot Cowan, Beau Gadsdon
Curiosidades de Invocação do Mal 4 – O Último Ritual
1- Este é declarado como o último filme da franquia com os personagens Ed e Lorraine Warren.
2- A história da família Smurl esteve, anteriormente, no telefilme A Casa das Almas Perdidas (1991).
3- A atriz Mia Tomlinson substituiu Sterling Jerins como Judy Warren, já que a personagem precisava parecer mais velha. Jerins, com 21 anos, ainda aparentava ser adolescente.
4- O filme arrecadou US$ 194 milhões no fim de semana de estreia, ultrapassando It – A Coisa (2017) como a maior estreia de um filme de terror.
5- O filme mais longo da franquia.
6- Segundo fontes, um exorcista foi designado ao caso Smurl por Joseph Ratzinger, que mais tarde se tornaria o Papa Bento XVI.
7- No quarto de Heather há um pôster da banda Queen. Coincidentemente, o ator Ben Hardy (Tony Spera) interpretou Roger Taylor (baterista da banda) no filme Bohemian Rhapsody (2018).
8- O demônio que assombra os Smurls seria um succubus, criatura folclórica feminina que seduz homens em sonhos.
9- Pela casa dos Warren, aparecem letras que formam a palavra “Valak”.
10- Este é o primeiro filme principal da franquia sem trilha de Joseph Bishara.
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Binho
16 de julho de 2006 at 8:26 pm
eu concordo com a lara aqui em cima.
eu gostei muito da trilogia matrix.
tiveram boas continuações sim.
de volta pro futuro, guerra nas estrelas, indiana jones, homem aranha, x-men, harry poter…
eu nao cito senhor dos aneis pq foi feito os 3 de uma so vez.
[]sss
Lara
16 de julho de 2006 at 10:10 am
Premonição, eu parei no dois…nem me atrevo a ver o três, apesar de ter gostado muito do um. :)
Mas discordo do Matrix, acho que os três revolucionaram de certa forma os filmes de ação…(heheh o que um fã não é capaz de dize para defender seus filmes favoritos hehehhe)
:)