O mundo é um lugar estranho, existem aquelas pessoas que são boas e aquelas que são más. Algumas tiveram uma oportunidade na vida, as outras foram deixadas de lado. Isso tudo pode resultar num ser humano perverso e infeliz, mas será que mesmo um homem bom, pode se tornar uma pessoa má?
Um dia ruim, isso é tudo que alguém precisa para se tornar um verdadeiro inimigo da sociedade. Não um dia ruim porque certas coisas que planejou não deram certo, mas um dia ruim onde tudo desmoronou e seus piores pesadelos se tornaram realidade. Mesmo isso poderia tornar o mais bondoso dos homens em um maníaco? É isso que é colocado em destaque na HQ, Batman: Piada Mortal, um dos clássicos do Homem-Morcego, escrita por um dos maiores escritores de todos os tempos, se não o maior, Alan Moore. Foi lançado originalmente em Março de 1988 e ainda é um sucesso de vendas, por incrível que pareça.
É importante dizer que essa história não é pra qualquer um (Ahh Adriano! Mais é Batman!). Pois é, o Batman é um personagem que tem histórias sombrias, mas essa aqui é um caso a parte, ela é genial mais é muito violenta e dark, então, se você é menor de idade ou não curte algo muito pesado, eu não recomendaria essa leitura, beleza?! Apesar de que os “lek” lêem cada mangá bizarro hoje em dia, que chega a ser inacreditável de tão absurdo.
Então vamos para a sinopse, sem dar spoilers. Tudo começa quando o Coringa foge do Asilo Arkhram novamente, deixando Batman putaço, porque não aguenta mais caçá-lo e vê-lo cometendo mais crimes para ser preso mais tarde. Mas agora o vilão tem um novo plano, talvez o mais maluco e insano de todos, que é provar que qualquer um pode ficar igual a ele. Tudo que precisa acontecer é terem aquele tal “um dia ruim”.
Logo ele sequestra o Comissário Gordon em uma cena bem forte e a história se desenrola com o Batman tentando salvá-lo, antes que algo de ruim possa acontecer. Além disso, durante o desenrolar da trama, é mostrado um pouco da suposta origem do Coringa, só que nada ali é confirmado, inclusive o próprio Coringa afirma não lembrar de sua própria história, então não da muito pra levar a sério.
Cara, essa HQ é sensacional, tensa e como disse, é sombria ao extremo e realmente lhe faz pensar. Só não consigo dizer que ela é a melhor história do Batman, não me pergunte o porquê! E não é só eu que tenho esse problema com essa história não, o próprio Alan Moore diz que não gosta dessa graphic novel, pelo menos foi o que eu li por aí.
A arte Brian Bolland é maravilhosa e a capa é uma curiosidade a parte, pois ela simplesmente virou referência para tudo quanto é coisa na Cultura Pop.
Teremos uma adaptação animada da história produzida pela Warner e o lançamento acontecerá esse ano. Assim, a marcante história do confronto doentio entre Batman e Coringa faz o mesmo caminho que outras duas HQs contemporâneas do Morcego, que já ganharam versão animada, como Ano Um e Batman – O Cavaleiro das Trevas, ambas de Frank Miller. Quem sabe agora ficará mais claro se Batman mata mesmo o Coringa. (Risos)
E por fim… Batman: A Piada Mortal, é um grande clássico e tem uma mensagem bacana no final, que prova que a teoria do Coringa estava errada. O homem bom, mais bom mesmo, pode ter o pior dia de todos, pode mudar o seu jeito de agir, de falar e pensar, mas jamais passará para o outro lado e apenas aquele que tem a “mente fraca” pode se deixar levar por uma má influência, ou nesse caso, um dia cheio de dificuldades. Só dependerá de quem você é de verdade.
Por Adriano de Morais
Confira mais em nossa coluna de Livros/HQs!