PERSÉPOLIS

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É sempre bom sair um pouco do nicho hollywoodiano, seja nos filmes dramáticos, nos de terror e também na animação. Não que eu tenha enjoado das obras da Dreamworks, Fox e, principalmente da Pixar, mas descobrir novos tipos de linguagem e conteúdo é prazeroso e divertido.

E PERSÉPOLIS me deu este privilégio, tirado da graphic novel de mesmo nome, lançada por aqui pela Companhia das Letras, segue de perto a história de Marjane Satrapi, uma jovem sonhadora que lutava, mesmo que inconscientemente pela igualdade entre homens e mulheres num país extremamente conservador e rigorosamente machista.

Ao desfocar os objetos e ocultar o rosto de algumas pessoas, como se elas não tivessem identidade, a aproximação do espectador com Marje é facilitada.
No fim das contas, se nota que a educação da garota foi muito diferente do que a maioria absoluta das outras crianças de sua idade, pois nada era escondido dela por mais difícil e cruel que a notícia pudesse parecer.

Amada por seus pais e sua avó, Marjane Satrapi uma garotinha de oito anos acompanhou bem de perto a queda de um regime brutal em seu país de origem, o Irã.
A entrada de uma nova República inaugurou uma era onde o governo controlava o que a população iria vestir, ouvir e fazer, mas Marje acreditava que podia mudar este conceito e devolver a liberdade a todos.

Todas as peças são encaixadas com perfeição e nenhuma passagem torna-se gratuita, assim como o uso do preto e branco e de um traço simplista, que atenua a qualidade e coragem de um roteiro denso e muito poderoso.
E mesmo com os cinco minutos finais lotados de clichês, PERSÉPOLIS emociona e faz refletir. Se fosse filmado com atores reais, o impacto não seria tão grande! Obra prima.

Título Original: Persepolis
Ano Lançamento: 2007 (França)
Dir: Vincent Paronnaud, Marjane Satrapi
Vozes: Chiara Mastroianni, Catherine Deneuve Danielle Darrieux, Simon Abkarian, Gabrielle Lopes Benites, Gabrielle Lopez

ORÇAMENTO: —


PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:

* O que você achou de PERSÉPOLIS?
* O que acharam do traço simplista visto no longa ?

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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