O IMPOSSÍVEL

o impossivel

HAVERÁ SPOILER NESTA CRÍTICA
Existem duas metades completamente distintas em ‘O Impossível’, a primeira é quando a sensacional e assustadora sequência do desastre acontece e mãe e filho ficam completamente perdidos no meio da destruição. Neste momento o diretor Juan Antonio Bayona (‘O Orfanato’) dialoga bem com o público, ao contrário da segunda parte, onde o pai e os outros dois filhos aparecem e jogam um balde de água fria em quem esperava um filme pouco apoiado em clichês.

A construção do personagem Lucas é um tanto ‘adulta demais’, porém o ator Tom Holland prova um talento que parecia não possuir. Consegue, por exemplo, ser mais contundente que Ewan McGregor (‘A Ilha’) e a própria Naomi Watts (‘King Kong’). O roteirista Sergio Sánchez foi inteligente ao focar o pós-acidente em poucas pessoas pois desta forma o roteiro ganha um tom de urgência e proximidade bem maiores.

A trilha sonora incomoda porque é uma ferramenta usada mecanicamente, pois o espectador antecipa todos os momentos em que as músicas incidentais aparecerão, tentando fazer a emoção se acentuar – na maioria das vezes isso não acontece.

Um casal e seus três filhos aproveitam as férias em um hotel luxuoso na Tailândia, quando de repente um tsunami atinge o local e destrói absolutamente tudo. A mãe e o filho mais velho irão procurar um local seguro para se abrigar, cuidar dos ferimentos e ainda por cima viver com a ideia de que os outros estão mortos.

A conexão entre os personagens e a forma desleixada com que descobrimos que o restante da família sobreviveu é de uma apatia tremenda, sem citar o método superficial ao contarem como sobreviveram àquilo. Mesmo com a alcunha de ‘baseado em fatos reais’, poderiam ter amenizado nos maniqueísmos e dado a nós uma obra melhor finalizada.

Título Original: Lo imposible
Ano Lançamento: 2012 (Espanha)
Dir: Juan Antonio Bayona
Elenco: Ewan McGregor, Naomi Watts, Geraldine Chaplin, Tom Holland, Oaklee Pendergast, Marta Etura

ORÇAMENTO: 50 Milhões Dólares
NOTA: 5,0

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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