Marcas da Maldição: crítica do terror baseado em fatos reais

marcas da maldição crítica

O filme Marcas da Maldição teve uma crítica mista na época de seu lançamento. Tanto que está com nota 6,2 no IMDB e no Rotten Tomatoes, aprovação de 75% dos especialistas e 57% da audiência. Ou seja, esses números provam que existem vários pontos positivos por aqui e outros que deixam a desejar ao longo das quase duas horas de projeção.

Primeiramente, este é um dos problemas, pois o corte final poderia, tranquilamente, ter 15 minutos a menos. Em seguida, a câmera de mão trabalha como aliada e vilã, já que nos momentos de correria, tudo se torna confuso.

Mas o diretor, Kevin Ko, é esperto ao criar um clima crescente de tensão e medo, que culmina num clímax que deixará o espectador grudado na cadeira. E tudo é amarrado sobre uma discussão entre a linha tênue do que é benção e maldição, do que é fé e desespero… e nesse ponto ele acerta em cheio, como poucas obras fizeram ao longo dos últimos anos.

Logo no início, temos uma narração em off que diz: “você acredita em benção? Nossas intenções moldam o mundo em silêncio. É assim que funcionam as bençãos”. Some tudo isso ao fato da produção ser de Taiwan e fugir totalmente dos clichês de Hollywood e temos algo, no mínimo, intenso.

Marcas da Maldição: crítica especializada curtiu e o público nem tanto

Em Marcas da Maldição, a crítica falou muito bem e o público nem tanto, mas por que? Um dos fatores é que o roteiro não está preocupado em ‘mastigar’ todas as respostas. Além disso, vários detalhes e crenças fogem de nossos costumes. Portanto, se não está aberto a isso tudo, há grandes chances de achar desinteressante.

Com uma protagonista que segura com firmeza sua interpretação (a cena dela ‘falando’ com o espirito para espantar o medo da filha é de gelar a espinha) e certos caminhos seguidos pelos coadjuvantes que não fazem sentido, Marcas da Maldição é um prato cheio aos verdadeiros fãs do terror. Ah… e o final é espertíssimo!

Marcas da Maldição é real?

Sim, o filme é baseado em fatos reais e se refere a uma família que participava de um culto na cidade de Kaohsiung, Taiwan. O próprio diretor deu uma entrevista à Netflix e explicou que:

Eu sei como assustar o público com uma sequência de terror eficaz. Mas um bom filme de terror não é apenas sobre esses truques. O núcleo tem que ser sobre a natureza humana. Em última análise, o público tem que se preocupar com os personagens. O respeito pela religião, especialmente os tabus religiosos e as religiões que são muito obscuras, tem algum grau de medo. Adoro histórias de terror e, mesmo assim, não me atrevi a tocar nesse assunto. Eu queria ampliar esse sentimento em Marcas da Maldição”.

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Onde assistir Marcas da Maldição online?

Para assistir ao filme online, você precisa ter a assinatura da Netflix.

Sinopse do filme

Marcas da Maldição segue uma mulher que deve proteger sua filha de espíritos malignos. Mas há um aviso logo de cara: este é um vídeo amaldiçoado, pode conter certos riscos para quem assistir. Se você se atrever a seguir, por favor, resolva o quebra-cabeça da maldição de minha filha comigo.

Curiosidades de Marcas da Maldição

  • O filme foi inspirado por um incidente ocorrido em 2005 no distrito de Gushan, em Kaohsiung (Taiwan). Uma família de seis pessoas alegou que estava possuída por entidades malignas. A filha mais velha faleceu e os demais membros da família foram presos;
  • Desde a estreia, o projeto tornou-se a maior bilheteira de filmes de terror taiwaneses de todos os tempos e o filme mais lucrativo em 2022;
  • Foi o centro de um debate na plataforma de redes sociais chinesa Weibo. A hashtag “Incantation é assustador?” acumulou milhões de visualizações. O consenso final de quem participou foi o seguinte: não é tão assustador, mas ainda assim vale a pena assistir;
  • O filme foi lançado em Taiwan em 18 de março de 2022.

Nota Cinema e Séries: ★★★½

Título Original: Zhou
Ano Lançamento: 2022 (Taiwan)
Dir: Kevin Ko
Elenco: Hsuan-yen Tsai, Ching-Yu Wen, Sean Lin, Ying-Hsuan Kao

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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