Bruce Timm poderia ser o escolhido para dirigir a adaptação de ‘Liga da Justiça’ com atores de carne e osso, já que entende perfeitamente o universo da DC Comics e ainda faz um trabalho exemplar com as animações da empresa. Prova disso é esta nova empreitada, que leva o espectador para um universo paralelo, lotado de reviravoltas interessantes e um ritmo poderoso.
O roteiro, resumido em excelentes 75 minutos, trás um grau elevado de violência, onde ninguém está a salvo – existem mortes realmente chocantes. Além disso, toda parte estética e os novos figurinos dos heróis convencem, principalmente porque Mulher Maravilha, por exemplo, me cativou muito mais do que de costume.
Trabalhando ao lado do governo, esta Liga da Justiça, conta com métodos nada ortodoxos para se livrar dos problemas, tudo porque, nesta realidade paralela, somos apresentados ao Superman, filho de Zod (alguns recursos utilizados, lembram bastante o ‘Homem de Aço’ de Zack Snyder) e ao Batman, que tenta se livrar da sina de ser um vampiro sedento por sangue.
Um grupo de famosos cientistas começa a morrer de forma misteriosa, e tudo leva a crer que os culpados são Batman, Superman e Mulher Maravilha. Para tentarem se livrar desta culpa, deverão juntar provas, antes que mais assassinatos ocorram e que a população não confie neles.
Ninguém aqui é totalmente mocinho ou vilão, por isso, cada personalidade foi moldada com cuidado, para passar longe das pieguices de personagens de desenhos animados. A versão nacional, tem uma dublagem excelente, com Guilherme Briggs emprestando a voz ao herói kriptoniano e esta é só uma, das muitas qualidades vistas aqui. O caminho para o sucesso está traçado, basta saber se terão coragem de nos entregarem algo tão impactante com heróis de carne e osso.
Título Original: Justice League: Gods and Monsters
Ano de Lançamento: 2015 (Estados Unidos)
Dir: Sam Liu
Vozes: Benjamin Bratt, C. Thomas Howell, Jason Isaacs, Michael C. Hall, Paget Brewster, Penny Johnson
ORÇAMENTO: —
NOTA: 7,5