Homem Aranha: Sem Volta para Casa (Crítica com Spoiler)
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Homem Aranha: Sem Volta para Casa (Crítica com Spoiler)

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Homem Aranha: Sem Volta para Casa finalmente chegou aos cinemas. E o mais interessante aqui é que o projeto fala sobre algo que jamais imaginei, ou seja, alteridade. Sim, um filme de super-herói debate a questão de ‘se colocar no lugar do outro’.

Agora use isto para nosso país. Se houvesse empatia, não teríamos 600 mil mortos pela Covid, milhões passando fome ou desabrigados. Pode parecer uma comparação absurda, mas é a cultura geek nos mostrando (novamente), que dá ser melhores como sociedade.

De certa forma, Peter Parker é assim. Um adolescente ingênuo, e que tenta, da sua maneira, resolver as coisas. Sempre dá certo? Não. Mas a vida é assim. Num diálogo que tive com minha namorada, expus que o sistema carcerário foi criado para que os presos tivessem uma segunda chance após cumprirem suas penas. E por que não fazer isso com Lagarto, Duende Verde, Dr. Octopus, Electro e o Homem Areia?

Aliás, há de se destacar o trabalho preciso do roteiro, que dá tempo para os espetaculares Willem Dafoe, Alfred Molina e Jamie Foxx, além de Rhys Ifans e Thomas Haden Church mostrarem os dramas e estranhezas dos vilões por estarem num universo diferente do seu.

Homem Aranha: Sem Volta para Casa e o trio!

Se até o momento, vários fãs se agitavam dizendo que Tom Holland não era o Peter Parker ideal, agora não tem mais como contestá-lo. Primeiramente porque ele sofreu um trauma pesadíssimo, bem como fez seu sacrifício e, enfim, entendeu que “com grandes poderes, vem grandes responsabilidades”.

A sala de cinema onde estava aplaudiu a chegada de Andrew Garfield e Tobey Maguire. O meme de um Homem Aranha apontando para o outro foi inserido. O choque geracional é evidente. Feridas abertas foram curadas e o trio me fez segurar as lágrimas.

Entenda. Há algo além do que “apenas” este encontro. Mostra que, se a cultura pop e os quadrinhos estão inseridos desta forma no mundo atual, é por conta dos mestres Stan Lee, Steve Dtiko e tantos outros. É porque lemos e debatemos a nona arte, mesmo antes deste boom. É porque, muitas vezes, somos ranzinzas e queremos o melhor para aquilo que amamos.

Não há como negar, contudo, que os furos no roteiro são notados e que os fan service podem desagradar. Para mim, nenhum deles prejudicou a imersão. Principalmente porque, a sensação de ser um filme ‘episódico’, passa longe de ocorrer em Homem Aranha: Sem Volta para Casa. Ou seja, aquela ânsia de chegar logo nos créditos finais para sabermos qual será o próximo passo, fica a quilômetros de distância.

Faltou citar Zendaya e Jacob Batalon (MJ e Ned, respectivamente), pois nasceram para os papeis e fazem o projeto crescer sempre que aparecem. Defendia, desde Vingadores: Ultimato, que a Marvel precisava da cereja do bolo para algo perfeito. E eis que ele chegou! Homem Aranha: Sem Volta para Casa é nostalgia e futuro mesclados para uma apoteose nerd.

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Sinopse de Homem Aranha: Sem Volta para Casa

Após ter tido sua identidade secreta revelada ao mundo por culpa das ações de Mysterio, Peter Parker vê a sua vida e a sua reputação desmoronar. Ao procurar ajuda de Stephen Strange para tentar consertar tudo, a situação só fica ainda mais perigosa, e Parker precisa descobrir o que significa ser o Homem-Aranha.

Título Original: Spider-Man: No Way Home
Ano Lançamento: 2021 (Estados Unidos)

Dir: Jon Watts
Elenco: Tom Holland, Zendaya, Benedict Cumberbatch, Jacob Batalon, Jon Favreau, Jamie Foxx, Willem Dafoe, Alfred Molina, Benedict Wong, Tony Revolori, Marisa Tomei

ORÇAMENTO: 200 Milhões de Dólares
NOTA: 10

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