American Ninja, a tosqueira nostálgica

american ninja topo

A franquia American Ninja é uma besteira sem tamanho e só nasceu por conta de todos os excessos da década de 80. São cinco filmes, cada um deles mais engraçado e sem pé nem cabeça que o outro. Mas antes de Michael Dudikoff ser escolhido para estrelar o primeiro episódio, tudo levava a crer que Chuck Norris protagonizaria a empreitada. Dizem as lendas que o astro, bem como o Joseph Zito (seria o diretor) não aceitaram um orçamento tão baixo. Então, Sam Firstenberger e Dudikoff surgiram para darem o ar da graça.

O fato principal: nosso galã loiro não sabia lutar (!?). O que fazer? Simples! Nas cenas de ação o personagem estaria vestido de ninja e o dublê, Mike Stone, distribuiria as porradas. O IMDB contou 114 mortes no decorrer destes 90 minutos… é gente pra caramba!

Steve James, John Fujioka e Tadashi Yamashita também estão no elenco.

Franquia American Ninja

O fiapo de história fala de um misterioso soldado americano. Ele participa da escolta de um comboio de suprimentos que é emboscado por rebeldes. Além das armas, a filha do comandante é raptada, mas nosso herói sai no braço com os capangas e a resgata. Agora, o vilão Ortega quer a cabeça de Joe para poder continuar roubando e revendendo seus produtos.

Com o custo de míseros 1 milhão de dólares, arrecadou cerca de 20 milhões. Isso fez com que os antigos donos da produtora Cannon Films abrissem um sorrisão de orelha a orelha!

American Ninja 2

Em 1987, surge American Ninja 2 – A Volta do Guerreiro Americano. E quem não se lembra de assisti-lo pelo menos uma dúzia de vezes na Sessão da Tarde?

Franquia American Ninja

A dupla Dudikoff e Steve James vai para uma ilha do Caribe investigar o desaparecimento de diversos soldados. E adivinhem quem está por trás de tudo isso? Sim, os ninjas! Misture nesta salada um cientista que quer fazer uma experiência de clonagem e criar super ninjas e a receita está completa.

Acreditem se quiser, mas o orçamento desta continuação foi menor que o anterior. Custou aproximadamente US$ 350 mil e, apenas nos Estados Unidos, arrecadou cerca de US$ 4 milhões. Um excelente retorno que deu sinal verde para mais sequências. Aliás, Dudikoff mantém seu nível de atuação, ou seja, sem carisma nenhum.

A franquia sem Dudikoff – American Ninja 3

Sem o astro da franquia (que decidiu dar um tempo para não ficar estigmatizado no papel), American Ninja 3 – O Dragão Americano foi estrelado por David Bradley e dirigido por um tal de Cedric Sundstrom e a coisa só piorou. Bradley, aliás, já havia protagonizado a cópia descarada chamada American Samurai

Franquia American Ninja

As coreografias de luta são quase amadoras. E, se anteriormente o roteiro não fazia sentido, aqui chegamos ao ápice da tolice. Ao menos Steve James está lá para fazer a alegria da galera com suas frases de efeito e cara de poucos amigos.

Sean Davidson viu seu pai ser assassinado quando era criança e foi criado por um mestre ninjitsu. Já adulto, vai para uma ilha disputar um torneio. Mas o responsável pelo entretenimento é um magnata que deseja encontrar o lutador mais forte e injetar uma arma biológica em seu corpo (?!).

Não fez nem US$ 1 milhão nas bilheterias norte-americanas.

E se você aguentou com firmeza aos três primeiros filmes da franquia American Ninja, vamos continuar porque a pancadaria é o cerne do negócio!

Nada é tão ruim que não possa piorar: Guerreiro Americano 4

Guerreiro Americano 4: O Grande Kickboxer foi lançado em 1990 e teve o retorno de Dudikoff. Porém, por conta de choques na agenda James estaria fora. O que fazer? Bora juntar Joe Armstrong com Sean Davidson!

É melhor que o anterior? Sim! Principalmente nas sequências de ação (o número de mortes também é bastante considerável). Mas isso não é parâmetro para nada e os 99 minutos são difíceis de aguentar.

Franquia American Ninja

Na sinopse, soldados americanos (sempre eles!) são capturados por ninjas (!) numa floresta africana (!!). Davidson e outro agente são enviados para o resgate mas também são pegos. Então, Armstrong sai da aposentadoria para ajudar a pátria e ainda encontra tempo para desarmar uma bomba nuclear.

Fique atento para o figurino desta bagaça, digno de gargalhadas. Ah! E o faturamento nos EUA foi de US$ 358 mil.

Achou que a Franquia American Ninja tinha acabado? American Ninja V

E por fim, Bob Bralver tem a oportunidade de dirigir American Ninja V – O Pequeno Ninja e vejam as peculiaridades deste, que é de longe, o pior da série:

  • David Bradley volta a ser protagonista mas não vive Sean Davidson e sim Joe Kastle;
  • Não há ligação direta deste episódio com os anteriores;
  • Pat Morita, que viveu Sr. Miyagi em Karatê Kid, dá as caras por aqui;
  • é o filme mais longo dos 5.

Nesta época a produtora Cannon Films já estava praticamente falida e dava suas cartadas finais para tentar arrecadar alguma grana. Não deu certo.

Franquia American Ninja

Conhecemos o lutador de artes marciais Joe Kastle, que precisa ajudar um órfão ninja a libertar um cientista e sua filha de um maluco qualquer que não tem a menor importância. Só um adendo: como o moleque, interpretado por Lee Reyes, é chato… se fosse eu o herói, entregaria ele para o vilão e sairia correndo!

Brincadeiras a parte e tosqueiras a parte, a franquia American Ninja deixou seu legado e, ainda hoje, é vista com saudosismo pelos espectadores que viveram esta época tão maluca e deliciosa!

Fonte das bilheterias: IMDB

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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