Flávia Guerra, além de ter feito parte dos profissionais envolvidos em documentários como O Caminhão do Meu Pai e Karl Max Way, ainda se transformou em curadora do Festival Feed Dog, que junta cinema e moda num mesmo ambiente, com diversos filmes e debates. O Festival ocorrerá até o dia 27 de setembro.
Para ela, o maior desafio para se tirar um projeto como este do papel “é sempre levantar uma verba, mesmo para festivais maiores como o In-Edit. Mas entramos em contato com a Riachuelo e a marca topou ser parceira e neste sentido foi relativamente fácil. Mas é um desafio também para o público, pois ele tem que notar que a moda é muito mais que a passarelas e revistas na banca”.
Estando agora em uma posição diferente – aqui ela não é a diretora de documentários, mas sim a curadora de um Festival – Flávia vê a questão de dificuldade de uma forma diferente, pois para ela “há aspectos parecidos, pois sempre me pergunto: Quem é meu público? Que história quero contar? Eu realmente acredito que todos os filmes do Festival me trouxeram coisas novas como espectadora. Pois antes de ser curadora, eu sou espectadora também”.
O Feed Dog não tem o intuito de mostrar a história propriamente dita da evolução da moda, mas títulos como Borsalina, Bandaologia, Deixa na Régua e outros, retratam como as pessoas de países diferentes e das mais variadas classes econômicas moldam seus estilos e ainda trazem valores culturais com o modo de se vestir. Outra destaque é Out of Fashion, filme da Estônia que fala sobre como uma peça vai parar em nossas mãos e sobre todo o processo de criação. Isso envolve pessoas com condições abaixo da linha da pobreza e também danos ao meio ambiente.
Confira a entrevista que fizemos com a curadora do Festival Feed Dog:
Para conferir a programação completa e todas as palestras acesse http://br.feeddog.org/
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