Falsa Loura, projeto dirigido pelo experiente Carlos Reichenbach
Num caminho tortuoso, Carlos Reichenbach (‘Garotas do ABC’) molda uma obra oscilante. Para melhor entendimento, basta dizer que o início de Falsa Loura (simples, correto e bem filmado) é desconectado do próprio desfecho, que é exageradíssimo.
Começa com Suzane Alvez, mal nessa estreia nas telonas, chega a Cauã Reymond interpretando um cantor pop (inserido no roteiro para sumir em quinze minutos) e fechando o elenco com Maurício Mattar, se enterrando como um ex-ator em ação.
As cenas de sexo foram simplesmente jogadas, sem nenhuma razão aparente para existir e o tipo de linguagem cinematográfica usada deixa a desejar. Lá pelas tantas, os espectadores se perdem num amontoado de personagens sem naturalidade e diálogos pouco naturais.
Reichenbach achou Falsa Loura muito maior do que realmente seria, por isso, nem nos breves momentos de inspiração (normalmente quando Rosanne Munlholland está em frente às câmeras) podemos senti-lo como grande diretor que é. Uma pena.
Sinopse de Falsa Loura
Silmara é uma bela operária que sustenta seu pai, Antero, um ex-presidiário que foi deformado pelo fogo. Ela tenta a todo custo manter um relacionamento amigável com ele e com seu irmão caçula, Tê, ao mesmo tempo em que mantém um relacionamento ambíguo com a professora de dança Regina.
Na fábrica em que trabalha Silmara é incentivada a ajudar Briducha, uma mulher tímida e solitária. As duas e Regina vão ao show do grupo Bruno e os Andrés, onde Silmara conhece e se envolve com Bruno de André, ídolo da banda. Logo Silmara se torna o sonho de suas amigas, por representar a chance de uma rápida ascensão social.
NOTA: 3,0
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