Entrevista com Hélio de La Peña sobre Correndo Atrás

entrevista com helio de la pena

Correndo Atrás é a nova comédia nacional que será estrelada por Aílton Graça e dirigida por Jeferson De. Mas aí você deve estar se perguntando: “mas por que o título deste post é Entrevista com Hélio de La Peña?”. Calma meus queridos leitores, o ex-Casseta é roteirista do filme (juntamente com Jeferson De) e também o autor do livro Vai na Bola, Glanderson, que deu origem à obra cinematográfica.

Além de Ailton Graça, o elenco conta com Juliana Alves, Juan Paiva, Lázaro Ramos, Teka Romualdo, Rocco Pitanga, Lellêzinha e o próprio Hélio. E Lázaro Ramos faz uma participação especial!

Confira nossa entrevista na íntegra!

Cinema e Pipoca: Em “Correndo Atrás”, quase todos os atores e também os profissionais que ficam por trás das câmeras são negros. Esta ideia esteve sempre presente em sua mente?

Hélio de la Peña: Não. Essa foi uma ideia trazida pelo diretor, Jeferson De, e foi bem acolhida por mim e pela Clélia Bessa, a produtora. É uma história brasileira contada por brasileiros. O fato de a maioria da equipe ser negra traz um ineditismo ao filme e ao cinema nacional. O normal é que os negros estejam em minoria nas produções, sobretudo no cargos de comando. É uma oportunidade de mudar essa regra sem que o conteúdo do enredo seja panfletário.

Entrevista com Hélio de La Peña
Foto: Divulgação

Cinema e Pipoca: Você é o autor do livro “Vai na Bola Glanderson”, que deu origem ao filme. A função de autor de um livro é muito diferente da de roteirista?

Hélio de la Peña: Quando o trabalho do roteirista é adaptar uma obra literária ele tem uma função diferente, que é a de transpor o livro para a tela. Nem sempre a fidelidade é a meta. Tentamos, eu e Jeferson, trazer para o filme o espírito do livro, com a liberdade de modificar certos aspectos para contar a história de forma mais cinematográfica.

Cinema e Pipoca: Jeferson De é um grande nome do cinema nacional na atualidade. Como foi o primeiro contato para tê-lo como diretor de “Correndo Atrás”?

Hélio de la Peña: Fui apresentado a ele por um amigo em comum, o diretor de fotografia Gustavo Hadba, quando os dois trabalhavam juntos no filme Bróder. Visitei o set de filmagem, presenteei Jeferson com o livro “Vai na Bola, Glanderson!” e tive a felicidade de ele embarcar na ideia de transpô-lo para o cinema. Jeferson é um diretor sensível e competente, extraiu profundidade da história e valorizou as piadas. Foi um casamento perfeito.

Cinema e Pipoca: Aílton Graça interpreta Ventania. Você imaginava algum ator para um suposto filme enquanto escrevia o livro? Quão fiel o ator está ao personagem do livro?

Hélio de la Peña: Não pensei em nenhum ator enquanto escrevia o livro. Aílton Graça é um grande ator, leu e interpretou o papel de forma brilhante. Incorporou Ventania de forma que eu nem podia imaginar. Foi muito além do que estava no roteiro.

Cinema e Pipoca: Crise econômica, um país dividido, um novo governo que é algo totalmente incerto. De alguma forma o filme também lida com este cenário atual?

Hélio de la Peña: O filme não retrata o momento recente. O livro foi escrito há mais de 10 anos, rodamos o filme em 2016. Ainda assim, a história é bastante atual. O Brasil está sempre mergulhado numa crise econômica sem precedentes. Agora, não tínhamos a intenção de falar de um novo governo.

Entrevista com Hélio de La Peña
Foto: Divulgação

Cinema e Pipoca: Além de roteirista você também atua. É mais fácil ficar atrás ou na frente das câmeras?

Hélio de la Peña: Cada coisa tem suas particularidades. O trabalho atrás das câmeras é penoso e prazeroso. A responsabilidade de conceber uma história que toque o espectador é muito grande. Atuar é alegria, em inglês atuar equivale também a brincar. Mas é brincadeira levada a sério para conseguir ser fiel à proposta do roteiro. Me diverti bastante atuando, me realizei dando vida a um personagem que havia criado lá atrás. Na verdade, trabalhei duro e me diverti em cada etapa do processo.

Cinema e Pipoca: Vocês participaram do Pan African Film Festival, em Los Angeles, com enorme sucesso, e agora como foi mostrar “Correndo Atrás” no Festival do Rio. Qual era sua expectativa e o nível de ansiedade? 

Hélio de la Peña: O filme foi bem recebido nos festivais lá fora, tanto em Los Angeles, como em Nova Iorque, Miami e Roma. Passamos por um bom teste no Brasil ao apresentá-lo no Festival Latino Americano de São Paulo. Estava ansioso para ver como o público da minha cidade o receberia. Gostei muito de como o público reagiu. Agora minha ansiedade vai para o lançamento comercial de “Correndo Atrás”, previsto para abril de 2019.

E aí, curtiu nossa entrevista com Hélio de La Peña? Vai conferir Correndo Atrás? Comente conosco!

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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