Entrevistas
ESTÁ NO WATTPAD: ‘ENTIDADES’

A aventura fantástica “Entidades”, escrita por Jhon Lucas Paes, é um ótimo começo para um autor de apenas 15 anos.
O livro conta a história de Lola, uma estudante com alguns problemas familiares, entre eles uma relação conturbada com a própria mãe e um passado obscuro do pai. O início do livro, que lembra na primeira parte as obras de John Green, mostra ao leitor a relação da menina com a família, incluindo o irmão caçula, e também de seus colegas e amigos da escola. Aos poucos, são inseridos na história elementos fantásticos, como um jovem misterioso que a salva em algumas oportunidades, e pessoas aparentemente possuídas por demônios, transformando-as em criaturas com olhos vermelhos.
Especialmente no caso de Lola, o leitor cria empatia logo de cara com a personagem, já que possui um gênio forte, com problemas pessoais e uma vitalidade interessante. Quando os demônios começam a ser inseridos, a trama ganha um novo fôlego.
Entretanto, alguns cuidados acabaram não sendo tomados. Seria preciso realizar uma revisão no texto para que erros de digitação não passassem despercebidos. Não são erros extremamente comuns, mas chega a incomodar. Porém, a pior informação de todas vem no final do primeiro capítulo: o autor decidiu parar com as publicações no Wattpad, já que irá publicar este livro no formato físico.
“Não irei publicar mais nenhum capítulo o Wattpad. (…) Em breve irei excluir grande parte dos capítulos e deixar somente alguns para amostra. Se você pensou que esta é uma tática para que pessoas comprem meu livro quando ele for publicado, você está parcialmente certo. Pois a outra (justificativa) é o plágio”.
E, ao final, agradece aos leitores.
“(…) agradeço muito aos que leram Entidades até aqui. Sem vocês, nada disso seria possível”.
Apesar da interrupção precoce nas postagens do Wattpad, “Entidades” é uma leitura divertida. Quem quiser saber mais sobre o escritor, pode acessar também sua página oficial jhonlucas.weebly.com. É bom ficarmos de olho neste jovem prodígio Jhon Lucas Paes.
Confira a entrevista que fizemos com o autor Jhon Lucas Paes.
ENTREVISTA
Cinema&Pipoca – Olá Jhon, obrigado por ter aceitado o convite. Há quanto tempo você está no Wattpad e qual sua opinião a respeito desta rede social?
Jhon Lucas – Há um ano eu me juntei ao Wattpad e eu nunca imaginaria que esse simples ato mudaria minha vida. Acho que o Wattpad é uma rede social essencial para todos aqueles que amam e se sentem bem escrevendo histórias, ele permite que publiquem de graça aquele livro que você queria tanto que alguém lesse, mas que não tinha condições de começar publicando em uma editora grande.
CP – O seu livro já foi publicado por uma editora? Como está o processo?
JL – “Entidades” será publicado sob demanda pelo Clube dos Autores ainda este ano, mas devo admitir que o processo – principalmente o de revisão – está um pouco lento. Pretendo publicá-lo no segundo semestre de 2015, e também republicar os capítulos – só que dessa vez totalmente revisados – no Wattpad.
CP – Qual foi a importância do Wattpad para que você conseguisse que seu livro fosse publicado?
JL – Particularmente nenhuma, pois não foi a editora que veio até mim e sim o contrário. Mas eu creio que o Wattpad também possa permitir o reconhecimento de livros no mercado editorial, até porque eu já vi muitos casos de livros e escritores que fizeram sucesso por lá e foram publicado por editoras grandes.
CP – Você criou um método diferente de divulgação e de interação com os leitores de seu livro: um grupo no Whatsapp. Como funcionou? Achou válido? Como foi a participação dos leitores no desenvolvimento da história?
JL – Sim, totalmente válido. Meus leitores foram completamente essenciais para o desenvolvimento da história abordada em Entidades, suas opiniões fizeram que eu mudasse muitas coisas das quais, sem eles, nunca teria percebido. Além de ter feito muitas amizades com pessoas que também escrevem para o site, foi muito satisfatório.
CP – A primeira parte da história que está disponível no Wattpad me lembrou a construção dos personagens de John Green, em especial se analisarmos a personagem principal, Lola. Os livros dele te inspiraram de alguma forma? Quais são suas principais inspirações para a criação deste livro?
JL – Eu adoro os livros do John Green. Meu favorito é Cidades de Papel, mas devo admitir que seus livros são fizeram parte da minha linha de inspiração para criação do livro. A história inserida em Entidades vem martelando em minha cabeça há muito tempo, para ser mais especifico, desde em que assisti “Carrie, A Estranha” pela primeira vez. A história original de Entidades era para ser bem diferente da que conhecemos hoje, sendo bem semelhante a de Carrie, sobre uma garota problemática que descobre ser portadora de poderes sobre-humanos e que passaria a usá-los para se vingar daqueles que a atormentavam, em especial seus colegas de classe. Mas essa premissa não havia me agradado muito, parecia pouco original e clichê. Foi então que, aos poucos, a história foi se desenvolvendo cada vez mais dentro da minha cabeça até chegar ao que conhecemos hoje.
CP – A história se passa em uma cidade dos EUA. Existiu algum motivo para isso, ou escolheu uma cidade fora do Brasil por afinidade cultural?
JL – Talvez esse tenha sido um dos grande problemas na hora de contar a história de Lola Witt, pois eu estava muito em dúvida sobre aonde se passaria a história. Eu sempre quis que fosse nos Estados Unidos – talvez por ser um país com cidades em que sonho em visitar – porque nunca me senti a vontade escrevendo um história em que se passa no Brasil, simplesmente por não achar um cenário legal. Mas então, como eu escreveria um livro em que se passaria em um lugar onde eu nunca estive e não sei nada sobre? Foi então que a ideia de criar uma cidade fictícia submergiu minha mente, e assim surgiu a pacata Riverdown.
CP – Além de autor, você também lê livros no Wattpad? Se sim, qual você indica?
JL – Admito que não uso tanto a plataforma para ler, mas eu posso indicar três livros que vagamente acompanho: Herdeiros do Amanhecer, do meu amigo Lucas Araújo. Qualquer história escrita por ele é fantástica, recomendo muito. Também indico Rainha dos Corações Congelados e O Lado Obscuro da Casa.
CP – Quais outros livros você já tem publicado, no Wattpad ou fora dele?
JL – Tenho panejado para ainda nesse primeiro semestre do ano publicar no Wattpad o primeiro livro de uma trilogia que se chamará Radioativos.
SOBRE O AUTOR
Jhon Lucas tem 15 anos e moro em Macapá, capital do Amapá. Autor do livro Entidades, que conta com 129 mil visualizações, 2,5 mil votos e 239 comentários. Jhon pode ser encontrado no Wattpad pelo link http://www.wattpad.com/user/JhonLucasPaes.
SOBRE O WATTPAD
A rede social Wattpad possibilita ao internauta compartilhar suas próprias histórias literárias na web em uma plataforma interessante e fácil de usar. Gratuita, o internauta pode fazer o cadastro no próprio site, ou vincular com sua conta do Facebook. Leia mais sobre o aplicativo na coluna Está no Wattpad.
Este é um espaço dedicado a ajudar você a encontrar boas histórias nessa plataforma. Quem sabe seu próprio livro não terá uma matéria exclusiva no Cinema e Pipoca? Para isso, basta entrar em contato comigo pelo próprio Wattpad, através da conta Danilo Pessoa.
Editor CP
ENTREVISTA E TOP CP – 7 FILMES RECENTES TIRADOS DE LIVROS INFANTIS
Hoje, dia 02 de abril, comemoramos o Dia Mundial do Livro Infantil. O gosto pela leitora começa desde cedo e vale a pena os pais incentivarem sempre seus filhos e lerem juntos as mais variadas obras. Além da lista de filmes, que dá nome à postagem, segue uma entrevista com Christian David, autor de livros juvenis como ‘A Menina que Sonhava com os Pés’
– ONDE VIVEM OS MONSTROS (2009)

Baseado no livro de Maurice Sendak, ‘Onde Vivem os Monstros’ é um filme que deve ser redescoberto o quanto antes. Há muito simbolismo para pontuar o rito de passagem da criança para a adolescência, sem contar a forma delicada com que o roteiro nos mostra a solidão e ao mesmo tempo, os subterfúgios criados pela mente da criança. Pequeno grande filme.
Entrevistas
Entrevista com Rosane Svartman sobre a série Vicky e a Musa, que estreia hoje (19), no Globoplay

A partir de hoje (19), os assinantes do Globoplay poderão acompanhar as aventuras e descobertas dos jovens e adolescentes de Vicky e a Musa, com a estreia da primeira parte da temporada. Por isso, essa entrevista com Rosane Svartman (criadora e escritora do programa) é mais do que bem vinda!
Com direção artística de Marcus Figueiredo, a série mostra a importância da arte na vida das pessoas. “Todo mundo tem um filme que marcou a sua vida, uma música que lembra alguém especial, um livro que nunca esqueceu. Esta é uma série não só sobre quem faz arte, mas sobre como nós somos permeáveis a ela e à cultura como um todo, e como isso faz com que a gente se entenda nesse mundo e entenda melhor o outro. A arte nos faz humanos”, conceitua Rosane.
No primeiro musical criado e produzido pelos Estúdios Globo, se destacam os dilemas da adolescência – uma época em que “tudo parece o fim do mundo e, na verdade, é apenas o começo”, nas palavras da autora, e o amadurecimento dos jovens adultos, já que a trama passeia também por suas escolhas profissionais que se sobrepõem aos sonhos, pela entrada no mercado de trabalho, pelos relacionamentos que se transformam ao longo do tempo, entre outras questões.
Antes da entrevista com Rosane Svartman, vamos conferir a sinopse e o elenco da série!
Sinopse de Vicky e a Musa
O fio condutor dessa história sobre o poder transformador da arte é Vicky (Cecília Chancez), uma jovem estudante cheia de sonhos, que sempre foi apaixonada por música e dança e tenta entender seu lugar no mundo com a chegada da adolescência.
Ela e Luara (Tabatha Almeida) sempre foram grandes parceiras, mas a relação das duas está abalada desde que Luara resolveu deixar a amiga de lado, sem qualquer motivo aparente, e passou a ignorá-la após a morte da mãe durante a pandemia de Covid-19.
Cansada dessa vida solitária e reagindo às provocações de Luara, Vicky desabafa na praça do bairro e, enquanto suas palavras carregadas de sentimento são ditas no timbre mais forte de sua voz, uma brisa intensa levanta a poeira no local e chama a atenção de todos.
O significado disso nem ela mesma sabe, mas seu pedido de socorro está prestes a ser atendido por Euterpe (Bel Lima), a musa da música segundo a mitologia Grega e uma das figuras que mais chama sua atenção nas aulas lecionadas por Isa (Malu Rodrigues), irmã de Luara.
Com inúmeros artistas que se tornaram ícones da música graças aos seus encantos, a filha de Zeus chega à Terra trazendo apenas um propósito: inspirar Vicky para, através dela, arrebatar outras pessoas e, consequentemente, todo o bairro de Canto Belo.
Junto de sua chegada, uma aura de magia toma conta do local, sinalizando que algo muito poderoso está prestes a acontecer: conforme Euterpe caminha pelas ruas, ela inspira as pessoas com sua purpurina mágica, que cantam com ela a música “O Sol”, de Vitor Kley, no primeiro de muitos clipes que embalam a trama.
Assim, a deusa, que chega um pouco perdida porque não pisa no planeta Terra há muito tempo, se encanta pela vizinhança. Sem que ninguém saiba que ela é uma divindade, Euterpe tem papel fundamental na transformação de Canto Belo, já que enxerga nos indivíduos algo que eles mesmos não veem. Apesar da disposição e de estar munida de sua purpurina mágica do entusiasmo, a musa da música logo percebe que a tarefa não vai ser nada fácil.
Para sua surpresa, e ao mesmo tempo, decepção, seu irmão Dionísio (Túlio Starling), deus do teatro, também volta à Terra. Com um jeito excêntrico e ao mesmo tempo atrapalhado, ele tem certa dificuldade de interagir com os humanos. Eles não compreendem suas piadas milenares e seu humor incomum. Dionísio vai provocar muita confusão e, algumas vezes resolver empecilhos, com seu dom de se transformar em outras pessoas.
É no teatro abandonado da região que os irmãos decidem se refugiar. E é, então, nesse lugar ‘sagrado’ que cada jovem envolvido no processo transformador de Canto Belo vai se reconectar com a sua essência ao longo dos episódios. Um efeito cascata terá início com a chegada dos deuses, por meio da arte, e vai propor aos personagens uma jornada de reencontro consigo mesmos e de reconexão em suas relações sociais.
O elenco da série
O elenco da série, cuja segunda temporada tem previsão de estreia em dezembro, tem nomes conhecidos do público nas redes sociais, teatro, cinema e da TV. Além de Cecilia Chancez, Tabatha Almeida, Bel Lima e Túlio Starling, o musical conta ainda com Nicolas Prattes, João Guilherme, Cris Vianna, Dan Ferreira, Jean Paulo Campos, Malu Rodrigues, Hilton Cobra, Pedro Guilherme Rodrigues, Leticia Isnard, Manu Estevão, entre outros. Os episódios finais da primeira temporada chegam ao Globoplay no dia 26 de julho.
Então, sem mais delongas, vamos para a entrevista com Rosane Svartman.
Entrevista com Rosane Svartman
Como descreve a série ‘Vicky e a Musa’ e os elementos que funcionam como fio condutor da história?
- Rosane: ‘Vicky e a Musa’ é uma série que valoriza a arte e a cultura, e mostra como isso pode transformar pessoas e como pessoas transformam territórios. Não é uma história apenas sobre quem faz arte, mas sobre como nós somos permeáveis à arte e cultura, e como isso faz com que a gente se entenda nesse mundo e entenda o outro. Arte é também empatia. Em ‘Vicky e a Musa’, o território também é protagonista, além das pessoas que vivem ali. Ao longo da trama, Canto Belo se transforma, assim como suas personagens. Mas Vicky (Cecilia Chancez) tem extrema importância nesse processo, ela é o fio condutor. É a personagem que sente falta de alguma coisa naquele lugar que nem sabe direito o que é e, sem querer, chama a musa da música. E é a partir da chegada de Euterpe (Bel Lima) que as pessoas e o território são transformados através da arte.
De que forma o gênero musical influencia na escrita da obra?
- Rosane: Influencia muito, porque as músicas precisam ajudar a contar a história e a retratar aquele momento de cada personagem. Acredito que o cancioneiro brasileiro é muito rico e viaja o mundo. Temos artistas incríveis, uma diversidade muito bacana e nós da equipe de roteiro e pesquisa tentamos trazer isso para a série, com músicas de várias épocas e gêneros, mas que precisavam caber na narrativa.
O Teatro Parnasus é um dos principais cenários da série. Qual é a importância desse lugar para a trama?
- Rosane: O teatro começa abandonado até que os jovens o ocupam com a inspiração dos deuses da arte, e, à medida que vão se transformando e transformando o teatro, eles entendem que a arte vai além daquelas paredes e cadeiras.
E a última questão da entrevista com Rosane Svartman é: o que o público pode esperar de ‘Vicky e a Musa?
- Rosane: Espero que o público se inspire. Acho que ‘Vicky e a Musa’ faz a gente pensar sobre o nosso cotidiano, sobre a nossa realidade e como a arte está presente em nossas vidas. Espero que seja uma série lembrada também por alegrar a vida das pessoas.
E então, o que achou dessa Entrevista com Rosane Svartman sobre a série Vicky e a Musa?
Entrevistas
Entrevista com Ivo Lopes Araújo, diretor de fotografia do longa “Casa Vazia”

O Cinema e Pipoca recebeu um material exclusivo, com uma entrevista com Ivo Lopes Araújo, um dos mais aclamados diretores de fotografia da atualidade no país. O cearense ajustou o foco e enquadrou as cenas de recentes sucessos do cinema brasileiro, como Girimunho, Tatuagem e Greta. Também integrou a equipe do internacionalmente premiado Bacurau.
O mais novo trabalho do fotógrafo é o longa-metragem Casa Vazia, que chega aos cinemas neste fim de semana em São Paulo, Campinas, Porto Alegre, Natal, Palmas e no Rio de Janeiro. Por esse filme, Ivo conquistou um Troféu Redentor, no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2021, e um Kikito, no Festival de Gramado no ano passado.
Rodada em Santana do Livramento (Rio Grande do Sul) e Rivera (Uruguai), a produção aborda o empobrecimento da população em áreas agrícolas marcadas pelo avanço da tecnologia e das desigualdades sociais.
Dirigido por Giovani Borba e definido como um neo-western pela revista Variety, o filme explora uma linguagem híbrida entre ficção e documental e tem como protagonista um não-ator, Hugo Noguera, que é um ex-peão de estância.
Confira a entrevista com Ivo Lopes Araújo, sobre o longa Casa Vazia
Casa Vazia foi sua estreia em um filme rodado no pampa gaúcho. Como foi essa experiência?
Ivo: Foi a primeira vez que eu filmei nos pampas gaúchos. Foi incrível porque tem uma luz muito suave. Então durava horas do dia aquela luz suave. Tudo fica muito colorido. Os contrastes ficam certinhos, é uma paisagem incrível mesmo. Mas acho que a paisagem é usada a serviço do filme. E aí tem um trabalho que eu acho que é coletivo. Pra mim, foi um privilégio estar filmando nesse lugar, nessa época, e pra contar essa história. Tudo estava casando muito bem.
Como foi transpor para a tela a imensidão dos campos e essa sensação de vazio que permeia toda a trama?
Ivo: É impressionante como a natureza é forte na imagem. Ela traz tantas sensações. Acho que é nosso inconsciente, nossa memória ancestral que faz com que a gente se relacione com aquilo num lugar muito poderoso. É impressionante como, dependendo da história que se cria, da trama, você pode ter uma sensação de plenitude com a natureza, de solidão. Então, ela amplifica o gesto humano e o que a dramaturgia tá contando. No caso desse personagem silencioso e desse vazio que o filme cria, a natureza é usada para expandir isso, levar para um lugar maior. E funciona muito bem. O que poderia ser uma paisagem bucólica, se torna uma paisagem quase opressora pela sensação de solidão e de vazio que o personagem tá vivendo. É bem interessante o uso da natureza para tornar esse sentimento maior.
Você conquistou um Troféu Redentor e um Kikito com Casa Vazia. Em diversas cenas, a fotografia parece ser a única personagem que dialoga com o protagonista. Essa foi a sua intenção?
Ivo: É bem importante entender que o trabalho de composição da imagem do filme e a forma como ela ajuda na dramaturgia não é um trabalho só do fotógrafo. É um trabalho do diretor de arte, a escolha das locações, o figurino que o ator tá usando numa uma paisagem verde, o próprio ator, a entrega dele, o diretor que tá arquitetando tudo isso. Fico muito lisonjeado com os prêmios de fotografia. Mas é muito importante expandir e entender como essa paisagem natural e essas imagens se tornam poderosas.
É o trabalho de uma equipe toda, a equipe de fotografia, que tá ali junto iluminando, pensando os movimentos, trabalhando o foco, fazendo a imagem se constituir fisicamente mesmo. Não só os elementos de conceito, mas a mão na massa. A câmera estar no lugar certo, os movimentos de câmara, os travellings. Tem um trabalho de botar a mão na massa e materializar a imagem. E que o fotógrafo também não faz sozinho.
E quais são os seus próximos projetos?
Ivo: Tem um filme que foi rodado ano passado na África entre Mauritânia e Guiné Bissau, dirigido por um realizador português, Pedro Pinho. Amanhã será outro dia é um filme enorme, nunca tinha participado de uma produção tão grande. Foram vinte semanas de filmagem, um roteiro muito grande e uma história muito interessante.
Eu tô bem curioso e ansioso pra ver esse filme pronto e na tela. Tô agora em fase de finalização e colorização do filme dirigido pela Clarissa Campolina e pelo Sérgio Borges, que se chama Fera na Selva. Também foi um grande prazer trabalhar de novo com esses realizadores.
E então, o que achou dessa entrevista com Ivo Lopes Araújo? Comente com a gente em nossas redes sociais!
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