Egbé Mostra de Cinema Negro começa hoje em Aracaju

Egbé Mostra de Cinema Negro

A oitava edição da Egbé Mostra de Cinema Negro começa hojera (12) em Aracaju, trazendo um panorama da produção audiovisual de diretores e diretoras negras brasileiras. Até o dia 29 de novembro, o público sergipano poderá assistir a 25 curtas-metragens que retratam a diversidade da experiência afro-brasileira, exibindo produções de cineastas de diferentes estados do país. Os filmes abordam temas como memória, maternidades, afro-religiosidades, juventudes negras e afetividades, oferecendo uma visão plural e autêntica das realidades negras no Brasil.

A mostra conta com curtas de cineastas de onze estados, incluindo Sergipe, Amazonas, Maranhão e Santa Catarina. O produtor executivo da Egbé, João Brasil, enfatiza que o tema desta edição segue o conceito africano de Sankofa, que propõe retornar ao passado para entender o presente e, assim, construir o futuro. “É importante que a população sergipana conheça e tenha acesso aos filmes feitos por cineastas negros, especialmente os nossos cineastas locais“, afirmou Brasil, destacando o caráter educativo e de valorização da produção audiovisual negra.

Egbé Mostra de Cinema Negro
Egbé Mostra de Cinema Negro

Destaques do Egbé Mostra de Cinema Negro

Entre os destaques da mostra está o curta De tudo um pouco sabia costurar, co-dirigido pela sergipana e antropóloga Yérsia Assis. O filme conta a história de sua tia-avó, Dona Carmem, uma costureira de quase 100 anos, que narra memórias da vivência negra no território sergipano. “O cinema negro tem disputado o espaço não só nas narrativas e na construção de personagens, mas também no controle da infraestrutura e nas intenções dos realizadores“, comenta Yérsia, ressaltando a importância da identidade e da memória que o cinema negro constrói para o futuro.

Outro filme em destaque é Ewé de Òsányìn: o segredo das folhas, uma animação dirigida por Pâmela Peregrino. A cineasta, que filmou em Alagoas e Bahia, conta a história de Òsányìn, o orixá das folhas, ressaltando o poder das plantas e a importância da preservação ambiental. “O cinema negro se define pelo ponto de vista específico de pessoas negras sobre si mesmas, sobre sua coletividade e ancestralidade“, explica Pâmela, destacando a relevância do cinema como uma ferramenta para a afirmação da identidade e da história negra no Brasil.

Além das exibições presenciais, os filmes da Mostra também podem ser assistidos online até o dia 24 de novembro através deste LINK.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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