Documentário Cicatriz será lançado em Campinas
O documentário Cicatriz será lançado em Campinas em 09 de março e revela que uma cicatriz vai além de um simples traço na pele; ela pode ser um símbolo de histórias intensas, pessoais ou coletivas. Desde a infância, Débora sempre se sentiu curiosa sobre uma marca na pele de seu pai, Claudinei, mas nunca obteve explicações que satisfizessem sua inquietação.
Com o passar dos anos, essa busca por respostas sobre o passado se transformou na criação desta obra, que tem como objetivo estimular uma reflexão urgente sobre a violência institucionalizada, a importância da memória histórica e os direitos humanos.
Sinopse sobre o documentário Cicatriz
Ao abordar a trajetória de seu pai, um ex-preso político da ditadura militar, Débora expande a discussão sobre os traumas históricos e as cicatrizes que esses eventos deixam na sociedade. O documentário Cicatriz entrelaça histórias de ontem com a realidade atual de uma nova geração, composta por filhos e netos de vítimas da repressão.
Além disso, busca não apenas reconhecer esses traumas, mas também resistir ao esquecimento, reforçando a ideia de que a memória das vítimas da ditadura deve ser preservada e transmitida. Débora também inclui depoimentos de adolescentes em medidas socioeducativas, ressaltando como as estruturas de opressão ainda marcam a sociedade contemporânea.
Selecionado para o Edital 02/2023 da Lei Paulo Gustavo de Campinas, o documentário será exibido no Museu da Imagem e do Som de Campinas, no dia 09, às 19h30. A entrada é gratuita, e no dia 20 de março, a exibição acontecerá na Casa de Cultura Aquarela, no mesmo horário.
Após as exibições, o público terá a oportunidade de participar de uma roda de conversa sobre o filme, com a presença de Débora Castro, diretora do documentário, e seu irmão Leonel Cabral, psicólogo clínico e também personagem do filme.
Leonel, especialista no tratamento da dependência química e no Transtorno de Estresse Pós-Traumático, atua também como supervisor em programas de medidas socioeducativas. Este diálogo enriquecerá ainda mais a discussão sobre os direitos humanos e a cidadania, convidando os espectadores a aprofundarem seu entendimento sobre o tema.