Críticas
DEBI E LÓIDE 2

Em 1994 quando ‘Debi e Lóide – Dois Idiotas em Apuros’ foi lançado nos cinemas, Jim Carrey havia tido um dos melhores anos de sua carreira – ‘O Máskara’ e ‘Ace Ventura – Um Detetive Diferente’ são da mesma época –, Jeff Daniels já tinha concorrido a dois Globos de Ouro e participado do sucesso ‘Velocidade Máxima’ e os irmãos Farrelly começavam a alçar voos maiores.
20 anos se passaram e o cinema mudou muito por um lado, mas pouco por outro. Explico: o público, por conta desta maciça evolução tecnológica, consegue mais acesso às informações e tende a ‘torcer o nariz’ com uma facilidade inacreditável – já ouviram falar dos haters, então! – e Hollywood, por conta do medo e da falta de ideias realmente interessantes, recicla os sucessos de antes. Foi nesse processo que ‘Debi e Lóide 2’ surgiu.
Caso já tenha assistido um único filme dos diretores, saberá o que esperar deste, ou seja, comédia escrachada ao máximo e ótimas sacadas nonsenses, como se os personagens principais vivessem em um ambiente paralelo ao nosso, onde tudo é permitido. Carrey e Daniels continuam excelentes, com diálogos inspirados e uma comédia corporal de dar inveja.
Ao construírem o roteiro escorado no sub-gênero dos road-movies, os Farrelly têm a oportunidade de explorar melhor diversas peculiaridades dos coadjuvantes que são inseridos na trama.
Depois de décadas cuidando de Lóide, Debi descobre que tudo não passou de uma piada do amigo. Juntos novamente, eles partirão para uma viagem em busca da suposta filha de Debi, que precisa de algum parente que possa transplantar um rim para ele. Começa aí a aventura.
O terceiro ato perde o fôlego com situações corridas, como se já houvessem estourado o tempo de filmagem e precisassem finalizar o quanto antes. Mas até chegar ali, o espectador já terá sentido o prazer de rever amigos de longa data que há muitos anos não se via. Não tem o status para ser cult como o filme de 1994, mas é obrigatório aos novos e antigos fãs.
Título Original: Dumb and Dumber To
Ano Lançamento: 2014 (EUA / Reino Unido)
Dir: Bobby Farrelly, Peter Farrelly
Elenco: Jim Carrey, Jeff Daniels, Laurie Holden, Kathleen Turner, Brady Bluhm, Steve Tom, Rachel Melvin
ORÇAMENTO: 30 Milhões de Dólares
NOTA: 7,5
Críticas
O Rei do Show | Resenha | Vale a pena assistir?

Demorei muito para assistir a O Rei do Show, um musical estrelado por Hugh Jackman (Logan) e dirigido por Michael Gracey (Better Man – A História de Robbie Williams). O projeto é baseado na história real de P. T. Barnum, showman e empresário do ramo do entretenimento que, além disso, fundou o circo Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus.
Além do eterno Wolverine, o elenco tem pesos pesados, como Zac Efron, Zendaya, Michelle Williams e Rebecca Ferguson. O acerto principal, e que enche os olhos do público, está nos figurinos, em algumas músicas e na criação, por exemplo, dos picadeiros e da parte interna do teatro. Ao sairmos e olharmos para a cidade, tudo parece artificial e o refino técnico dos prédios, das montanhas e do trem, que passa, vez ou outra, não condiz com o restante.
Aliás, falando em efeitos especiais, não posso deixar de citar as interações de Charles Stratton (personagem de Sam Humphrey) com os animais. Num projeto de mais de US$ 80 milhões de dólares, seria possível gerar algo mais decente – Godzilla – Minus One, por exemplo, fez tudo aquilo com orçamento muito menor.
O Rei do Show poderia ser um filme de maior duração
Na maioria das vezes eu cito que um projeto deveria ter uma duração menor. Contudo, desta vez, creio que seja o contrário. Com apenas 105 minutos, o roteiro de Jenny Bicks (Rio 2) e Bill Condon (Chicago) é apressado e não dá tempo para o espectador se importar com ninguém. Nos primeiros 30 minutos já sabemos tudo sobre a família do protagonista, ele convence todas as pessoas a participarem do seu show, adquire o prédio, monta os banners para colocar na cidade e pronto!
É como se, na vida dele, tudo fosse simples e sem dificuldades. Quer mais? Em 90% do filme, P. T. Barnum é gente boa. Contudo, há uma virada e ele se transforma em um ‘babaca’. Todos os funcionários ficam chateados, ele se separa da esposa, mas em 5 minutos, como é de costume aqui, o final feliz acontece e todos cantam dentro do picadeiro. Resultado? Na subida dos créditos você já esqueceu boa parte do que acabou de ver.
Onde assistir O Rei do Show
O filme está disponível na Disney+.
Sinopse de O Rei do Show
Celebra o nacimento do mundo do entretenimento e mostra a vida do visionário que fez dum espectáculo uma sensação mundial.
Nota: ★★½
Título Original: The Greatest Showman
Ano Lançamento: 1992 (Estados Unidos)
Dir: Michael Gracey
Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zac Efron, Rebecca Ferguson, Zendaya, Austyn Johnson, Cameron Seely, Keala Settle, Sam Humphrey
Curiosidades de O Rei do Show
1- A personagem Jenny Lind, interpretada por Rebecca Ferguson, tem a voz cantada dublada por Loren Allred. Ferguson canta bem, mas como Lind era “a melhor cantora do mundo”, ela achou justo deixar a voz para uma profissional.
2- Hugh Jackman leu mais de 30 livros sobre P.T. Barnum para interpretá-lo.
3- Hugh Jackman queria fazer esse musical desde 2009! Foram 9 anos até ver o sonho virar realidade.
4- O filme só foi aprovado pela Fox depois que os compositores escreveram This Is Me durante um voo de 2 horas antes da reunião. A música foi indicada ao Oscar.
5- A personagem Anne Wheeler, vivida por Zendaya, foi inspirada em Miss La La, uma artista afro-alemã do circo no século 19.
6- Vários dos figurinos usados nas cenas de circo vieram diretamente dos acervos originais do Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus.
7- Hugh Jackman fez um workshop com os executivos da Fox logo após uma cirurgia de câncer de pele no nariz. O médico proibiu de cantar, mas ele não resistiu e mandou ver em From Now On. Resultado: o nariz começou a sangrar no meio da performance.
8- Mesmo sem cantar oficialmente em O Rei do Show, Ferguson teve que apresentar a música ao vivo para centenas de figurantes e equipe. Foi só com o apoio de Hugh Jackman que ela conseguiu se soltar.
9- As gêmeas asiáticas são inspiradas em Chang e Eng Bunker, irmãos siameses reais nascidos na Tailândia.
10- Zac Efron disse que o beijo com Zendaya em O Rei do Show foi o melhor da carreira. Mas em outra entrevista, ele brincou dizendo que o preferido foi com Dwayne Johnson em Baywatch.
Críticas
Uma Noite Alucinante 3 | Resenha | Vale a pena assistir?

Lançado em 1992, Uma Noite Alucinante 3 é o tipo de filme que desafia classificações tradicionais e abraça o absurdo como nenhum outro. Dirigido por Sam Raimi, o longa marca o fim da trilogia Evil Dead, mas não o fim da jornada do icônico personagem Ash Williams, interpretado com carisma e exagero pelo inesquecível Bruce Campbell. Mais do que isso, é uma explosão de criatividade, terror, batalhas medievais e comédia pastelão.
Enquanto os dois primeiros filmes da franquia – The Evil Dead (1981) e Uma Noite Alucinante II (1987) – investem na tensão e no gore com doses variáveis de humor, este terceiro episódio dá um salto: abandona a cabana isolada e a floresta maldita para jogar seu protagonista no século XIV. A mudança de cenário, portanto, traz consigo o nonsense, o pastelão e até mesmo o épico heroico em tom de paródia – o que é um peso, hora positivo, hora negativo, pra essa balança.
Bruce Campbell em Uma Noite Alucinante 3
Bruce Campbell está completamente solto, interpretando Ash como uma mistura de anti-herói arrogante, galã canastrão e improvável salvador da humanidade. O roteiro, também assinado por Sam Raimi ao lado de seu irmão Ivan Raimi, não economiza nas referências e citações.
Há ecos claros de obras como As Viagens de Gulliver, especialmente na sequência em que Ash enfrenta versões miniaturas de si mesmo, e até uma curiosa citação à frase clássica de O Dia em que a Terra Parou.
A graça está justamente na quebra de expectativa: a trama poderia, nas mãos de outro diretor, seguir por caminhos mais tradicionais, mas Raimi prefere o inesperado. Se Ash é enviado ao passado, é lógico que ele será visto como um forasteiro messiânico, que trará armas e sabedoria dos tempos modernos para derrotar o mal ancestral. Mas como tudo em Evil Dead, isso acontece de forma caótica e hilária, com o herói tropeçando nos próprios erros enquanto, milagrosamente, salva o dia.
Stop motion como caminho para os efeitos práticos
Do ponto de vista técnico, Uma Noite Alucinante 3 é um deleite para os olhos dos fãs do cinema artesanal. As sequências com stop-motion evocam o espírito dos filmes de Ray Harryhausen e adicionam um charme retrô inegável. A maquiagem é outro ponto alto: os mortos-vivos são grotescos e caricatos. A batalha final, por exemplo, é grandiosa dentro da proposta e mostra todo o potencial estético da produção: caveiras em marcha, feitiços, explosões e um herói bufando arrogância em meio ao caos.
A violência continua presente, mas é quase cartunesta – mescla efeitos sonoros de desenhos animados. Uma Noite Alucinante 3 foge demais do espírito original, mas é corajoso a seu modo. O final agridoce de Ash, inclusive, é uma espécie de homenagem a desfechos clássicos da ficção científica, como em Planeta dos Macacos, onde o herói não sai exatamente vitorioso, mesmo após salvar o dia.
Influência da franquia Evil Dead
A influência de Uma Noite Alucinante 3 pode ser percebida em outros trabalhos de Sam Raimi ao longo dos anos. Filmes como Darkman (1990), Homem-Aranha 2 (2004), Arraste-me para o Inferno (2009) e até Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022) carregam a mesma assinatura de exagero, humor ácido e horror estilizado. Raimi nunca abandonou essa estética híbrida e é fascinante ver como esse estilo amadureceu, sem perder sua essência excêntrica.
Outro legado importante foi manter viva a figura de Ash Williams como um ícone do cinema de gênero. Mesmo com o hiato nas telonas, o personagem retornou na série Ash vs. Evil Dead (2015–2018) e a franquia teve uma abordagem mais séria e sombria nos remakes Evil Dead de 2013 ou A Morte do Demônio – A Ascensão de 2023.
Entre esqueletos falantes, livros malditos e espingardas de cano serrado, Evil Dead se despede dos anos 80 com um grito de guerra, um tapa na cara do bom senso e um lugar eterno no coração dos fãs.
Onde assistir Uma Noite Alucinante 3
O filme está disponível na Apple TV para aluguel e compra.
Sinopse de Uma Noite Alucinante 3
Ash é acidentalmente transportado para o ano 1300. Naquele local, precisará ajudar um grupo de pessoas a lutar contra um exército de mortos e recuperar o Necronomicon para poder voltar para casa. Mas será que conseguirá?
Nota: ★★½
Título Original: Army of Darkness
Ano Lançamento: 1992 (Estados Unidos)
Dir: Sam Raimi
Elenco: Bruce Campbell, Marcus Gilbert, Ian Ambercrombie, Richard Grove, Bridget Fonda, Patricia Tallman, Michael Earl Reid
Curiosidades sobre Uma Noite Alucinante 3
1- A fumaça da motosserra de Ash era, na verdade, fumaça de tabaco que a equipe usava, bombeada por um tubo que passava pela calça e pela camisa de Bruce Campbell até o interior da motosserra.
2- No primeiro esboço do roteiro, Ash perdia um olho e só ia parar no período medieval na segunda metade do filme.
3- Na cena em que Ash é apedrejado, a produção usou batatas reais para obter uma reação mais autêntica de Bruce Campbell.
4- Como o filme foi gravado com várias câmeras simultaneamente, o microfone boom precisou ser afastado. Por isso, Bruce Campbell usava um microfone oculto no gancho da motosserra que atravessava seu peito, com o transmissor escondido no coldre da espingarda.
5- Dentro do carro de Ash, há uma edição da revista Fangoria — uma homenagem de Sam Raimi à publicação que apoiou o primeiro Evil Dead quando ele estreou nos cinemas.
6- Raimi queria chamar Uma Noite Alucinante 3 de The Medieval Dead, mas a Universal recusou. A versão britânica, no entanto, foi lançada como Army of Darkness: The Medieval Dead.
7- Acredite se quiser, o filme foi lançado no Japão com o nome inusitado de Captain Supermarket, uma referência ao local de trabalho de Ash, o S-Mart.
8- A famosa frase “Gimme some sugar, baby” foi inventada por Raimi na hora.
9- Durante uma cena de luta, uma presilha da capa de Ash cortou o rosto de Bruce Campbell. O corte era tão pequeno em meio à maquiagem pesada que o médico teve dificuldade em encontrar o ferimento.
10- Durante a cena em que o carro cai do céu, a grua de 25 toneladas tombou de um penhasco por falha mecânica. Por sorte, o operador se salvou a tempo. Uma grua maior foi usada dias depois para repetir a filmagem.
Críticas
Uma Noite Alucinante 2 | Resenha de filme

Depois do sucesso impressionante – e inesperado – de Evil Dead – A Morte do Demônio, Sam Raimi voltou para a franquia com Uma Noite Alucinante 2. Contudo, essa não é, necessariamente, uma continuação na concepção da palavra. Explico: após conseguir um produtor para bancar o projeto, essa barreira orçamentária havia caído.
Neste caso, decidiu-se, portanto, fazer uma espécie de refilmagem, inserindo um tom mais sarcástico para Ash – que ganha uma serra elétrica no lugar do braço – e tentando esmiuçar um roteiro com pitadas de novidades aqui e ali. Bruce Campbell, ainda mais à vontade como protagonista, não economiza nas caras e bocas, transformando-se num anti-herói que ninguém esperava, mas que todos precisavam.
Enquanto isso, concorrentes do gênero do terror, como: Halloween III: A Noite das Bruxas (1982), Sexta-Feira 13 – Parte 6: Jason Vive (1986) e A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros dos Sonhos (1987), andavam ‘mal das pernas’. Neste caso, os efeitos práticos e a câmera intensa de Raimi levou um novo fôlego para as telonas.
Monstros gigantes, cabanas e tudo mais intenso em Uma Noite Alucinante 2
Uma Noite Alucinante 2 prioriza o exagero e, por isso, é tão divertido. Raimi e o falecido Scott Spiegel, que roteirizaram o longa metragem, podem ir para todo e qualquer lugar, pois este universo propicia isso. Há monstros gigantes, árvores possuídas e, claro, um portal que levam Ash para a Idade Média.
Em contrapartida de tudo isso, o elenco não é tão interessante quanto o projeto anterior. Mas o espectador esquece isso no primeiro take em stop-motion que surge. Agora é hora de partir para o terceiro episódio do saga, já que o espectador tem apenas uma fagulha do que virá… E que venham mais sangue, zumbis, aberrações e aquilo que mais adoramos.
Onde assistir Uma Noite Alucinante 2
Aluguel e compra: YouTube | Google Play Filmes | Apple TV
Sinopse de Uma Noite Alucinante 2
Ash Williams achava que teria um fim de semana tranquilo com sua namorada em uma cabana isolada na floresta… até descobrir o infame Livro dos Mortos, cujos feitiços libertam uma força demoníaca ancestral. Após assistir sua amada ser possuída e enfrentar horrores indescritíveis, Ash é arrastado para uma noite ainda mais alucinante quando novos visitantes chegam à cabana — e os mortos-vivos retornam com sede de sangue.
Nota: ★★★½
Título Original: Evil Dead II
Ano Lançamento: 1987 (Estados Unidos)
Dir: Sam Raimi
Elenco: Bruce Campbell, Sarah Berry, Danny Hicks, Kassie DePalva, Lou Hancock, Denise Bixler, Richard Domeier, John Peaks
Curiosidades de Uma Noite Alucinante 2
1- Stephen King foi essencial para a sequência sair do papel. Durante um jantar com o produtor Dino De Laurentiis (que trabalhava com King em Comboio do Terror), o autor o convenceu a financiar Evil Dead II pela produtora DEG.
2- A cabana deste segundo projeto foi filmada em Wadesboro, Carolina do Norte — a mais de 400 km do local original. Grande parte das cenas foi gravada em um set dentro do ginásio de uma escola pública local.
3- A gigantesca cabeça demoníaca usada no clímax do filme era tão pesada que foi deixada para trás na Carolina do Norte após as filmagens. Anos depois, foi encontrada em uma casa mal-assombrada de Halloween na região.
4- A maravilhosa cena em que Ash luta contra sua própria mão possuída foi totalmente improvisada por Bruce Campbell.
5- A Rosebud Releasing que aparece nos créditos iniciais nunca existiu de verdade. Foi criada por De Laurentiis para lançar o filme sem classificação, já que sua empresa estava proibida de distribuir filmes com classificação X.
6- A motosserra troca de lado, pois Sam Raimi inverteu o negativo de uma cena para alterar a direção do movimento de Ash. Por isso, a motosserra aparece trocando de mão.
7- Os intérpretes dos personagens possuídos usavam lentes que os deixavam praticamente cegos. Toda a movimentação era ensaiada meticulosamente para evitar acidentes.
8- A fumaça que sai da motosserra de Ash não vem do motor: é cigarro! Raimi soprava fumaça por um tubo escondido atrás da serra para criar o efeito visual.
9- A história de que Campbell quebrou o maxilar ao ser atingido por uma câmera montada numa bicicleta é falsa. Eles inventaram a história como uma brincadeira para ver quem acreditaria.
10- O roteiro original envolvia Ash sendo lançado na Idade Média (o que só aconteceu no terceiro filme). Como o orçamento não permitia, Raimi foi obrigado a manter a história similar à do original — e na cabana.
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