Deadpool é atualmente um dos personagens mais populares de toda Marvel Comics, e com o filme rolando nos cinemas, nada mais justo do que comentar sobre o mais recente arco do bom e velho mercenário tagarela, Deadpool: Meus Queridos Presidentes.
Os Estados Unidos vão de mal a pior, a sociedade está descontrola e se destruindo aos poucos, e alguém precisa restabelecer a ordem no país. É então que um preocupado negromantic decide trazer de volta a vida os homens que outrora lideraram essa nação. Truman, Kennedy, Reagan e todos os outros persistente do Estado Unidos da América, que estavam mortos até então, voltam ao mundo dos vivos, mas não exatamente da forma que esperávamos.
Agora eles estarão juntos pra destruir o país de uma vez por todas, e quem sabe, até o mundo inteiro, mais quem poderá impedi-los? Afinal, só o fato de ser visto batendo em um presidente vai acabar manchando a imagem de qualquer herói que tentar resolver a situação. Nesse caso a única coisa é chamar alguém que já tenha a reputação totalmente manchada, e quando se trata de má reputação, quem melhor que Deadpool, não é mesmo?! Então, o mercenário mais insano do universo Marvel se juntará aos seus parceiros da S.H.I.E.L.D, buscará dar um fim nessa história e mandar seus queridos presidentes de onde vieram, custe o que custar literalmente.
Essa HQ foi republicada pela Panini Comics em 2015, numa versão bem bacana, encadernada capa dura, no valor de R$ 26,90 com 140 páginas.
O quadrinho tem o roteiro de Brian Posehn e Garry Duggan, cotando com a arte de Tony Moore e cores de Val Staples. São nomes de peso, Garry Duggan é um escritor conhecido por escrever Ômega Hulk, Batman Arkham Manor e a nova fase dos Os Fabulosos Vingadores, que já está à venda no Brasil. Já Brian Posehn, é ator e comediante dos Estados Unidos e também participou de vários filmes para TV e cinema. Na maioria de suas piadas ele costuma contar fatos de sua vida. (Foi o que eu li :D). Quanto ao Tony Moore, ele desenhou as primeiras HQS de The Walking Dead, até ser substituído por Charlie Edward, depois de umas tretas com o escritor Robert Kirkman. Ele também desenhou uma fase do Justiceiro e Venom.
As histórias de Deadpool são voltadas para um público um tanto quanto diferente do que acompanha as revistas de super heróis convencionais, isso já não é novidade pra mais ninguém, mas é sempre bom lembrar que muita gente acaba lendo Deadpool da forma errada. Olha só, se você pretende ler uma história do Deadpool, buscando um roteiro bem construído, diálogos impactantes ou algum tipo de surpresa emocionante, saiba que tua leitura está fadada ao fracasso (risos!). Deadpool foi e sempre será um negócio totalmente despretensioso.
Histórias exageradas, cheias de violência gratuita e piadinhas o tempo todo, faça sentido ou não. E eu não estou dizendo que se você aceitar essa proposta, você vai finalmente gostar do personagem mas, pelo menos, essa seria a forma correta de encarar a narrativa desse estilo. Eu não tenho nenhum problema com esse tipo de história despretensiosa, até gosto na verdade! Mas por algum motivo eu nunca fui muito fã do Deadpool, quer dizer o personagem em si eu até acho bacana, mais em relação às histórias elas nunca foram do meu gosto.
E em Deadpool: Meus Queridos Presidentes é exatamente isso que agente vê, uma história sem pé nem cabeça, que em momento algum ousa se levar a sério. Acho que isso fica meu óbvio, a partir do momento que eles contratam um comediante profissional pra escrever a revista. Os diálogos são sempre cheios de piadas e referências, mas muitas dessas referências são relacionadas a cultura americana, então não é todo mundo que vai sacar tudo e aproveitar 100% do material e, além disso, a coisa acaba se perdendo na tradução (algumas piadas sofrendo as certas adaptações) e a partir do momento que você deixa de entende-las toda a graça do negócio vai por água a baixo.
Eu, sendo muito sincero, acho que o quadrinho tem boas sacadas, mais tem outras meio bobas e previsíveis, deu uma risadinha ou outra mais não achei nada fora do comum. Na verdade, os arcos dos presidentes se estendem muito mais do que deveria, é interessante no começo, mas depois perde-se a novidade e você termina a leitura sem muita animação. As soluções de roteiro e as desculpas usadas na trama são meio bobas, principalmente no motivo que leva à escolha de Deadpool para deter essa tal ameaça, mas no fim das contas, numa história como essa, você não liga muito pra isso.
Como era de se esperar, a história é maravilhosafuckingmente violenta e contém cenas gore o tempo todo. A arte do Tony Moore é realmente bem bacana – eu curto o traço dele desde The Walking Dead e aqui ele faz um trabalho bem competente, que faz jus à proposta da história.
Então finalizo dizendo que, Deadpool: Meus Queridos Presidentes vale a pena ser lido e também assistir o filme que está sensacional de verdade.
Por Adriano de Morais