Críticas

Chega de Saudade, novo filme de Lais Bodanzki

Se em Bicho de Sete Cabeças, Laís Bodanzki tratou do universo conturbado e revoltado dos adolescentes, Chega de Saudade se adianta no tempo, tentando entender as motivações, alegrias, tristezas e amores da terceira idade, calcado numa trilha sonora que se funde otimamente pelo decorrer do longa.

Por isso, uma obra completa a outra, fechando (mesmo inconscientemente) este complexo ciclo entre início e final da vida.

No elenco temos Cássia Kiss (‘Não por Acaso‘), Tônia Carrero (‘Copacabana Palace’), Betty Faria (‘Sexo, Amor e Traição’), Stepan Nercessian (‘O Maiore Amor do Mundo’) e Leonardo Villar, irradiando sintonia em grande parte da obra. Temos também Paulinho Vilhena (‘O Magnata’) e Maria Flor em interpretações surpreendentes, com carga emocional diferente dos superficiais papeis televisivos.

Não só os diálogos funcionam, como também os olhares, gestos e toques, que fluem caprichosamente. No fundo, as ligações entre gerações distintas são evidentes, pois tanto o personagem de Rodrigo Santoro quanto qualquer outro em ‘Chega de Saudade’ vivem seus momentos como sendo os últimos.

Filme sublime onde a diretora prova outra vez, competência e talento, usando algo raro na sétima arte: a simplicidade.

NOTA: 8,0
ORÇAMENTO: 4,6 Milhões de Reais

Eder Pessoa

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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