BRUNA SURFISTINHA
Enquanto muitas garotas procuravam um príncipe encantado para viverem o resto de suas vidas e saírem da casa dos pais, Raquel escolheu algo que mudaria radicalmente seu cotidiano, para não depender de mais ninguém. Transformou-se na garota de programa mais famosa do país e todos os excessos, acertos, erros e grande parte das suas memórias, que foram tiradas do livro O Doce Veneno do Escorpião, lançado pela Editora Panda Books, foram transpostos para a telona.
Na abertura, o diretor Marcus Baldini já joga em nossa cara o quanto a garota queria viver livre, mas há algo de redundante aí, pois já entramos na sessão sabendo disso. Talvez por ser inexperiente neste segmento, afinal é seu primeiro longa metragem, Baldini desliza nos 15 minutos iniciais – ela sendo zoada pelos alunos na escola é o clichê mais velho do cinema.
A sorte dele é que Deborah Secco se entrega de corpo e alma ao papel e, se no primeiro ato, parece uma menina revoltada com uma família que a reprime, transforma-se radicalmente depois. Portanto, após se auto proclamar Bruna Surfistinha, sufoca todas as dificuldades, dramas e tristeza de Raquel para subir o mais alto possível.
Drica Moraes, como a dona da primeira casa onde Surfistinha trabalhou, tem a missão de manter o mínimo de interesse em momentos bem oscilantes da produção e o faz com louvor.
Raquel sai de casa com a decisão de transformar sua vida e em pouco tempo consegue fama e uma boa grana. Até aqui, tudo que cansamos de ver num soft-porn aparece sem ressalvas e depois, lá pelas tantas, é que ela e algumas amigas transformam um apartamento numa ‘casa de luxo’ – sem antes passar pelo vício de bebidas e drogas.
Huldson, personagem de Cássio Gabus Mendes (‘Boleiros’) é pessimamente trabalhado e a metade da película só se salva por conta das histórias hora engraçadas, hora estranhas das garotas e o uso do blog como um fio condutor é uma ótima sacada. No fim das contas, valeu toda a espera e também todo o trabalho pelos direitos autorais das músicas internacionais, mas a nota seria menor caso não houvesse Deborah Secco.
ORÇAMENTO: 4 Milhões de Reais
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