Críticas
BRUNA SURFISTINHA
Enquanto muitas garotas procuravam um príncipe encantado para viverem o resto de suas vidas e saírem da casa dos pais, Raquel escolheu algo que mudaria radicalmente seu cotidiano, para não depender de mais ninguém. Transformou-se na garota de programa mais famosa do país e todos os excessos, acertos, erros e grande parte das suas memórias, que foram tiradas do livro O Doce Veneno do Escorpião, lançado pela Editora Panda Books, foram transpostos para a telona.
Na abertura, o diretor Marcus Baldini já joga em nossa cara o quanto a garota queria viver livre, mas há algo de redundante aí, pois já entramos na sessão sabendo disso. Talvez por ser inexperiente neste segmento, afinal é seu primeiro longa metragem, Baldini desliza nos 15 minutos iniciais – ela sendo zoada pelos alunos na escola é o clichê mais velho do cinema.
A sorte dele é que Deborah Secco se entrega de corpo e alma ao papel e, se no primeiro ato, parece uma menina revoltada com uma família que a reprime, transforma-se radicalmente depois. Portanto, após se auto proclamar Bruna Surfistinha, sufoca todas as dificuldades, dramas e tristeza de Raquel para subir o mais alto possível.
Drica Moraes, como a dona da primeira casa onde Surfistinha trabalhou, tem a missão de manter o mínimo de interesse em momentos bem oscilantes da produção e o faz com louvor.
Raquel sai de casa com a decisão de transformar sua vida e em pouco tempo consegue fama e uma boa grana. Até aqui, tudo que cansamos de ver num soft-porn aparece sem ressalvas e depois, lá pelas tantas, é que ela e algumas amigas transformam um apartamento numa ‘casa de luxo’ – sem antes passar pelo vício de bebidas e drogas.
Huldson, personagem de Cássio Gabus Mendes (‘Boleiros’) é pessimamente trabalhado e a metade da película só se salva por conta das histórias hora engraçadas, hora estranhas das garotas e o uso do blog como um fio condutor é uma ótima sacada. No fim das contas, valeu toda a espera e também todo o trabalho pelos direitos autorais das músicas internacionais, mas a nota seria menor caso não houvesse Deborah Secco.
ORÇAMENTO: 4 Milhões de Reais
PERGUNTA PARA O INTERNAUTA:
* O que você achou de BRUNA SURFISTINHA?
* Qual o melhor soft-porno que você já assistiu ?
Críticas
Faça Ela Voltar: Um dos melhores terrores de 2025

É impressionante como Danny e Michael Philippou, irmãos que são as mentes criativas por trás de Faça Ela Voltar, são inventivos dentro do gênero do terror. Primeiramente, haviam trazido ao mundo Fale Comigo, que tinha sacadas super diferentes quando o assunto era possessão – não só pelo uso daquela mão embalsamada, mas por todos os outros contextos.
Aqui, lidamos com isso em menor grau, mas com inúmeros outros fragmentos que saltam aos olhos. Há uma tensão pungente e crescente e a forma com que tratam o luto – e a não aceitação dele – é quase palpável, e vou explicar os motivos logo abaixo:
Laura, interpretada pela excepcional Sally Hawkins (A Forma da Água), perdeu a filha há pouco tempo e nós, logo de cara, percebemos que ela não se recuperou totalmente. Contudo, cria um ambiente propício para receber dois irmãos que também passaram por traumas extremamente relevantes. Estes são Piper e Andy (Sora Wong e Billy Barratt, respectivamente) e que terão tratamentos bem diferentes dessa nova cuidadora.
Faça Ela Voltar e os caminhos para um grande filme
Eu estava torcendo para que os diretores não caíssem em jumpscares baratos e, graças a expertise da dupla, isso não ocorreu. O roteiro joga migalhas para colocar inúmeros pontos de interrogação na cabeça dos espectadores (uma porta trancada aqui, um garoto que parece deslocado do ambiente ali e marcas no chão acolá) e vai encaixando-as e ampliando o nível de brutalidade e de cenas gráficas impactantes.
Não existe o tom anárquico de Fale Comigo e há uma ou outra facilitação, mas nada tira o peso e a densidade da deterioração daquela casa e daquelas pessoas. A fotografia ajuda a contar a história, com tons avermelhados e as simbologias resgatam aquilo que centenas de projetos tentam e não conseguem, ou seja, mostrar que há uma porta para o desconhecido e que é bom a gente passar longe delas. Ao lado de Pecadores e A Hora do Mal, Faça Ela Voltar prova que os fãs do terror seguem com um sorriso de orelha a orelha.
Onde assistir a Faça Ela Voltar
O filme está disponível em todas as redes de cinema do Brasil
Sinopse de Faça Ela Voltar
Um irmão e uma irmã passam por algo que mudará suas vidas para sempre. Ao se mudarem para uma nova residência, com uma mãe adotiva, descobrem um ritual aterrorizante nessa casa isolada.
Nota: ★★★★½
Título Original: Bring Her Back
Ano Lançamento: 2025
Dir.: Danny Philippou e Michael Philippou
Elenco: Billy Barratt, Sally Hawkins, Jonah Wren Phillips, Sora Wong
Curiosidades de Faça Ela Voltar
- A atriz Sora Wong nunca havia atuado profissionalmente antes do filme.
- A mãe de Wong encontrou um anúncio de elenco na rede social, que buscava uma jovem com deficiência visual.
- Wong nasceu com coloboma e microftalmia, o que a deixou cega do olho esquerdo e com visão bastante limitada no direito.
- Sally Hawkins dispensou dublês e realizou suas próprias cenas de risco.
- Os irmãos Philippou estavam cotados para dirigir uma adaptação de Street Fighter em 2023, mas desistiram para se dedicar totalmente a este filme.
- A produção foi inspirada no subgênero “psycho-biddy horror”, que mistura suspense psicológico e personagens femininas intensas.
- Todo o longa foi rodado em apenas 41 dias.
- Este é apenas o segundo longa-metragem da carreira dos irmãos Philippou.
- A escalação de Wong trouxe visibilidade para pessoas com deficiência visual no cinema.
- O elenco relatou que a dedicação de Wong inspirou a equipe durante as filmagens, tornando a experiência ainda mais marcante.
Críticas
A Hora do Mal | Crítica | Vale a pena assistir?

Quando Zach Cregger nos apresentou Noites Brutais, senti que tinha um diretor talentoso, mas que o projeto era um tanto descompassado, como se fosse dois filmes em um. Por isso, minha expectativa com A Hora do Mal era grande e tentei, na medida do possível, ver pouco material promocional. O resultado? Uma das melhores obras de terror deste ano, ao lado de Pecadores (que é tão inventivo quanto) e Extermínio – A Evolução (que conseguiu ampliar a linguagem dentro daquele universo de infectados).
No elenco, Julia Garner, Josh Brolin, Benedict Wong, Austin Abrams, Alden Ehrenreich e Cary Christopher se completam entre si e, ao longo dos 128 minutos – talvez o corte seja um pouco mais longo que o ideal. Todas as dores, medos, traumas e anseios deles são tratados com delicadeza e a montagem, onde temos a mesma história sendo contada pela ótica dos personagens, conhecida no cinema como “efeito Rashomon”, só amplifica isso.
E não é só isso, já que, nas entrelinhas, notaremos mensagens claras referentes a como a sociedade lida com pessoas à margem da sociedade, como o bullying é uma extensão disso e como devemos criar nossos filhos, sem tirar a liberdade dele e não gerar traumas futuros.
Outra coisa que Cregger faz de forma exemplar é manipular as situações sem o uso de jumpscares. Em vários segmentos, principalmente dentro das casas, acreditei que um gato sairia do armário berrando, só para criar sustos fáceis… mas ele se distancia disso. Aliás, vai além, fazendo uso de sacadas cômicas para desarmar o público.
A Hora do Mal e a apresentação de uma nova personagem
Lá pelas tantas, uma nova – e inesquecível – personagem surge. É fato que há um rompimento entre os dois primeiros atos e o último, contudo, esse roteiro parece nos preparar para que aquilo ocorra. Mesmo assim, temos pequenas facilitações e um modo pouco coerente da polícia e da própria população lidar com aquela mulher que é suspeita do desaparecimento – no mundo real ela jamais conseguiria sair na rua.
Isso impacta na somatória final? Quase nada. Pois o que fica, após os créditos finais subirem, são flashes das crianças correndo de forma estranha, da câmera lenta, no melhor sentido da palavra, que contempla a escuridão e o bizarro de uma forma pouco vista no cinemão norte-americano e aquele desfecho, que poderia colocar tudo a perder, mas não o faz. A Hora do Mal merece todo esse hype e a expectativa para conferir o próximo projeto de Zach Cregger é enorme.
Onde assistir A Hora do Mal
O filme está disponível em todas as redes de cinema do Brasil
Sinopse de A Hora do Mal
Em certa noite, às 2:17 da madrugada, 17 estudantes do ensino médio desaparecem misteriosamente em uma pequena cidade. A principal suspeita é a professora e, com isso, um pai desesperado começa a investigar o que pode ter acontecido e a polícia parece perdida, pois há poucas pistas para serem seguidas.
Nota: ★★★★
Título Original: Weapons
Ano Lançamento: 2025
Dir.: Zach Cregger
Elenco: Julia Garner, Josh Brolin, Alden Ehrenreich, Amy Madigan, Benedict Wong, Austin Abrams, Cary Christopher, Toby Huss
Curiosidades de A Hora do Mal
- Diversos cinemas programaram exibições às 2:17, o mesmo horário em que as crianças desaparecem em A Hora do Mal.
- O horário do desaparecimento remete a Mateus 2:17, trecho da Bíblia que narra o massacre dos inocentes — a matança de crianças por Herodes.
- A New Line venceu uma disputa com Universal, Netflix e Sony, oferecendo uma proposta milionária e garantia de estreia de A Hora do Mal nos cinemas.
- Julia Garner entrou no projeto após Pedro Pascal deixar o elenco por conflitos de agenda com Quarteto Fantástico.
- Inicialmente previsto para janeiro de 2026, A Hora do Mal foi antecipado para 8 de agosto de 2025 após ótimas reações em testes.
- A corrida das crianças foi inspirada na icônica imagem da Menina do Napalm, símbolo da Guerra do Vietnã.
- Rooney Mara e Elizabeth Olsen foram cotadas para o papel principal, mas recusaram a proposta.
- Nos dias mais movimentados das gravações, havia mais de 170 crianças.
- Jordan Peele queria produzir o filme, mas a Universal recuou por questões orçamentárias.
- O diretor Zach Cregger cortou cenas que considerava engraçadas, mas que não funcionaram em sessões-teste.
- A escola vista em A Hora do Mal é a verdadeira Brockett Elementary, localizada na cidade de Tucker, Geórgia.
- O acordo com a New Line garantiu a Zach Cregger o controle final do filme e um pagamento milionário — comparado a contratos de M. Night Shyamalan.
- Cregger revelou que escreveu o filme sem um roteiro fechado, deixando a história “se revelar sozinha”.
- O diretor de arte criou a cidade fictícia com base em pequenas comunidades do leste dos EUA, buscando um visual 100% crível.
- Cregger se inspirou no filme Magnólia para criar uma narrativa épica e emocional dentro do gênero de horror.
- A cena em que as crianças saem de casa é embalada por “Beware of Darkness”, de George Harrison — um título simbólico para o filme.
- Justin Long e Sara Paxton, que estiveram juntos em Noites Brutais, voltam a contracenar, agora como casal e pais de uma das crianças desaparecidas.
- Josh Brolin, Benedict Wong e Julia Garner, todos presentes no elenco, já participaram do Universo Marvel.
- O orçamento de A Hora do Mal foi de US$ 38 milhões.
Críticas
Superman de James Gunn | Crítica | Vale a pena assistir?

Nosso redator João Aranda adorou Superman de James Gunn e, caso queira, é possível conferir o texto dele AQUI. Eu demorei para assistir ao longa metragem que reinicia esse universo da DC e que conta, agora, com David Corenswet na pele do super-herói, Nicholas Hoult como o vilão Lex Luthor e Rachel Brosnahan como Louis Lane.
Contudo, como puderam verificar no título, eu não curti tanto. Primeiramente, esperava que James Gunn criasse algo mais corajoso e equilibrado – hora temos uma batalha onde vemos uma mão ser quebrada e na outra parece estarmos assistindo a um desenho animado. E tem mais: há um momento onde Luthor mostra supostos indícios de que Superman tentaria dominar o planeta Terra e, do nada, as pessoas se viram contra o herói – de um segundo para o outro.
Mas nem tudo é desastre, já que Nicholas Hoult é um ator e tanto e consegue criar um vilão megalomaníaco o suficiente para nos divertir, assim como Brosnahan e seu timing cômico impecável. E já quero colocar o nome do meu próximo cachorro de Krypto, porque é impossível não dar uma boa risada com o caos que ele causa sempre que aparece – e ele salva seu ‘quase tutor’ da morte em, pelo menos, duas ocasiões.
Superman de James Gunn não é um filme de origem… ainda bem!
É ótimo não ter um novo ‘filme de origem’ porque, cá entre nós, todos sabemos a história de Superman e de Clark Kent. Mas que tal tirar alguns coadjuvantes que não têm função alguma na trama e deixar o corte final com uma hora e quarenta? Escolheram os três heróis para a Gangue da Justiça, mas qualquer outro poderia entrar ali, pois não faria diferença.
E precisamos mesmo de um vilão que tenha como plano máximo a megalomania de tentar destruir o mundo? Depois de Killmonger em Pantera Negra e Coringa em Batman – O Cavaleiro das Trevas, por exemplo, não consigo ‘comprar o barulho’ de Luthor no terço final. Em contrapartida, há certos takes de comédia que nos fazem lembrar que o diretor é James Gunn – a cena de Clark e Louis conversando sobre a relação amorosa e os outros heróis, ao fundo, lutando contra um monstro ao fundo, me fez dar boas risadas.
Entre uma narrativa infantil e takes mais adultos, entre um protagonista que não cativa e um vídeo onde gravado por Jor-El e Lara Van-El, dizendo para o filho dominar o mundo (fugindo – e muito – do que é visto nas HQs), Superman de James Gunn não diz a que veio, como grande parte dos projetos de super heróis, seja da Marvel ou da DC, nos dias atuais. Queria ter gostado, mas não deu.
Onde assistir a Superman de James Gunn
O filme está disponível em todas as redes de cinema do Brasil
Sinopse de Superman de James Gunn
Colocado contra a opinião pública por interferir diretamente em assuntos humanos, Superman deve embarcar em uma jornada para desmascarar o vilão Lex Luthor e tentar reconciliar sua herança kryptoniana à sua criação terrestre.
Nota: ★★★
Título Original: Superman
Ano Lançamento: 2025
Dir.: James Gunn
Elenco: David Corenswet, Nicholas Hoult, Rachel Brosnahan, Skyler Gisondo, Edi Gathegi, Nathan Fillion e Isabela Merced
Curiosidades de Superman de James Gunn
- O nome completo do personagem Otis Berg, da equipe Luthorcorp, é uma referência à “Otisburg”, imaginada pelo atrapalhado Otis (Ned Beatty) em Superman: O Filme (1978).
- Um dos motivos de crítica em Superman – O Retorno (2006) foi a escalação de Kate Bosworth como Lois Lane, considerada jovem demais para o papel. Para evitar isso no novo filme, James Gunn escalou Rachel Brosnahan, mais experiente.
- Os mapas do centro de Metrópolis usados no set trazem nomes de ruas que homenageiam lendas da franquia, como Christopher Reeve, Margot Kidder, Richard Donner, Alan Moore, John Byrne e Grant Morrison.
- A nova Fortaleza da Solidão foi construída praticamente sem uso de CGI. Foram criados 242 cristais reais com resina para o set, e os exteriores foram filmados em Svalbard, na Noruega.
- Em Superman de James Gunn foi priorizado a química entre os protagonistas. Tanto que David Corenswet se surpreendeu com uma fala de Rachel Brosnahan durante uma cena, reagindo de forma espontânea e xingando-a no improviso — o que foi mantido no corte final.
- A sede da “Gangue da Justiça” no novo filme é visualmente idêntica ao Salão da Justiça da série animada Super Amigos (1973–1985).
- Gunn se inspirou em Godzilla Minus One (2023) para mesclar ação e drama humano no novo filme do Superman.
- Uma cena mostra Lois Lane despejando muito açúcar no café, em referência direta à interpretação de Margot Kidder no filme de 1978.
- O Superman de Corenswet é fã da fictícia banda The Mighty Crabjoys, vista também em pôsteres na série O Pacificador.
- Isabela Merced gravou simultaneamente Superman de James Gunn e The Last of Us, viajando entre os sets constantemente.
- David Corenswet é o ator mais alto a interpretar o Superman, com 1,93 m, empatando com Christopher Reeve.
- A primeira aparição em live-action de Sr. Incrível, Mulher-Gavião, Metamorfo, Krypto e Cat Grant.
- O traje do Superman de James Gunn volta a ter a clássica sunga vermelha. A roupa também combina elementos dos Novos 52, como a gola alta.
- A atriz Sara Sampaio interpreta Eve Teschmacher, personagem originada fora dos quadrinhos, no filme de 1978, antes da criação da famosa Mercy Graves.
- Nicholas Hoult, que interpreta Lex Luthor, se inspirou em versões anteriores do personagem e em momentos dos quadrinhos, especialmente All-Star Superman.
- Anteriormente, a ideia é que o título do filme fosse Superman: Legacy.
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