Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria: vi os 2 primeiros episódios

Boate Kiss - A Tragédia de Santa Maria

Tive acesso aos dois primeiros episódios de Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria, série original Globoplay que estreia amanhã, dia 26. Farei, portanto, um panorama geral sobre os envolvidos na direção, produção e etc. e, em seguida, colocarei a minha opinião daquilo que conferi.

Um panorama sobre a série documental Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria

Há exatamente 10 anos, um incêndio durante uma festa em uma casa noturna em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos. A incansável luta por Justiça dos sobreviventes e dos pais das vítimas é o mote da série documental Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria.

Boate Kiss 2
O repórter Marcelo Canellas entrevista os irmãos sobreviventes da tragédia Delvani Brondani Rosso e Jovani Brondani Rosso (da esquerda para direita). 

Em cinco episódios, a produção remonta os acontecimentos que levaram à morte de tantos jovens. Ao mesmo tempo, mostra as reviravoltas de um processo judicial cujo desfecho permanece imprevisível.  

Dirigido pelo repórter da TV Globo Marcelo Canellas, que passou a infância e a adolescência em Santa Maria e também se formou por lá, expõe o seguinte: “A nossa ideia inicial era contar a história da Boate Kiss, tendo o julgamento como pano de fundo, imaginando que o julgamento iria chegar a um desfecho. No entanto, não houve esse desfecho porque o julgamento foi anulado. É uma história de luta de um grupo de mães, pais e sobreviventes por Justiça. E como esse sofrimento ficou sendo remoído ao longo do tempo e retornando como se fosse algo sem fim“.  

Mais sobre a série

A série tem o cuidado de trazer imagens inéditas do incêndio e depoimentos não só dos sobreviventes, mas de pais e mães que perderam os filhos naquele fatídico dia. Contudo, ainda vão além e acompanham os desdobramentos nos tribunais.

Eu vejo o que aconteceu em Santa Maria como uma grande alegoria do Brasil. De como o nosso país – seja nos meandros das instâncias judiciais, seja na forma como a sociedade reage – lida com uma tragédia dessa dimensão. Essas famílias merecem que suas histórias não sejam esquecidas. É uma série de alta voltagem emocional. E, apesar de ser um caso super conhecido, tenho certeza de que vamos surpreender com coisas que não foram ditas e mostradas até hoje“, diz Canellas.   

Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria é uma parceria com a TV OVO, coletivo de audiovisual de Santa Maria, e tem roteiro de Fernando Rinco e Gabriel Mitani, direção de produção de Clarissa Cavalcanti e produção de Andrey Frasson. A série original Globoplay estará disponível na plataforma a partir do dia 26 de janeiro. 

Boate Kiss - A Tragédia de Santa Maria
O repórter Marcelo Canellas entrevista os presidentes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria: Sérgio Silva, Adherbal Ferreira e Flávio José da Silva (da esquerda para direita). 

Os dois episódios que assisti

Primeiramente, devo dizer que o espectador precisa de sangue frio e estômago forte. Entenda, Boate Kiss – A Tragédia de Santa Maria, não mostra nada explícito, mas não é necessário, pois a narrativa das vítimas é de gelar a espinha. E mesmo que o corte final tenha um jeitão de reportagem especial do Fantástico, é impossível ficar alheio a tudo aquilo.

A cena inicial é uma ligação de alguém que está dentro da boate para o corpo de bombeiros ou para a polícia. O fato é que a gritaria e o pânico ficam evidentes e já molda todo o restante da obra. Uma série documental serve, também, para promover justiça e expor o quanto esses pais, mães, parentes e profissionais que colocaram a mão na massa naquela noite, tiveram uma ferida aberta que jamais cicatrizará.

A própria cidade não pode silenciar um caso tão absurdo quanto este e Canellas e os demais, fazem um favor à sociedade. Os dois primeiros episódios têm, aproximadamente, 55 minutos cada, e entrelaçam entrevistas e os três primeiros dias do julgamento. Poderoso, angustiante, revoltante e, ao mesmo tempo, um grito alto dos envolvidos clamando por justiça.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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