Crítica: Barbie (2023) | Necessário, engraçado e ácido na medida certa
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Crítica: Barbie (2023) | Necessário, engraçado e ácido na medida certa

barbie (2023)

Barbie (2023) veio para incomodar e frustrará aqueles que pensam que é um ‘filme infantil’ ou uma ‘comédia bobinha’. O projeto levanta a bandeira feminista com inteligência, mas vai além! Vemos piadas sensacionais sobre a própria Mattel, duras críticas ao patriarcado (que é o verdadeiro vilão) e referências a clássicos como 2001 – Uma Odisseia no Espaço, O Resgate do Soldado Ryan e outros.

Vários são os pontos positivos, a começar pela escolha óbvia de Margot Robbie (Esquadrão Suicida), pois ela parece ter nascido para o papel. Ao mesmo tempo, entende perfeitamente todas as nuances que o corajoso roteiro de Greta Gerwig (Lady Bird) e Noah Baumbach (História de um Casamento) quiseram expor. Quer mais? A história e a direção alfinetam diversos setores de nossa sociedade com sagacidade milimétrica – acredito que os homens que se ofendem com esses estereótipos masculinos apresentados aqui, tendem a ter pensamentos e escolhas semelhantes às do Ken de Ryan Gosling (ótimo) e companhia limitada.

Já a questão estética, dentre elas o figurino, as cores que explodem na tela, os ângulos de câmera inusitados e todas as coreografias, sem exceção, enche os olhos.

Há nostalgia, mas Barbie (2023) não para por aí!

Pequenos detalhes irão trazer muitas lembranças incríveis para quem brincava com as bonecas. Ela toma uma xícara de chá ‘de mentira’, toma banho ‘sem água’ e não precisa descer escadas para ir de um lugar ao outro, ou seja, exatamente como ocorria quando era mais jovem, não é mesmo?

Porém, fiquei com receio de que, quando ela viesse para o mundo real, o encanto se esvaísse. Ledo engano! Mesmo que a personagem de Ariana Greenblatt (Vingadores: Guerra Infinita) seja descartável e sua mãe, vivida por America Ferrara (Ugly Betty), tenha um discurso que se repete em demasia no terceiro ato, continuamos conferindo, pela óptica da Barbie, que o mundo não é perfeito como ela imaginava e que as mulheres precisam lidar com inúmeras coisas para serem aceitas.

Transformers (que eu gosto, mas sei que é completamente descartável) ou Mestres do Universo, eram tidos como ‘brinquedos para meninos’, foram para o cinema e não saíram do terreno comum. Foi preciso uma boneca como Barbie (2023) chegar e destronar esses materiais… e talvez seja isso que incomode tanto. Ninguém precisa deixar de usar a camiseta da Marvel ou deixar de conferir os brucutus da década de 1980 (que relegavam as mulheres a meras coadjuvantes de luxo), mas deixe as espectadoras e espectadores usarem rosa, pois é um filme-evento que merece!

curiosidades do filme barbie

Onde assistir?

  • Atualmente, Barbie (2023) está nos cinemas.

Sinopse do filme

Acompanhamos o dia a dia em Barbieland. Todas as versões da boneca vivem em harmonia e suas únicas preocupações são encontrar as melhores roupas para passear com as amigas e curtir intermináveis festas.

Contudo, uma delas vai notando que, talvez, sua vida não seja tão perfeita assim. Ela questiona o sentido da própria existência e acaba preocupando as amigas. Logo, sua vida se transforma e é expulsa de Barbieland.

Nota Cinema e Pipoca: ★★★★½

Título Original:Barbie
Ano Lançamento:2023 (Estados Unidos)
Dir:Greta Gerwig
Elenco:
Margot Robbie, Ryan Gosling, Will Ferrell, Simu Liu, America Ferrera, Ariana Greenblatt, Alexandra Shipp, Michael Cera e Kate McKinnon

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