ENTERRADO VIVO

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Outra das minhas idas para São Paulo, fui ver ‘Enterrado Vivo’ numa Cabine de Imprensa, a convite da Califórnia Filmes. O hype que o filme está causando é surpreendente, até porque é uma produção de baixo orçamento e tem uma fórmula batidona, mas é contada de forma angustiante, tendo na atuação de seu único personagem, interpretado pelo simpaticíssimo Ryan Reynolds (do futuro ‘Lanterna Verde – O Filme’) o seu trunfo.

Imagine o quão desesperador seria se você fosse um trabalhador comum, que transportasse mercadorias no Iraque e acordasse, de uma hora para outra, enterrado dentro de um caixão com pouco ar, um celular quase sem bateria, um isqueiro e uma lanterna, sem se lembrar de como foi parar lá. Paul Conroy está nessa situação e precisa urgentemente de ajuda.

O diretor espanhol Rodrigo Cortés, que surpreende já no formato da abertura e apresentação dos envolvidos, usa bem o som para levar a adrenalina do espectador nas alturas e a pouquíssima iluminação (que quase nunca focaliza diretamente o rosto do protagonista), jamais atrapalha ou nos confunde. No fim, existe uma tentativa de crítica social ao FBI (quando Conroy diz algo do tipo: “se eu fosse um político ou um jogador famoso, vocês fariam de tudo para me acharem.”), mas ninguém se importa com isso, pois a preocupação toda está em Conroy e suas tentativas de como sair dali.

Capturando a essência dos bons suspenses Hitchcockianos, Cortés prova que o aparato hollywoodiano de serial killers está defasado e, ao invés de sangue jorrando pelo cinema, causa tensão em closes nos olhos assustados do protagonista e lá pelo meio da película eu já estava afundando na poltrona e prendendo minha respiração, como se, com isso, fosse possível dar uns segundos a mais de vida para ele.

Título Original: Buried
Ano Lançamento: 2010 (Espanha)
Dir: Rodrigo Cortés
Elenco: Ryan Reynolds, Samantha Mathis, Robert Paterson, José Luis García Pérez

ORÇAMENTO: 3 Milhões de Dólares

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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