PRECISAMOS FALAR SOBRE O KEVIN

O filme é dirigido e roteirizado pela escocesa Lynne Ramsay e traz um elenco de peso para os personagens principais. Tilda Swinton é Eva Katchadourian, a mãe que traz uma culpa e um peso nas costas, sua interpretação deu a ela o prêmio de melhor atriz do Cinema Europeu, em 2011, e indicações à mesma categoria no Globo de Ouro e no BAFTA, em 2012; John C. Reilly é o pai amoroso e que é sempre enganado pelo filho; Kevin precisou de 3 atores, já que seu personagem atravessa a infância para a adolescência. O ator mirim Rocky Duer interpretou Kevin enquanto criança, com expressões de dar medo até em “Carrie”; na fase dos 6 aos 8 anos foi a vez de Jasper Newell mostrar do que é capaz; e já na fase adolescente Ezra Miller mostra toda a ironia e desprezo que exige um jovem sem princípios. Miller foi considerado um dos jovens atores mais promissores por essa atuação e também por “As vantagens de ser invisível”.

O filme é baseado no sétimo livro da norte-americana Lionel Shriver. Uma história sobre massacre numa escola secundária, uma mãe cheia de culpa, um filho cheio de ódio e cartas e mais cartas que a personagem Eva Katchadourian escreve a seu marido para se redimir daquilo que a sociedade a culpa: negligência ao criar seu filho mais velho. Em 2005, o romance ganhou o prêmio britânico Orange Prize, concedido a autoras de qualquer nacionalidade e que escreva em inglês.

Entre 2000 e 2003 (ano de lançamento do livro) já tinha 11 ataques a escolas secundárias, nos EUA. Anterior a esses ataques, o mais famoso foi o de Columbine, 1999, onde dois alunos entraram em uma escola e mataram 12 estudantes, um professor e feriram mais 21 pessoas, para logo depois se matarem. Não é mais novidade que aconteça esses massacres pelas cidades americanas, mas choca-se de qualquer maneira com a brutalidade das pessoas.

Com uma temática tão densa e tensa, o filme, que levou quase 4 anos para ser produzido, foi exibido no Festival de Cannes em 2011 e deixou a plateia desconfortável com o tema pesado sobre violência nas escolas.

Para quem curte um suspense psicológico é um dos melhores filmes que já assisti, sem contar o livro homônimo, tão bom quanto o filme. Preparem a pipoca e bons sustos!

Por Carolina Cristina