Turistas: impossível assisti-lo até o fim
Já escutei tanta asneira dos estrangeiros em relação ao Brasil, por exemplo, que nossa capital é Buenos Aires, que nossa moeda é qualquer outra, menos o Real, que nosso presidente é qualquer outro (Hugo Chaves talvez?), menos Luiz Inácio “Lula” da Silva. Mas Turistas irradia falta de conhecimento, noção do que é nosso povo e, nos extras, o diretor John Stockwell ousa dizer: “prezo o realismo nos meus filmes”. Poupe-me dessa chacota, por favor.
Na visão dele, vivemos na idade das cavernas (sem carro, sem estradas, sem neurônios), isolados do mundo, tendo como maiores riquezas as drogas, bundas à vontade, o funk e as praias paradisíacas. Há sequências hilárias e diálogos dignos dos maiores vexames cinematográficos, como quando a jovem gringa vai tirar fotos de uma criança e um homem se ofende por isso. Sua amiga vira para ela e diz: “aqui não podemos fotografar crianças sem permissão!”.
Citar todos os erros nos cem minutos do longa é missão tão simples que encheria esta página facilmente, mas contaremos as mais visíveis:
1) brasileiros se comunicam em inglês com outros brasileiros;
2) existe a “multiplicação das lanternas” – tais objetos aparecem nas mãos dos protagonistas como mágica.
Para fechar com chave de ouro, chega o Ministério do Turismo Nacional e se preocupa com a má repercussão do Brasil em outros países – como se Josh Duhamell (Transformers) e Melissa George (30 Dias de Noite) tivessem relevância absurda. Turistas ganha nota 0,5, pois caso assista-o como comédia involuntária, poderá dar boas . E observe a trilha sonora, tendo as ‘participações especiais’ de Marcelo D2 e Paula Toller.
NOTA: 0,5
ORÇAMENTO: 10 Milhões de Dólares
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