Alien – Romulus | Crítica
Ao longo do tempo, a franquia que se iniciou em O 8º Passageiro, teve mais momentos ruins do que bons no cinema. Contudo, Alien – Romulus trouxe uma nova perspectiva, utilizando conceitos já conhecidos e revitalizando-os para essa nova geração, ou seja, no fim das contas ele pode ser visto como uma sequência pelos fãs antigos, mas também apresentar-se para a nova geração com aquele vigor de outrora.
Lembrando que Ridley Scott esteve à frente do já citado primeiro filme, do fraco Prometheus e de Alien – Coventant (que passei longe). Os outros diretores que estiveram na cadeira de comando foram David Fincher, no razoável Alien 3 e Jean-Pierre Jeunet em Alien – A Ressurreição, que é uma bagunça e tanto. Desta vez, Fede Alvarez (A Morte do Demônio) molda um sem número de possibilidades e reverencia diversas dessas obras listadas.
O universo opressor pelo qual os personagens de Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux e Isabela Merced vivem, fazem com que essa fuga faça ainda mais sentido. Ao mesmo tempo, dá-se minutagem para que boa parte deles possa ser desenvolvido e o espectador se importe. Já a fotografia é fundamental, mas sem grandes inovações.
Alien – Romulus, a violência e mais xenomorfos
Prometheus parece tentar se afastar de toda violência gráfica vista anteriormente, mas aqui, em Alien – Romulus, isso retorna com força, com a inserção de facehuggers e xenomorfos num curto período, sem contar que a sensação de claustrofobia se dá em cada corredor daquela imensa nave e que há piscadelas para quem jogou Alien – Isolation.
O espectador até consegue prever quem morrerá e quem ficará vivo, mas a forma com que isso ocorre é a grande diversão – Alvarez até imprime sua própria assinatura, algo que raramente ocorre em franquias deste tamanho. Ao fechar sua carreira nas telonas com cerca de US$ 350 milhões contra US$ 80 milhões de orçamento, reabre-se várias possibilidades para o time da 20th Century Studios. Se este time voltar, estarei nos cinemas para ver a continuação… e na primeira fila!
Onde assistir Alien – Romulus?
- Streaming: Disney+
Sinopse de Alien – Romulus
Um grupo de jovens colonizadores espaciais se aventuram nas profundezas de uma estação espacial abandonada. Ao entrarem, acham que tudo está abandonado e sem vida, porém, descobrem uma forma alienígena que os obrigam a lutar pela sobrevivência, antes que sejam capturados por eles.
Nota Cinema e Séries: ★★★★
Título Original: Alien: Romulus
Ano Lançamento: 2024 (Estados Unidos)
Dir: Fede Alvarez
Elenco: Cailee Spaeny, David Jonsson, Archie Renaux, Isabela Merced, Spike Fearn, Aileen Wu, Daniel Betts
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Curiosidades de Alien – Romulus
- A equipe de efeitos especiais de Aliens – O Resgate (1986).
- Foram construídos cenários, criaturas com efeitos práticos e miniaturas sempre que possível para ajudar a dar mais realismo ao corte final.
- O design de produção usou como inspiração o game Alien – Isolation (2014), incluindo as estações de comunicação “Emergency” que funcionavam como pontos de salvamento no jogo.
- Alien – Romulus se passa entre Alien – O 8º Passageiro (1979) e Aliens – O Resgate (1986), no ano de 2142.
- Alien – Romulus foi filmado de maneira cronológica.
- O projeto seria lançado diretamente no Hulu, mas a estratégia foi alterada.
- Fede Alvarez usou um som controlado remotamente, com o intuito para assustar o elenco durante as filmagens, com sons de xenomorfos e alarmes.
- Andy, um modelo sintético antigo, apresenta um defeito que faz seus dedos tremerem, algo já mencionado em Aliens – O Resgate (1986), onde Bishop afirma que os sintéticos mais antigos eram “um pouco trêmulos”.
- Rain usa os mesmos Reebok Alien Stompers que Ripley usa em Aliens.
- No começo do filme, os membros da tripulação aparecem bebendo Aspen Beer, a mesma marca que a tripulação do Nostromo bebe em Alien – O 8º Passageiro (1979), fabricada pela Weyland-Yutani.
- Durante uma cena, um brinquedo chamado “Drinking Bird” aparece, referência ao mesmo brinquedo visto em Alien – O 8º Passageiro (1979) e Alien 3 (1992).
- O filme se tornou o mais lucrativo da franquia desde Aliens – O Resgate (1986).
- No fundo de várias cenas, aparecem telefones de emergência que funcionam como pontos de salvamento de Alien – Isolation (2014), um sinal de que algo terrível está por vir.
- A cor laranja foi escolhida por Fede Alvarez como tom dominante, em contraste com os tons azuis dos capítulos anteriores.
- Fede Alvarez fez questão de usar o máximo de efeitos práticos possíveis, inclusive construindo alienígenas que podiam ser operados por marionetistas, fazendo os atores realmente sentirem medo enquanto trabalhavam com as criaturas “reais”.