Os Estranhos: um suspense que chega e se vai sem deixar saudades
Produtor 1: Estava afim de fazer um filme de terror!
Produtor 2: Já tem alguma idéia ?
Produtor 1: Não, nenhuma. Talvez alguém atrás de uma mulher numa casa enorme.
Produtor 2: Isso já foi feito em ‘Pânico’.
Produtor 1: Sei disso, mais seria só para ganhar uns trocados.
Produtor 2: Que tal um casal em crise, no meio do nada, sendo perseguido por três vilões mascarados?
Produtor 1: Uau! Três vezes melhor. Ótimo, quando começaremos a gravar?
Numa dessas conversas de boteco deve ter saído ‘Os Estranhos‘, misto de nada com coisa nenhuma protagonizado pela fraquíssima Liv Tyler (‘Armagedon‘) – talvez nenhuma ameaça seja tão proeminente quanto sua presença frente às câmeras – como a garota indefesa da vez, que necessita do maridão Scott Speedman (‘Anjos da Noite‘) para protegê-la dos vilões mais bobocas desde Chucky.
Sustos totalmente previsíveis, suspense sonolento, trilha sonora risível e o diretor Bryan Bertino perdido, com sequências tão irrelevantes que fariam Uwe Boll corar de vergonha. No fiapo de roteiro, um casal se separa e logo após ele ir embora, assassinos invadem a casa querendo matá-los.
Ao final, a personagem de Tyler pergunta: “Por que estão fazendo isso conosco?”, a resposta dos criminosos soa tão profética quanto esses noventa minutos em que não se torce nem para os mocinhos, muito menos para os vilões. Há coisas melhores nos cinemas, deixe ‘Os Estranhos‘ para lá.
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