Críticas

TYSON

cinema tyson

Fazer um documentário sobre a vida e a carreira de um determinado artista, seja ele jogador de futebol, ator, esportista, religioso e etc., é extremamente complicado, até porque as chances do diretor se deslumbrar com as grandes proezas são enormes. Foi esse deslumbre – e também alguns erros no roteiro – que fizeram com que Anibal Massaini Neto errasse em PELÉ ETERNO.

Com um pouco mais de parcimônia e contando com uma espontaneidade absurda de seu protagonista Mike Tyson, JAMES TOBACK (roteirista de BUGSY) molda um acervo de gravações estupendas do início da carreira do boxeador – sua velocidade era assustadora – e vai tentando driblar os clichês pelo caminho.

O segundo ato, montado basicamente na decadência de Tyson é o mais cansativo, principalmente por tentar esclarecer alguns fatídicos episódios de sua carreira, como a acusação de estupro, os três anos na cadeia, a dependência química, os inúmeros desentendimentos com a imprensa e etc.

Na infância o ex-boxeador passou por dificuldades, vivia em condições precárias e por um acaso do destino descobriu que dentro do ringue era o seu habitat natural. Com o passar dos anos, sua fúria e força de vontade foram enfraquecendo, muito mais porque seu primeiro treinador Cus (que era como um mentor e pai para ele) veio a falecer e Tyson se viu perdido no meio de tanta politicagem.

Com poucos nomes importantes hoje em dia e a maciça estruturação do MMA, o boxe transformou-se apenas num esporte ‘coadjuvante’ e sem a mesma força de antes. Mas, no fim das contas Tyson deu sua gigantesca contribuição e mostrou ao mundo que dentro do ringue, foi um gênio tão grande quanto seu mentor Muhammad Ali.

Título Original: Tyson
Ano Lançamento: 2008 (EUA)
Dir: James Toback
Elenco: Mike Tyson, Monica Turner


ORÇAMENTO: —


PERGUNTA PARA O INTERNAUTA: 

* O que você achou de TYSON ?
* É o maior boxeador de todos os tempos ?

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