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HQ/Livros | Turma da Mônica – Lições

Lançando pelo selo Graphic MSP, Turma da Mônica – Lições é a continuação de ‘Turma da Mônica Laços’, que foi um baita sucesso em 2013 e conquistou o coração de muitos leitores, inclusive o meu!
A infância é uma das etapas mais essenciais da vida, uma época onde a imaginação não tem limites e a inocência nos permite enxergar o mundo de uma forma mágica. A verdade é que todos nós sentimos isso nessa fase, justamente por as coisas serem assim, tão simples. Só que aos poucos nós vamos crescendo, envelhecendo, mas também amadurecendo, aprendendo com as experiências que passamos, ou melhor dizendo, com as “lições” que vamos aprendendo.
Essa história conta uma aventura totalmente diferente da anterior. Basicamente Mônica, Cebolinha, Magali e Cascão esqueceram de fazer a lição de casa e com medo de levarem uma bronca da professora durante a aula, eles se reúnem para fugir sem que ninguém perceba. Mas isso acaba não dando certo e para cada erro uma consequência, certo?!
Os pais da turma são chamados na escola para conversarem sobre o que as crianças estão fazendo juntas -lembrando o que aprontaram durante todos esses anos, inclusive a jornada em busca do Floquinho, presente na HQ anterior. Com isso uma questão é colocada: se deixa-los andarem juntos, poderão ser prejudiciais ou uma má influência uns para os outros? A decisão é tomada e a turminha será separada.
Mais como eles conseguiram enfrentar isso? Até porque, agora eles estão sozinhos, cada um seguindo seu caminho e se virando como podem. Mas o grande lance aqui, é que além deles se afastarem, terão que enfrentar grandes nêmesis: Mônica será enviada para uma nova escola, onde terá que se adaptar para arrumar novos amigos, Cascão será obrigado a fazer aulas de natação, Magali estará em uma aula de etiqueta para aprender bons modos, e supostamente, se comportar como uma dama e Cebolinha terá que se virar para se defender dos valentões que Mônica ajudar a manter longe, além de iniciar um tratamento para concertar a sua fala. Um momento difícil na vida de qualquer um. Mas será que a amizade entre eles será mais forte, e se eles arrumarem novos amigos e tudo acabar por aí? São essas as “Lições” que esse maravilhoso quadrinhos vai tentar lhe ensinar.
Turma da Mônica – Lições, foi lançado em 2015 pela editora Panini Comics através do selo Graphic MSP, que pra quem não sabe é uma série de graphics novels representando os clássicos personagens criados por Maurício de Sousa, com um toque pessoal de cada artista Brasileiro.
Esta é a oitava história lançada. A HQ foi escrita e desenhada pelos irmãos Vitor e Luciana Cafaggi, conhecidos pela série ‘Valente’, que também é fantástica por sinal. Eu já me tornei um fã absoluto desses dois, portanto, busquem mais sobre eles, vai por mim, vai valer a pena conhecer mais a fundo o trabalho deles.
Por mais que ‘Laços’ tenha me deixando encantado, foi em ‘Lições’ que me apaixonei por Turma da Mônica dos irmãos Cafaggi. Eles conseguem passar a mensagem da história de uma forma tão sutil e delicada, que é realmente emocionante de se ler, mas isso é muito doido porque, na verdade, essa é uma leitura que causa todo tipo de reação no leitor, ou seja, felicidade, surpresa, tristeza, saudade, riso.. nostalgia.
Acho também que Turma da Mônica – Lições me ganhou por eu ter me identificado mais com essa história do que com as outras. Todo mundo já passou por uma situação parecida e isso é muito bom, porque a narrativa conversa com cada uma de nós. Senti que cada personagem era parte de mim mesmo e consegui me ver naquelas situações. Se adaptar e sair de sua zona de conforto nunca é fácil, mas as vezes, é necessário dar um passo à frente para a vida continuar – ou você se adapta normalmente ou é força a se adaptar, uma hora ou outra isso vai acontecer. Mas quem sabe isso não traga coisas boas, enfrentar o medo de deixar os velhos costumes para trás e mudar sua vida é o que impede de seguir em frente.
Pra quem é fã da Turma da Mônica, a leitura é cheia de easter eggs e surpresas, o que traz mais um atrativo para os leitores mais velhos, sem falar nas sutis referências ao cinema e cultura pop no geral, que é um elemento muito presente nas HQs de Vitor Cafaggi. Sobre a arte, não tem como não elogiar. Os traços são delicados, dando a ideia de pureza e magia no decorrer da leitura. Luciana Cafaggi dá um toque único às cenas.
Enfim se você é um daqueles que pensa que turma da Mônica é coisa de criança, por favor, tenha uma mente mais aberta. Essas história aqui é para qualquer um, qualquer um mesmo e ela funciona de todos os jeitos, por isso é tão boa.
Faça um favor a si mesmo e leia essa obra de arte da cultura brasileira.
Por Adriano de Morais
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República Popular de Terranova | HQ e livros

Em um futuro tecnocrático e sufocante, a República Popular de Terranova é apresentada como um modelo de eficiência e inovação. Com vias aéreas, nanorrobôs e portais interdimensionais, a sociedade criada por Felipe Kato no livro em questão, parece ter alcançado o ápice do progresso.
Mas por trás da fachada brilhante, esconde-se um sistema brutal de controle, manipulação e cobrança absurda de tributos, onde até a atmosfera precisa de uma redoma para não matar seus cidadãos — e a verdade é cuidadosamente censurada.
Sinopse de República Popular de Terranova
O protagonista Thomas K., jornalista de um dos últimos veículos independentes do ano 3084, vê sua vida virar do avesso ao receber uma cobrança bilionária sem qualquer explicação. Ao tentar resolver o absurdo, descobre um sistema podre por dentro — e acaba sendo preso em um centro de reeducação para dissidentes.
Paralelamente, sua filha Susana se envolve com um grupo revolucionário clandestino, mas é capturada e transformada em uma ciborgue a serviço do governo, tornando-se uma arma da repressão que ela própria tentava combater.
Quem é Felipe Kato, autor de República Popular de Terranova
Entre reviravoltas, perseguições e diálogos perturbadores, a obra escancara uma realidade distorcida que não está tão distante da nossa. Com humor ácido, crítica social e um cenário cyberpunk eletrizante, o autor costura uma distopia inquietante — e dolorosamente familiar.
Advogado tributarista na vida real, Felipe Kato se inspira em elementos da cultura geek para criar uma ficção que provoca e diverte. “Uso os impostos como símbolo de controle total, inclusive sobre como as pessoas pensam e vivem”, explica. Em República Popular de Terranova, lançado pela Clube de Autores, o exagero serve para escancarar o real: um governo que cobra tudo, até a liberdade. E uma população que, pouco a pouco, se acostuma com a servidão.
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Estrada Fantasma – Volume 1 | HQs & livros

O selo Alta Geek, do Grupo Editorial Alta Books, acaba de lançar no Brasil a HQ Estrada Fantasma – Volume 1, obra que inaugura uma nova série de quadrinhos sobrenaturais com alta carga dramática e visual brutal. Escrita por Jeff Lemire, premiado quadrinista com passagens marcantes pela Marvel e DC, a HQ conta com as artes atmosféricas de Gabriel H. Walta e as cores da renomada Jordie Bellaire, conhecida por trabalhos em Deadpool, Gavião Arqueiro e Cavaleiro da Lua.
Este é o início de uma saga que promete conquistar fãs de horror adulto, suspense e fantasia com texto afiado, atmosfera cinematográfica e um universo original em construção. Para leitores que curtem obras ousadas, densas e recheadas de tensão, esta é uma leitura obrigatória — tão perturbadora quanto impossível de largar.
Sinopse de Estrada Fantasma – Volume 1
A trama acompanha Dom, um caminhoneiro solitário assombrado por um passado traumático, que cruza caminhos com Birdie, vítima de um acidente na estrada. Quando eles descobrem um artefato misterioso entre os destroços, a realidade começa a se fragmentar, mergulhando os dois em uma dimensão surreal — repleta de monstros deformados, ameaças sobrenaturais e distorções alucinantes de espaço e tempo.
Com uma pegada de grindhouse horror sujo e visceral, a história ainda apresenta Theresa Weaver, uma agente do FBI marcada por traumas inexplicáveis, que investiga cadáveres com características não humanas. Sua presença amplia o mistério e conecta os eventos a uma mitologia sombria em expansão, tornando a HQ uma experiência tão narrativa quanto visualmente intensa.
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Como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil?

Você já se perguntou como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil? Isso já é um desafio por si só, agora imagine escrever o roteiro, dirigir a equipe criativa, conseguir financiamento público e ainda garantir a distribuição gratuita para escolas públicas. Foi exatamente isso que o escritor e professor Gabriel Godinho Sampaio conseguiu realizar com Tecnomaquia: Robôs vs Androides, uma obra híbrida entre prosa e HQ que mistura ficção científica, crítica social e muita arte gráfica.
O projeto foi contemplado pelo Edital 05/2024 da Prefeitura de São Vicente, via Política Nacional Aldir Blanc, e será entregue gratuitamente às escolas municipais, ampliando o acesso à produção cultural nacional entre os jovens.
Como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil?
Com 128 páginas ilustradas, o projeto envolveu uma equipe talentosa com nomes como Aline Martins (character design e desenhos), Salviano Borges (capas e colorização) e Ryan Nascimento (ilustrações de um capítulo). Gabriel atuou como roteirista e diretor criativo, conectando narrativa e visual. Ele conta que o maior desafio foi justamente aprender a ser um líder criativo que oferece liberdade: “Às vezes, o resultado final é diferente do que imaginamos, e isso é ótimo. A criação coletiva exige generosidade”.
Sobre sua estreia no universo dos editais públicos, Gabriel não esconde o choque inicial: “Eu não dominava a linguagem técnica dos editais. Foi um caos no começo. Mas ser aprovado de primeira me mostrou como esses mecanismos são poderosos e transformadores para quem está fora dos grandes centros”. Segundo ele, o financiamento público é democratiza o acesso à cultura e permite que novos autores construam seus próprios ecossistemas criativos, com liberdade, ética e profissionalismo.
Para além do livro, Tecnomaquia virou também um modelo de como a publicação independente pode ser uma alternativa real no mercado editorial. “A auto-publicação responsável é viável”, afirma Gabriel. “Não precisamos esperar pelas grandes editoras. Com informação, tempo e apoio, conseguimos fazer acontecer”.
E aí, o que achou da pauta sobre: “Como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil?”
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