Train to Busan: um pai, uma filha e muitos zumbis
Muitos cinéfilos comentam que o sub-gênero dos zumbis está desgastado com tantos títulos por ano – em 2016 tivemos Orgulho e Preconceito e Zumbis, Paciente Zero, I am a Hero, só para citar alguns. Por um lado é verdade, mas por outro não. Digo isso pois sempre existem roteiristas e diretores prontos para nos surpreenderem, é o caso do sul-coreano Yeun Sang-Ho.
Responsável por Train to Busan (me recuso a utilizar o horroroso e extremamente genérico título nacional), dosa bem os clichês e demonstra um controla inacreditável nas sequências de ação e não deixa o espectador respirar, tamanha dose de adrenalina dos 118 minutos da trama – os efeitos especiais agradam, mas já foram vistos inúmeras vezes antes.
O mais importante aqui é notar que apesar de existir um vilão ‘com V maiúsculo’, Sang-Ho se preocupa em mostrar a dualidade de todos, ou seja, não há ninguém totalmente bom ou mal e o próprio protagonista, vivido por Gong Yoo, é um pai ausente, mesquinho, que vive para o trabalho e tem dificuldades em se socializar.

Com um movimento corporal quase cômico, os zumbis são ágeis e correm feito maratonistas, mas não enxergam no escuro e contam com nada de inteligência (a sequência da ponte, aliás, te fará prender a respiração junto com os tripulantes do trem, tamanha eficácia e imersão). Na primeira parte do terceiro ato o cinemão norte-americano fala mais alto, mas no desfecho propriamente dito, há uma pontualidade cirúrgica, fazendo com que cada um decida o que acontecerá dali para frente. Filmaço!
Sinopse de Train to Busan
Um pai está com sua filha dentro de um trem que está rumando para a cidade de Busan, quando um vírus que transforma as pessoas infectadas em zumbis começa a se espalhar dentro dos vagões e agora deverão correr contra o tempo para encontrar um local seguro e salvar suas vidas.
Título Original: Train to Busan
Ano Lançamento: 2016 (Coréia do Sul)
Dir: Yeon Sang-ho
Elenco: Gong Yoo, Ma Dong-seok, Jung Yu-mi, Kim Su-an, Kim Eui-sung, Choi Woo-shik, Ahn So-hee
ORÇAMENTO: —
NOTA: 8,5
Por Éder de Oliveira
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