A violência como meio de entretenimento sempre foi sinônimo de controvérsias e muitas discussões. No cinema não foi diferente, porém muitos filmes a usaram de maneira inteligente, fazendo com que se fundisse perfeitamente ao roteiro e entrasse para a cultura pop.
– BONNIE E CLYDE – UMA RAJADA DE BALAS (1967)
Quando Hollywood não conseguia mais manter o sucesso de antigamente, eis que surge Arthur Penn e conta a história do casal Bonnie e Clyde, que realmente existiram, jogando humor, drama e ação na medida certa.
– MEU ÓDIO SERÁ SUA HERANÇA (1969)
Tiroteios em câmera lenta e a adição de algo que não era mostrado normalmente nos westerns da época: sangue. Não foi por acaso que Sam Peckinpah ganhou a alcunha de ‘o mestre da violência’.
O filme em si é uma ode à violência desde seu primeiro frame, mas é na cena em que Alex estupra uma mulher ao som de ‘Singin’ In The Rain’ que o espectador é tomado por uma mistura indecifrável de sentimentos.
Martin Scorsese transforma Robert De Niro em um ex-combatente americano da Guerra do Vietnã, que sai para salvar uma jovem prostituta (interpretada por Jodie Foster) e dá um banho de sangue no espectador!
Morrer com um cabo de pente fincado nos olhos não é para qualquer um, portanto, não é de se espantar que o filme dirigido por John McNaughton esteja na lista. Orçamento baixíssimo e muita criatividade é o que conta por aqui!
Em seu primeiro trabalho, Tarantino já provava que era um diretor diferenciado e orquestrou todo o roteiro perfeitamente, sem contar que a cena da tortura do policial ainda é lembrada como uma das mais angustiantes do cinema moderno.
Roteiro de ninguém menos que Quentin Tarantino e direção de Oliver Stone (na época em que fazia coisas decentes), ASSASSINOS POR NATUREZA é uma severa crítica à imprensa, que por vezes manipula imagens e transforma assassinos em ‘bons moços’.
Filmes com crianças, normalmente chocam mais que qualquer outro. É o caso deste projeto, dirigido por Neil Jordan e estrelado por Eamonn Owens. O garoto retalha uma mulher com uma machadinha e acredita ser a coisa mais normal do mundo.
A sequencia do desembarque na praia de Normandia pode ser considerado um dos mais fieis e realistas retratos deste acontecimento. São explosões, tiros, membros arrancados e muita correria. É Spielberg provando, novamente, porque recebeu a alcunha de gênio do cinema.
Os espectadores nacionais foram pegos desprevenidos com esta obra de Fernando Meirelles, que contava com uma edição entrecortada e um roteiro bastante realista de Bráulio Mantovani. A sequência do garoto escolhendo se quer levar um tiro na mão ou no pé e sua reação são fortes e cruéis.