HQ/Livros
HQ/Livros | Superior, o novo super herói de Mark Millar
Mark Millar, meus amigos. Mark Millar, a mente desafiadora e insana por trás de Kick-Ass e O Procurado decide fazer sua mais rasgada crítica social ao próprio mundo super-heroico. Tem como dar errado? Não, não tem. E assim chegamos em Superior.
Simon Pooni tem 12 anos e é o maior fã do super-herói Superior – protagonista de filmes de ação e quadrinhos há mais de 40 anos – e era amigo de todos os garotos da escola, tinha uma promissora carreira no basquete e a promessa de uma adolescência incrível. Não fosse o fato de ser acometido por uma surpresa um tanto desagradável chamada “Esclerose Múltipla”. Pois é, Simon agora não move suas pernas, não pode ir ao banheiro sozinho e só tem um amigo que o acompanha no cinema ou no parque uma vez por semana.
Uma das primeiras discussões de “Superior” é a polêmica do super-herói datado. O Superior é uma clara alusão aos heróis da Era de Ouro dos quadrinhos, Superman e Capitão Marvel, com seus vários superpoderes, vestimenta justa, cueca por cima da calça e índole inquestionável. Simon parece ser o único que não se cansa dos filmes em que Superior sempre sai vitorioso, ajuda os fracos e oprimidos e reforça o significado de ser um herói. Num mundo com tantas inovações, por que, afinal, continuar acreditando num ideal antiquado?
Até que um macaco espacial – calma, tem explicação – invade o quarto de Simon na calada da noite e diz que ele é digno. De quê? De ser um verdadeiro super-herói. E da noite para o dia, Simon se transforma no verdadeiro Superior, com a fantasia, os músculos e os super-poderes!
O que mais me faz admirar Superior – e tê-la como uma de minhas HQs preferidas – é como Millar trata o heroísmo. Seu personagem não precisa lutar contra ameaças intergalácticas ou resgatar gatinhos de uma árvore, reforçando o estereótipo do altruísta. Simon – ou Superior – realmente é altruísta. Quando todo mundo sabe de sua existência, Simon passa a fazer acordos com os governos para alcançar a paz mundial. Numa passagem do livro, Superior leva mais comida e medicamentos para a África do que o continente jamais viu, extingue os movimentos terroristas e retira as tropas hostis do território afegão e ainda tem tempo de dar uma entrevista desajeitada para uma repórter tendenciosa – que também tem um papel importantíssimo na trama.
Fazendo um adendo/fan-service aqui, lembram-se do trailer de Os Vingadores – A Era de Ultron? Então, Ultron diz aos Vingadores a seguinte frase: “Vocês querem proteger o mundo, mas não querem que ele mude.” O que Ultron quer dizer com isso?
Exatamente o que Mark Millar diz em “Superior”. É raro ver um super-herói fazendo real diferença no desenvolvimento de um país, acordos em prol da paz mundial, agindo efetivamente em problemas sociais. O que o super-herói convencional faz nada mais é do que lutar contra ameaças tão fictícias quanto ele mesmo. É uma perspectiva válida e interessantíssima de ser levada a discussões maiores em eventos sobre o tema.
Entre passagens memoráveis como quando Superior – que ainda é Simon, um garoto de 12 anos – decide jogar basquete contra todos os seus ídolos da NBA, ou quando o amigo de Simon pergunta a ele qual a melhor parte de ser um super-herói e a resposta é: “Poder me mexer novamente, poder ir ao banheiro sozinho”, Superior evidencia a necessidade da arte de ser crítica, de apresentar um ponto de vista ainda não descoberto pelos que a consomem, de mobilizar as pessoas na luta por um mundo melhor, de mostrar seu poder aos que se consideram superiores. Tenho em Superior uma das obras mais sensíveis, inteligentes e necessárias da nona arte. Com uma arte de encher os olhos – obrigado Leinil Yu – e uma abordagem completamente diferente de assuntos – note o plural – já estabelecidos na mídia, “Superior” mistura o drama, a ação e a crítica social melhor que muitas obras chamadas erroneamente de clássico.
É para ler, refletir, ler novamente, agir, ler novamente, viver de forma diferente.
Obrigado por tudo, Superior.
Por Adriano de Morais
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Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha | HQs & livros

No livro Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha, André Luiz Nakamura e publicado pelo Clube de Autores, continua a saga que transforma a Paraíba em um campo de batalha onde a disputa por poder ultrapassa os limites da moralidade e da lei. A obra revela os bastidores de uma engrenagem repleta de traições, emboscadas e conspirações, com diálogos marcantes e personagens que oscilam entre o trágico e o cômico, trazendo uma narrativa intensa e multifacetada.
Sinopse de Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha
Neste cenário, enquanto a polícia e o Ministério Público preparam uma grande ofensiva contra décadas de corrupção, empresários, políticos e facções criminosas travam uma disputa feroz em Campo das Brisas e regiões próximas. Com aliados que podem se tornar inimigos em poucas horas, o leitor é levado por reviravoltas que mostram como a sobrevivência é privilégio daqueles que possuem astúcia e frieza.
Em um trecho marcante, o capanga recorda a mensagem ameaçadora deixada em seu telefone, que revela a extensão cruel das chantagens e das ameaças, capazes de atingir até mesmo os herdeiros dos alvos. A tensão cresce quando Régis, pressentindo o perigo, encontra-se encurralado por homens perigosos, evidenciando o clima de constante ameaça e violência que permeia a trama.
Sequência de Antros de Raposa
Espíritos Vadios – Fogo na Fornalha é a sequência de Antros de Raposas, onde a morte de dois coronéis da região desencadeia o colapso das alianças e abre caminho para sangrentas disputas de poder. A narrativa aprofunda dramas pessoais e coletivos, combinando ironia ácida, crítica social e suspense político. Segundo o autor, a obra destaca os limites da moralidade humana, mostrando que todos somos, em diferentes momentos, heróis e vilões, atravessando uma linha tênue entre justiça e vingança.
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Livro O Morro dos Ventos Uivantes: nova edição lançada no Brasil

O livro O Morro dos Ventos Uivantes, único romance da escritora inglesa Emily Brontë, é uma obra que segue emocionando leitores, quase dois séculos após sua publicação. Agora, esse clássico ganha uma nova e sofisticada edição pela Via Leitura, selo do Grupo Editorial Edipro, que celebra a força dessa narrativa com um projeto gráfico primoroso: capa dura e arte que remete à pintura, capturando a atmosfera sombria e poética do livro.
Nova edição do livro O Morro dos Ventos Uivantes
Com tradução de Alexandre Barbosa de Souza, a nova edição chega às livrarias como parte das homenagens a esse legado literário de impacto duradouro. Lançado originalmente em 1847, o romance causou escândalo na sociedade vitoriana ao retratar amores obsessivos, ressentimentos profundos e personagens marcantes, movidos por paixões incontroláveis.
Heathcliff e Catherine, protagonistas da trama, permanecem entre os casais mais intensos e enigmáticos da literatura mundial, conduzindo o leitor por uma narrativa carregada de emoção, dor e desejo.
Livro O Morro dos Ventos Uivantes: uma obra atemporal
Ao longo dos anos, a obra de Emily Brontë se consolidou como um marco da literatura universal, admirada por sua ambientação sombria e linguagem poderosa. A descrição vívida da natureza e o tom quase gótico do enredo ajudam a construir uma história que mistura tragédia, romance e elementos sobrenaturais.
Um trecho emblemático do livro evoca essa atmosfera: “Naquela colina erma, a terra era dura, com uma crosta negra congelada, e o ar me fez tremer o corpo inteiro…” – uma amostra do poder imagético da escrita de Brontë.
Mais atual do que nunca, O Morro dos Ventos Uivantes segue inspirando adaptações para cinema, teatro e televisão. Uma nova versão cinematográfica, estrelada por Margot Robbie e prevista para 2026, promete reacender o interesse por esse clássico visceral.
A edição da Via Leitura não apenas homenageia a obra original com cuidado gráfico e editorial, mas também convida uma nova geração de leitores a conhecer — ou revisitar — essa história de amor e vingança que continua a ecoar como o vento sobre os morros.
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República Popular de Terranova | HQ e livros

Em um futuro tecnocrático e sufocante, a República Popular de Terranova é apresentada como um modelo de eficiência e inovação. Com vias aéreas, nanorrobôs e portais interdimensionais, a sociedade criada por Felipe Kato no livro em questão, parece ter alcançado o ápice do progresso.
Mas por trás da fachada brilhante, esconde-se um sistema brutal de controle, manipulação e cobrança absurda de tributos, onde até a atmosfera precisa de uma redoma para não matar seus cidadãos — e a verdade é cuidadosamente censurada.
Sinopse de República Popular de Terranova
O protagonista Thomas K., jornalista de um dos últimos veículos independentes do ano 3084, vê sua vida virar do avesso ao receber uma cobrança bilionária sem qualquer explicação. Ao tentar resolver o absurdo, descobre um sistema podre por dentro — e acaba sendo preso em um centro de reeducação para dissidentes.
Paralelamente, sua filha Susana se envolve com um grupo revolucionário clandestino, mas é capturada e transformada em uma ciborgue a serviço do governo, tornando-se uma arma da repressão que ela própria tentava combater.
Quem é Felipe Kato, autor de República Popular de Terranova
Entre reviravoltas, perseguições e diálogos perturbadores, a obra escancara uma realidade distorcida que não está tão distante da nossa. Com humor ácido, crítica social e um cenário cyberpunk eletrizante, o autor costura uma distopia inquietante — e dolorosamente familiar.
Advogado tributarista na vida real, Felipe Kato se inspira em elementos da cultura geek para criar uma ficção que provoca e diverte. “Uso os impostos como símbolo de controle total, inclusive sobre como as pessoas pensam e vivem”, explica. Em República Popular de Terranova, lançado pela Clube de Autores, o exagero serve para escancarar o real: um governo que cobra tudo, até a liberdade. E uma população que, pouco a pouco, se acostuma com a servidão.
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