Hoje vamos falar um pouco sobre a questão de que é cada vez maior vermos shows em sessões de cinema, certo? Para quem acompanha o mercado cinematográfico, uma pergunta há muito tempo deixou de ser novidade: afinal, os cinemas vão acabar com a chegada do streaming e os novos hábitos de consumo das gerações?
E a resposta tem ficado cada vez mais evidente: não! Isso porque o cinema traz, além dos filmes, um combo de experiências que são impossíveis de reproduzir em casa.
Uma prova disso é o crescimento da procura por exibições especiais, como shows e filmes, nas telonas. Em 2022, mesmo com um cenário de retomada pós pandemia, já foi possível entender o potencial dessa modalidade de exibição.
Os eventos especiais foram responsáveis por um faturamento de R$5,6 milhões nos cinemas brasileiros ano passado, com mais de 140 mil pessoas indo para a frente das telonas. Destaque para o show da banda de Kpop BTS, o “BTS Permission to Dance on Stage Seoul: Live Viewing”, que de acordo com a Comscore faturou mais de R$ 3 milhões.
E em 2023, o que era um nicho, se tornou uma febre, com ingressos esgotados em todo o país.
Mais números referentes a shows em sessões de cinema
De acordo com dados levantados pela ABRAPLEX (Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex), até a última semana o show “The Eras Tour”, da cantora Taylor Swift, havia arrastado mais de 170 mil pessoas para os cinemas, arrecadando mais de R$ 7,5 milhões em ingressos. E em dezembro (21) é a vez de outra grande artista pop chegar às telonas: Beyoncé estreia “Renaissance: A Film By Beyoncé” em todo o mundo.
“Costumo dizer que a resposta para a pergunta sobre o streaming é simples: ‘assistir filmes em casa’ não é um modelo novo de consumo, as locadoras chegaram há tempos – assim como, infelizmente, a pirataria – e seguimos firmes. O cinema é mais do que ‘somente’ filme e o público sabe disso. A pipoca, o passeio no shopping, as poltronas, som de alta potência, a qualidade de imagem, o entretenimento dividido com aquelas pessoas que amamos, tudo isso faz parte do pacote de ir ao cinema. E os shows, que têm chamado tanta gente para as salas, são uma prova de que as novas gerações também sabem que nada se compara a assistir algo divertido em frente a uma tela gigante”, comenta Marcos Barros, presidente da ABRAPLEX.
O porta-voz comenta, ainda, que os eventos especiais chegam em ótima hora para o setor, que continua sendo afetado pelo atraso das produções e consequente número baixo de lançamentos, em virtude da longa paralisação provocada pela pandemia do coronavírus (covid-19). Além disso, a greve dos roteiristas de Hollywood, acredita Barros, vai impactar o desempenho das salas de cinema no Brasil.
O executivo salienta que hoje há um índice de 35% a menos de lançamentos do que a média registrada entre os anos de 2017 e 2019, período anterior à crise sanitária. “Como reflexo, a perspectiva é de que 110 milhões de pessoas frequentem os cinemas brasileiros em 2023, número inferior aos anos citados, que tiveram média de 170 milhões. Projetamos uma recuperação dos resultados anteriores para o final de 2024 ou 2025”, explica.
Mesmo ainda em ritmo de retomada, os eventos especiais, além do fenômeno “Barbenheimer” (os filmes Barbie e Oppenheimer, que juntos levaram multidões aos cinemas de todo o mundo), mostram que o setor se manterá firme e que não há qualquer sinal de que essa ou as próximas gerações deixem de ter o cinema como um entretenimento familiar sem igual.
Mesmo ainda em ritmo de retomada, os eventos especiais, além do fenômeno “Barbenheimer” (os filmes Barbie e Oppenheimer, que juntos levaram multidões aos cinemas de todo o mundo), mostram que o setor se manterá firme e que não há qualquer sinal de que essa ou as próximas gerações deixem de ter o cinema como um entretenimento familiar sem igual.
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