
A série documental Caçador de Marajás chegou hoje (16) ao catálogo do Globoplay, com a proposta de recontar, em sete episódios, uma das trajetórias políticas mais controversas da história do Brasil: a de Fernando Collor de Mello. Produzida pela Boutique Filmes e pela Waking Up Films, a obra é um mergulho profundo nos bastidores do poder, mesclando drama familiar, intrigas políticas e um vasto material de arquivo.
O que esperar dos episódios da série documental Caçador de Marajás?
Com direção e roteiro de Charly Braun, a série oferece um retrato detalhado e inédito sobre a vida e carreira de Collor. O projeto foi idealizado ao longo de uma década de pesquisas e entrevistas, que resultaram em um conteúdo robusto, com entrevistas exclusivas, imagens raras e reconstituições históricas.
A narrativa se estende desde a infância de Collor em Alagoas, nos anos 1950, até os desdobramentos contemporâneos de sua figura pública. A série foca não apenas na política, mas nas relações familiares e nos conflitos íntimos que marcaram sua trajetória — em especial, o rompimento com o irmão Pedro Collor, um dos gatilhos para o escândalo que levou ao seu impeachment.
Episódios
A produção é dividida em sete episódios, com duração aproximada de uma hora cada. Confira um resumo do que cada episódio aborda:
Filhos do poder (43 min)
Após uma vitória surpreendente que o leva a presidência, Fernando Collor é engolido por escândalos após ser denunciado pelo irmão. As origens familiares, as primeiras disputas entre os dois e o nascimento do político que viraria presidente.
O caçador de marajás – Em meio ao fim da ditadura, Collor passa de deputado inexpressivo a um dos governadores mais populares do país, projetando-se nacionalmente como o caçador de marajás.
O caçador de marajás (1h)
Em meio ao fim da ditadura, Collor passa de deputado inexpressivo a um dos governadores mais populares do país, projetando-se nacionalmente como o caçador de marajás.
Salvador da pátria – Na primeira eleição direta à presidência em quase 30 anos, Collor começa como um candidato nanico, mas encanta o eleitorado e quase vence no primeiro turno. Na reta final, contra Lula, a disputa se torna acirrada e polêmica.
Salvador da pátria (1h)
Na primeira eleição direta à presidência em quase 30 anos, Collor começa como um candidato nanico, mas encanta o eleitorado e quase vence no primeiro turno. Na reta final, contra Lula, a disputa se torna acirrada e polêmica.
Indiana Collor (1h)
Na tentativa de conter uma inflação galopante, o governo Collor lança um plano econômico que traumatiza o país, ofuscando algumas de suas políticas mais acertadas. À frente dele, Collor demonstra um personalismo exibicionista.
República de Alagoas (1h)
PC Farias, tesoureiro da campanha de Collor, começa a ganhar notoriedade por seu envolvimento nas eleições de Alagoas e negócios cada vez maiores. Um deles, um grupo de comunicação, desperta a ira de Pedro Collor,iirmão caçula do presidente.
Collor versus Collor (1h)
A briga entre Pedro Collor e PC Farias acaba se esparramando para a família Collor e o presidente, quando Pedro faz denúncias bombásticas na imprensa.
Não me deixem só (1h)
Os desdobramentos das denúncias de Pedro Collor e os escândalos desencavados pela imprensa fazem com que a classe política e o povo abandonem o presidente, que, cada vez mais isolado, enfrenta um processo de impeachment.
Produção e bastidores
O projeto envolveu um intensivo trabalho de apuração, com uma equipe que percorreu várias regiões do país em busca de fontes primárias, documentos históricos, arquivos pessoais e imagens inéditas.
“Estamos falando de mais de sete décadas — desde a infância de Collor até os dias de hoje. Acompanhamos não apenas a trajetória pessoal e sua ascensão política, mas também as transformações do Brasil nesse período”, destacou Gustavo Mello, produtor da Boutique Filmes.
Por que assistir à série documental Caçador de Marajás?
1. História política com linguagem cinematográfica
Charly Braun afirma que tratou a série como um drama de ficção, tamanha a densidade dos personagens e dos acontecimentos reais. Isso torna a obra envolvente mesmo para quem não viveu o período.
2. Relevância histórica
O governo Collor foi um divisor de águas na redemocratização do Brasil. Seu impeachment foi o primeiro da história do país e marcou a entrada da juventude na política, com os famosos protestos dos caras-pintadas.
3. Documentos e arquivos inéditos
A série reúne materiais raros da Globo e de outros acervos importantes, que enriquecem a narrativa com profundidade e autenticidade.
4. Contexto familiar e íntimo
A produção não se limita à esfera pública. Ela também mergulha em aspectos pessoais, oferecendo um retrato humano de Collor, seus traumas, ambições e contradições.
Perguntas frequentes sobre a série
Onde assistir à série documental Caçador de Marajás?
A série está disponível exclusivamente no Globoplay para assinantes.
Quantos episódios tem a série?
São 7 episódios, com cerca de 50 minutos cada.
Quem produziu a série?
A produção é da Boutique Filmes e da Waking Up Films, com direção de Charly Braun.
A série é baseada em fatos reais?
Sim. Todo o conteúdo é baseado em documentos históricos, entrevistas reais e imagens de arquivo.
Fernando Collor participa da série?
A série inclui menções e imagens de Collor, mas não há confirmação oficial de participação direta em entrevistas inéditas.
Collor: da promessa à derrocada
Fernando Collor de Mello foi eleito presidente do Brasil em 1989 com um discurso de combate aos chamados “marajás” — servidores públicos que recebiam altos salários — e à corrupção. No entanto, menos de três anos depois, seu governo se viu envolvido em um escândalo liderado por denúncias de seu próprio irmão, que culminaram em seu impeachment em 1992.
A série documental Caçador de Marajás revisita esse ciclo completo: da glória ao declínio, contextualizando não apenas o protagonista, mas o cenário brasileiro da época — um país que recém saía da ditadura e buscava construir sua nova democracia.
Um retrato do Brasil que ainda ressoa hoje
Para além do retrato biográfico de Collor, a série funciona como um espelho do país. Ao revisitar decisões, escândalos e disputas políticas, ela nos força a refletir sobre padrões que se repetem e a relação entre poder, mídia e opinião pública.
“A realidade supera a ficção nesse caso. A história do Collor é tão rica que parecia feita sob medida para uma série”, afirmou o diretor Charly Braun.








