Robocop – O Policial do Futuro | Vale a pena assistir?

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Não há como negar que Paul Verhoeven é um dos diretores mais subestimados que já passaram por Hollywood. Além deste Robocop – O Policial do Futuro, ele fez outras obras primas como Instinto Selvagem, Tropas Estelares, O Vingador do Futuro e, mais atualmente, Benedetta. Muitos resumem seus filmes apenas como ‘violentos demais’, mas o fato é que precisa-se passar dessa primeira camada.

Este longa metragem estrelado por Peter Weller e lançado em 1987, traz efeitos práticos que envelheceram muito bem e, ao mesmo tempo, uma maquiagem que até projetos atuais gostariam de ter. Isso se dá, principalmente, quando Murphy tira o capacete pela primeira vez e mostra para o espectador (e para sua parceira) como ficou após todas as intervenções. Mas as sutilezas vão além. Antes disso, Verhoeven decide não mostrar o tal ‘policial do futuro’ de forma gratuita e aleatória, esperando o momento exato para que o impecável design surja por completo.

Contudo, quando a pancadaria chega, ela vem com gosto! Há o assassinato de Murphy pelas mãos da gangue dentro de uma fábrica abandonada, o descontrolado e medonho ED-209 atirando em um dos funcionários da OCP, um dos capangas caindo no ácido e, em seguida, sendo atropelado e outras sequências inesquecíveis. E tudo isso sendo usado como complemente, para que a trama siga em frente.

Robocop – O Policial do Futuro: Detroit falida e megacorporações querendo lucro

Se hoje em dia o Robocop de José Padilha não tem a coragem necessário para um remake minimamente decente, Verhoeven e a dupla de roteiristas Edward Neumeier e Michael Miner, expressam aqui o total descaso de governos e megacorporações com a população e essa visão de lucro e poder sem limites para uns e miséria para outros.

Já falamos de tudo isso – e pode colocar nessa somatória o stop-motion – mas de nada adiantaria se não houvesse um elenco de peso. Peter Weller, que passava horas para vestir a armadura, traz uma movimentação ‘travada’ e, por isso mesmo, crível, além de expressões que nos fazem entender seu drama. Temos também Nancy Allen como Anne Lewis, Kurtwood Smith como um dos vilões, Miguel Ferrer, Paul McCrane e outros que ampliam a complexidade deste universo.

Com a trilha sonora belíssima de Basil Poledouris, os 102 minutos irão agradar aos fãs de cinema mais antigos e mais novos – o ritmo não diminui em momento algum. Com US$ 53 milhões nas bilheterias, Robocop – O Policial do Futuro conquistou adeptos ao longo dos anos, ganhou sequências – mais fracas -, quadrinhos, desenhos e um seriado. Mas a obra prima de Verhoeven é única e inesquecível.

Robocop - O Policial do Futuro
Robocop – O Policial do Futuro

Onde assistir Robocop – O Policial do Futuro?

  • Stream: Prime Video
  • Aluguel ou compra: Google Play Filmes | Apple TV

Sinopse de Robocop – O Policial do Futuro

O policial Alex Murphy é morto em combate. Contudo, os cientistas da OCP, que dirige a força policial, os transformam em um ciborgue ultrassofisticado a fim de ser usado na luta contra o crime na cidade de Detroit. Porém, apesar de ter sua memória apagada, lembranças o assombram e o levam a buscar vingança.

Nota Cinema e Séries: ★★★★★

Título Original: Robocop
Ano Lançamento: 1987 (Estados Unidos)
Dir: Paul Verhoeven

Elenco: Peter Weller, Nancy Allen, Dan O’Herlihy, Ronny Cox, Kurtwood Smith, Miguel Ferrer, Robert DoQui, Ray Wise, Felton Perry

Curiosidades de Robocop – O Policial do Futuro

  • O traje de Robocop – O Policial do Futuro era tão pesado e quente que Peter Weller perdia 1,3 kg por dia devido à perda de água. Um ar condicionado foi instalado dentro do traje para amenizar o desconforto.
  • O roteiro foi oferecido aos maiores diretores de Hollywood antes de Paul Verhoeven aceitá-lo. Inicialmente, ele o descartou, mas sua esposa o convenceu de que a história tinha elementos satíricos e alegóricos profundos.
  • Nancy Allen chegou no set enquanto Paul Verhoeven estava filmando uma sitcom propositalmente ruim, chamada It’s Not My Problem. Ela ficou horrorizada, achando que havia assinado um contrato com um diretor incompetente.
  • Quando perceberam que o filme estava atrasado e estourando o orçamento, Verhoeven e o produtor Jon Davison não filmaram a morte de Murphy. Após a exibição, os executivos ficaram tão impressionados que deram mais dinheiro para que a cena fosse feita.
  • O diretor Paul Verhoeven e o designer de efeitos especiais Rob Bottin tiveram constantes desentendimentos sobre a aparência do robô. Um dos maiores conflitos foi sobre como filmar a cena em que Robocop tira seu capacete.
  • Peter Weller disse que uma das memórias mais marcantes de sua carreira foi filmar a sequência do assalto a drogas, ouvindo “Red Rain” de Peter Gabriel no Walkman, dentro do capacete de RoboCop.
  • A famosa frase “Eu compraria isso por um dólar!” vem da história curta de Cyril M. Kornbluth chamada “The Marching Morons”, que também apresenta uma visão cínica de um futuro supercomercializado.
  • Na cena de reféns, a visão infravermelha de RoboCop foi criada usando tinta fluorescente no corpo dos atores e luz negra, uma solução mais barata do que usar uma câmera de infravermelho.
  • O estúdio Orion Pictures, que produziu Robocop – O Policial do Futuro, foi originalmente fundado para criar filmes de qualidade, não blockbusters. Porém, após o sucesso de O Exterminador do Futuro (1984), eles rapidamente deram sinal verde para o projeto.
  • Os efeitos especiais de Robocop – O Policial do Futuro foram feitos usando um computador Commodore Amiga, uma tecnologia inovadora para a época.
  • Paul Verhoeven teve dificuldades com a língua inglesa e precisou de um dicionário para entender palavras que não conhecia, além de ficar confuso com o uso de gírias americanas.
  • O traje de Robocop foi o item mais caro do set, custando entre US$ 500.000 a US$1 milhão.
  • Durante uma exibição de teste do filme, várias pessoas saíram da sala devido à cena de tortura e morte de Murphy.
  • Uma ideia descartada para uma cena seria mostrar Robocop visitando sua antiga casa e encontrando seu filho, que não o reconheceria. O único que o reconheceria seria o cachorro da família, um conceito semelhante ao que aparece em Odisseia de Homero.

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Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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