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Rastro de Maldade | Resenha | Vale a pena assistir?

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Rastro de Maldade

Se você está em busca daquele típico western com chapéus, cavalos e muita poeira, Rastro de Maldade pode até parecer mais do mesmo — pelo menos na superfície. Mas, meus amigos, essa pequena-grande obra do diretor S. Craig Zahler (o mesmo da esquecível Justiça Brutal com Mel Gibson) é muito mais do que um simples faroeste tradicional. É uma viagem visceral, sangrenta e quase hipnótica, que, apesar de não ganhar os holofotes merecidos nos cinemas e nos streamings, precisa ser descoberto e celebrado.

A trama é aquela velha conhecida: um xerife (Kurt Russell, que mais uma vez entrega uma atuação de peso) tenta salvar pessoas sequestradas por um bando de criminosos sanguinários. Até aí, nada novo. Mas o que vem depois é um desfile de brutalidade que vai muito além do que você está preparado para assistir. Com seus 132 minutos de duração, funciona quase como dois longas dentro de um só — o que pode soar estranho, mas é uma jogada de mestre de Zahler.

Rastro de Maldade: Um presente para os fãs do western clássico — e para os fortes de estômago

Há, aqui, uma homenagem a nomes como Sam Peckinpah, o mestre da violência estilizada em filmes como Pat Garrett & Billy the Kid e A Balada Sangrenta de Cable Hogue. Essa influência é palpável na forma como Zahler mostra a violência crua e sem filtro — ela não é apenas um adereço, mas uma força motriz da narrativa. Quando os sequestradores – praticamente homens da caverna – são apresentados, a tensão e a carnificina não dão trégua, deixando o público na dúvida sobre quem vai sair vivo da confusão.

É como se você estivesse vendo dois filmes: o primeiro é um suspense que constrói a tensão e os personagens, o segundo uma batalha pela sobrevivência — e ambos funcionam muito bem juntos.

Personagens que vão da civilidade à selvageria

Kurt Russell, no papel do xerife Hunt, é o porto seguro de Rastro de Maldade. Ele encarna a autoridade com aquele jeitão ranzinza e durão, equilibrando bem a tênue linha entre civilidade e instinto animal. Ao lado dele, temos Patrick Wilson como Arthur, aquele personagem cheio de tormentos internos. E não podemos esquecer do Dr. Chicory, interpretado por Richard Jenkins, que começa como uma figura quase paternal, mas que vai perdendo a pose conforme a situação vai fugindo do controle.

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É fascinante ver a transformação desses personagens à medida que os planos desandam. Eles têm que abandonar tudo o que acreditam para sobreviver naquele cenário infernal. Essa transição é um dos pontos altos e mostra o talento do diretor em construir personagens que são, ao mesmo tempo, humanos e animalescos.

Narrativa lenta, mas recompensadora de Rastro de Maldade

Se você é fã de westerns como Bravura Indômita ou Os Imperdoáveis, já sabe que a narrativa é feita para ser saboreada — e isso significa paciência para a história se desenvolver. Rastro de Maldade exige isso do espectador. São 132 minutos em que o ritmo é propositalmente cadenciado, construindo um clima de tensão crescente. E mesmo com essa lentidão, o espectador nunca perde o interesse.

Por outro lado, é justo dizer que o tratamento das personagens femininas fica devendo. Num longa que traz um olhar tão cru e detalhado para seus protagonistas masculinos, as figuras femininas ficam na sombra, sem muito desenvolvimento.

A trilha sonora dos tiros e socos — um show à parte

Outro aspecto que merece elogios é a edição de som. A cada disparo, cada impacto de pedra ou soco, temos uma experiência auditiva imersiva, que faz você quase sentir a vibração daquele ambiente hostil. É impossível não ficar na ponta da cadeira em várias cenas, especialmente na segunda metade, onde a violência e o desespero tomam conta da tela.

Essa construção sonora ajuda a criar uma atmosfera única, que mistura o clássico com o grotesco.

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Vale a pena?

A falta de popularidade de Rastro de Maldade é uma injustiça, pois ele se sustenta pela força de seus personagens, pela direção certeira de Zahler e pela qualidade técnica, especialmente no som e na atmosfera.

Se você topar essa aventura, vá de mente aberta, preparado para um passeio selvagem — e, quem sabe, você também se torne parte do pequeno, mas fiel, grupo de fãs desse filme que merece ser redescoberto.

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Rastro de Maldade

Onde assistir Rastro de Maldade

O filme está disponível na Apple TV e Prime Video para aluguel e compra.

Sinopse de Rastro de Maldade

No Velho Oeste, um xerife veterano, seu velho assistente e um pistoleiro juntam forças para resgatar uma garota sequestrada por uma tribo de canibais. Eles são acompanhados pelo marido da vítima, que insiste em participar da expedição.

Nota: ★★★★

Título Original: Bone Tomahawk
Ano Lançamento: 2008 (Estados Unidos)
Dir: S. Craig Zahler
Elenco: Patrick Wilson, Kurt Russell, Lili Simmons, Richard Jenkins, Sean Young, Zahn McClarnon, James Tolkan, Matthew Fox, David Arquette, Kathryn Morris, Sid Haig

Curiosidades de Rastro de Maldade

1- O filme foi rodado em apenas 21 dias.

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2- O ator Matthew Fox afirmou que fazer este filme foi a melhor experiência da sua carreira no cinema. Ele sempre quis atuar em um faroeste.

3- A caverna usada no ato final do filme é o mesmo set de filmagem de Homem de Ferro (2008).

4- O diretor S. Craig Zahler declarou, no Fantastic Fest, que intencionalmente manteve o misticismo do filme vago e debatível, deixando espaço para interpretações dos espectadores.

5- O roteiro filmado é, literalmente, o primeiro rascunho escrito por Zahler, sem alterações significativas até a versão final.

6- Após ler o segundo romance de Zahler (Wraiths of the Broken Land), Kurt Russell o chamou de “um contador de histórias fabuloso”.

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7- Richard Jenkins foi temporariamente substituído por Jim Broadbent quando as filmagens foram adiadas. No fim, Jenkins voltou ao papel.

8- Quando o filme foi anunciado em 2012, os papéis dos O’Dwyers seriam interpretados por Peter Sarsgaard e Jennifer Carpenter, e John Brooder seria vivido por Timothy Olyphant.

9- Zahler se inspirou parcialmente em obras como “Lost Race Tales” de H. Rider Haggard e o clássico western “The Virginian” ao criar o roteiro.

10- A arma usada por Arthur O’Dwyer (Patrick Wilson) é uma Merwin & Hulbert Revolver, conhecida por sua durabilidade e design sofisticado no Velho Oeste.

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Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo | Resenha | Vale a pena assistir?

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os garotos perdidos 2 a tribo

Vinte e um anos depois do lançamento de Os Garotos Perdidos (1987), dirigido por Joel Schumacher que capturou com estilo e ousadia o espírito rebelde da juventude oitentista, chega ao público uma continuação inesperada — e desastrosa. Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo tenta, sem sucesso, ressuscitar a franquia. Contudo, o problema é que, ao tentar modernizar e “reinventar” o conceito original, o longa acaba traindo suas próprias raízes — e entregando um produto que beira a paródia involuntária.

Dirigido por P.J. Pesce (Um Drink no Inferno 3), tem cara de “fita de segunda prateleira”, principalmente porque foi lançado sem passar pelas salas de cinema. Ao invés de mergulhar no subtexto adolescente, a continuação aposta em um roteiro raso, personagens descartáveis e um desfile de clichês datados — e nem sequer os vampiros conseguem se salvar da mediocridade geral.

Problemas com o vilão e com o protagonista de Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo

Shane, este novo vilão interpretado por Angus Sutherland – meio-irmão de Kiefer Sutherland -, não tem a menor ameaça ou presença em cena, compensando a falta de carisma com caras e bocas que variam entre o exagerado e o ridículo.

O protagonista Chris é um capítulo à parte. Interpretado por um Tad Hilgenbrink apático, o personagem é tão desinteressante que faz Jason Patric (Michael, do original) parecer um ator do calibre de Gene Hackman — e isso não é exagero. Nicole, por sua vez, é colocada como o típico “interesse romântico em perigo”, sem qualquer desenvolvimento ou importância real.

O retorno de Corey Feldman como Edgar Frog, caçador de vampiros, poderia ser um ponto alto para os fãs. Mas mesmo esse respiro nostálgico é desperdiçado. Feldman aparece apenas na segunda metade, armado com uma metralhadora de bexigas de água benta e um chicote de alho (!), em uma tentativa frustrada de equilibrar humor e ação. Essa caracterização se transforma aqui em uma caricatura sem graça, que serve mais para o alívio cômico involuntário do que para realmente salvar o dia.

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O gore até aparece em boas doses — e é verdade que ver o lendário Tom Savini (o mestre dos efeitos práticos de horror) perder a cabeça para os vampiros pode arrancar um sorriso dos fãs — mas esse brilho se apaga rapidamente. Os vilões não são assustadores, e a direção de Pesce insiste em mostrá-los como bad boys surfistas.

Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo, sua estética esquisita e nada além disso

A estética também é confusa: a fotografia escura e a direção de arte pobre fazem o longa parecer um episódio genérico de série sobrenatural dos anos 2000. Há, no entanto, um ou outro momento de autorreferência que funciona. Em uma cena, por exemplo, uma personagem sugere assistir Os Goonies, e os adolescentes não fazem ideia do que é. Uma piada que só funciona porque Corey Feldman, o eterno “Bocão”, está em cena.

O que talvez mais incomode em Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo é o quanto ele parece desconectado do espírito do filme original. Enquanto Schumacher explorava temas como a tentação da juventude eterna, o conflito entre responsabilidade e rebeldia, e até a metáfora sobre a entrada na vida adulta, Pesce entrega um produto genérico e sem alma.

No fim das contas, Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo não consegue ser uma homenagem digna, nem uma continuação válida, muito menos um reboot interessante. É apenas mais um produto diluído, lançado com o intuito de capitalizar em cima de um nome conhecido, mas sem entender o que tornou esse nome importante em primeiro lugar. Mesmo com a promessa de um terceiro capítulo, é difícil dizer se vale a pena seguir em frente.

Porque, honestamente? Quando os créditos subiram, a única coisa que pensei foi: “Isso matou mais do que vampiros. Matou a minha vontade de continuar.”

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Os Garotos Perdidos 2 - A Tribo
Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo

Onde assistir Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo

O filme está disponível na Apple TV e Prime Video para aluguel e compra.

Sinopse do Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo

A continuação do clássico filme de terror cult nos leva de volta à conhecida e sombria cidade do surfe de Santa Carla, onde surfistas vampiros rapidamente derrotam qualquer um que tente invadir seu território.

Nota: ★½

Título Original: Lost Boys: The Tribe
Ano Lançamento: 2008 (Estados Unidos)
Dir: P. J. Pesce
Elenco: Tad Hilgenbrink, Angus Sutherland, Autumn Reeser, Gabrielle Rose, Corey Feldman, Shaun Sipos, Merwin Mondesir

Curiosidades Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo

1- Corey Feldman inicialmente hesitou em retornar como Edgar Frog, mas mudou de ideia quando foi oferecido um papel maior na história.

2- Corey Haim e Corey Feldman são os únicos membros do elenco original a retornar.

3- O homem sem camisa tocando saxofone no início do filme é uma homenagem direta ao original de 1987, que tinha uma cena icônica parecida.

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4- Era para Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo ser um remake.

5- A HQ chamada Lost Boys: Reign of Frogs, é um prelúdio e explora eventos entre o filme original e esta sequência.

6- Após o sucesso da série The Two Coreys (2007), os produtores decidiram dar mais destaque a Corey Feldman e Corey Haim. No entanto, o papel de Haim foi reduzido a uma breve participação devido à recaída do ator com drogas.

7- Antes de Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo, outras três ideias de sequência foram consideradas. Entre elas: um prelúdio focado em David (personagem de Kiefer Sutherland), um filme chamado The Lost Girls e outro intitulado Lost Boys: Devil May Cry.

8- Durante as filmagens, Feldman e Haim também estavam gravando o reality show The Two Coreys para o canal A&E, mas por questões de segurança, a equipe de TV não pôde filmar no set do longa.

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9- Assim como o original, Os Garotos Perdidos 2 – A Tribo tem ligação com a família Sutherland: o primeiro filme teve Kiefer Sutherland como David, e o segundo trouxe Angus Sutherland, como Shane, o novo líder vampiro.

10- Uma cena mostra a Tia Jillian trazendo o DVD de Os Goonies para os sobrinhos, uma referência direta a Corey Feldman, que interpretou “Bocão” no clássico de 1985.

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Filme Os Garotos Perdidos | Resenha | Vale a pena assistir?

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os garotos perdidos

Antes de vampiros brilharem no sol e recitarem poesia sofrida, eles usavam mullets, jaquetas de couro, andavam de moto e, acima de tudo, metiam medo. O filme Os Garotos Perdidos, dirigido por Joel Schumacher, carrega o DNA completo dos anos 80, com rebeldia juvenil, visual estilizado e trilha sonora de respeito.

Lançado em 1987, o longa não tenta ser um tratado profundo sobre o vampirismo. Pelo contrário: ele abraça o exagero, o gore, a irreverência e o estilo MTV com orgulho. O ritmo pode começar mais lento, mas é só os sugadores serem apresentados que este banquete divertidíssimo se escancara.

Kiefer Sutherland, com sua presença magnética e olhar gélido, rouba a cena como o líder vampiro David, ao contrário de Jason Patric e suas caras e bocas um tanto irritantes. E se você cresceu assistindo Os Goonies ou Conta Comigo, vai adorar rever Corey Feldman como um caçador de vampiros precoce e fanático por quadrinhos, no papel que talvez seja o auge de sua carreira antes dos escândalos pessoais.

Efeitos práticos no filme Os Garotos Perdidos

Aqui não há nada de CGI exagerado: os efeitos são práticos, muitas vezes improvisados — o que dá uma honestidade visual que falta em muitos blockbusters modernos. E para um projeto exibido na Sessão da Tarde, o sangue escorre com gosto, como diria Getro.

Na superfície é apenas um suspense oitentista, nas entrelinhas, temos um retrato da juventude da época — rebelde, inconsequente, corajosa. É uma crítica velada à influência de más companhias, ao medo de crescer e à tentação de viver para sempre (mesmo que como um morto-vivo com sede de sangue).

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Mesmo datado em certos aspectos, o filme envelheceu com total dignidade. Pode não agradar quem espera o terror de shopping center atual, com aquela hiperatividade desesperada, mas é o produto de um tempo, com uma pitada de sangue. Outras duas sequências foram feitas, mas nenhuma com a diversão desta aqui.

filme Os Garotos Perdidos
filme Os Garotos Perdidos

Onde assistir filme Os Garotos Perdidos

O filme está disponível na Apple TV para aluguel e compra.

Sinopse do filme Os Garotos Perdidos

A história acompanha Michael e Sam, dois irmãos que se mudam com a mãe para Santa Carla, uma cidade litorânea na Califórnia infestada de… vampiros. A trama parece simples, quase trivial, mas é justamente essa estrutura básica que permite o filme explorar melhor seus personagens e construir um universo carismático e misterioso.

Nota: ★★★★

Título Original: The Lost Boys
Ano Lançamento: 1987 (Estados Unidos)
Dir: Joel Schumacher
Elenco: Corey Haim, Kiefer Sutherland, Jason Patric, Corey Feldman, Jami Gertz, Alex Winter, Jamison Newlander, Brooke McCarter

Curiosidades do filme Os Garotos Perdidos

1- Santa Cruz já foi chamada de “A Capital Mundial dos Assassinatos”, pois, nos anos 1970, houveram 28 assassinatos cometidos por três serial killers diferentes em apenas 30 meses. A cidade serviu de inspiração para a fictícia “Santa Carla”, onde se passa no filme Os Garotos Perdidos.

2- A loja de quadrinhos Atlantis Fantasyworld existe de verdade, e seu proprietário, Joe Ferrara II, ainda possui a edição original do quadrinho fictício Vampires Everywhere, lido por Sam no filme — assinada por todo o elenco.

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3- Primeira vez que Corey Haim e Corey Feldman atuaram juntos.

4- O sangue usado nas cenas do filme tinha glitter, para dar um efeito mais brilhante e sobrenatural. Corey Haim disse que ele era “mais viscoso que o sangue falso normal”.

5- A cada verão, o filme Os Garotos Perdidos é exibido gratuitamente no Santa Cruz Beach Boardwalk, onde foi filmado.

6- O saxofonista musculoso da praia, Tim Cappello, fez parte da banda de Tina Turner nos anos 80 e também apareceu no clipe de “One of the Living”, da trilha sonora de Mad Max: Além da Cúpula do Trovão.

7- A banda Echo & The Bunnymen regravou “People Are Strange” especialmente para o filme, substituindo a versão original dos The Doors.

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8- A personagem Lucy foi nomeada em referência a Lucy Westenra, do clássico Drácula, de Bram Stoker.

9- A locadora de Max no filme tem uma cópia do filme Os Goonies, de 1985 — uma referência ao ator Corey Feldman, que participou dos dois longas.

10- Corey Feldman quase foi demitido do filme, após aparecer drogado no set. Schumacher o dispensou, mas o recontratou no dia seguinte depois de um pedido de desculpas e promessa de profissionalismo.

11- O filme foi rodado em apenas 21 dias, de 2 a 23 de junho de 1986.

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O Rei do Show | Resenha | Vale a pena assistir?

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o rei do show topo

Demorei muito para assistir a O Rei do Show, um musical estrelado por Hugh Jackman (Logan) e dirigido por Michael Gracey (Better Man – A História de Robbie Williams). O projeto é baseado na história real de P. T. Barnum, showman e empresário do ramo do entretenimento que, além disso, fundou o circo Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus.

Além do eterno Wolverine, o elenco tem pesos pesados, como Zac Efron, Zendaya, Michelle Williams e Rebecca Ferguson. O acerto principal, e que enche os olhos do público, está nos figurinos, em algumas músicas e na criação, por exemplo, dos picadeiros e da parte interna do teatro. Ao sairmos e olharmos para a cidade, tudo parece artificial e o refino técnico dos prédios, das montanhas e do trem, que passa, vez ou outra, não condiz com o restante.

Aliás, falando em efeitos especiais, não posso deixar de citar as interações de Charles Stratton (personagem de Sam Humphrey) com os animais. Num projeto de mais de US$ 80 milhões de dólares, seria possível gerar algo mais decente – Godzilla – Minus One, por exemplo, fez tudo aquilo com orçamento muito menor.

O Rei do Show poderia ser um filme de maior duração

Na maioria das vezes eu cito que um projeto deveria ter uma duração menor. Contudo, desta vez, creio que seja o contrário. Com apenas 105 minutos, o roteiro de Jenny Bicks (Rio 2) e Bill Condon (Chicago) é apressado e não dá tempo para o espectador se importar com ninguém. Nos primeiros 30 minutos já sabemos tudo sobre a família do protagonista, ele convence todas as pessoas a participarem do seu show, adquire o prédio, monta os banners para colocar na cidade e pronto!

É como se, na vida dele, tudo fosse simples e sem dificuldades. Quer mais? Em 90% do filme, P. T. Barnum é gente boa. Contudo, há uma virada e ele se transforma em um ‘babaca’. Todos os funcionários ficam chateados, ele se separa da esposa, mas em 5 minutos, como é de costume aqui, o final feliz acontece e todos cantam dentro do picadeiro. Resultado? Na subida dos créditos você já esqueceu boa parte do que acabou de ver.

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O Rei do Show
O Rei do Show

Onde assistir O Rei do Show

O filme está disponível na Disney+.

Sinopse de O Rei do Show

Celebra o nacimento do mundo do entretenimento e mostra a vida do visionário que fez dum espectáculo uma sensação mundial.

Nota: ★★½

Título Original: The Greatest Showman
Ano Lançamento: 1992 (Estados Unidos)
Dir: Michael Gracey
Elenco: Hugh Jackman, Michelle Williams, Zac Efron, Rebecca Ferguson, Zendaya, Austyn Johnson, Cameron Seely, Keala Settle, Sam Humphrey

Curiosidades de O Rei do Show

1- A personagem Jenny Lind, interpretada por Rebecca Ferguson, tem a voz cantada dublada por Loren Allred. Ferguson canta bem, mas como Lind era “a melhor cantora do mundo”, ela achou justo deixar a voz para uma profissional.

2- Hugh Jackman leu mais de 30 livros sobre P.T. Barnum para interpretá-lo.

3- Hugh Jackman queria fazer esse musical desde 2009! Foram 9 anos até ver o sonho virar realidade.

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4- O filme só foi aprovado pela Fox depois que os compositores escreveram This Is Me durante um voo de 2 horas antes da reunião. A música foi indicada ao Oscar.

5- A personagem Anne Wheeler, vivida por Zendaya, foi inspirada em Miss La La, uma artista afro-alemã do circo no século 19.

6- Vários dos figurinos usados nas cenas de circo vieram diretamente dos acervos originais do Ringling Bros. e Barnum & Bailey Circus.

7- Hugh Jackman fez um workshop com os executivos da Fox logo após uma cirurgia de câncer de pele no nariz. O médico proibiu de cantar, mas ele não resistiu e mandou ver em From Now On. Resultado: o nariz começou a sangrar no meio da performance.

8- Mesmo sem cantar oficialmente em O Rei do Show, Ferguson teve que apresentar a música ao vivo para centenas de figurantes e equipe. Foi só com o apoio de Hugh Jackman que ela conseguiu se soltar.

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9- As gêmeas asiáticas são inspiradas em Chang e Eng Bunker, irmãos siameses reais nascidos na Tailândia.

10- Zac Efron disse que o beijo com Zendaya em O Rei do Show foi o melhor da carreira. Mas em outra entrevista, ele brincou dizendo que o preferido foi com Dwayne Johnson em Baywatch.

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