Proteção do audiovisual brasileiro: uma tarefa que merece atenção

Proteção do audiovisual brasileiro

A proteção do audiovisual brasileiro que, obviamente, também está atrelada a cultura de nosso país, esteve mais abandonada do que nunca nos últimos quatro anos. Não havia prospecção de futuro e muitos cidadãos, que dependiam do setor para sobreviver, passaram por momentos complicados.

Pensando nisso, os coordenadores do Fórum de Tiradentes montaram um documento chamado Carta de Tiradentes. Vale lembrar que o Fórum ocorreu durante 4 dias na cidade histórica de Minas Gerais.

Além disso, mais de 50 profissionais se reuniram no período para fazer um diagnóstico do setor. Tudo isso para formular a carta que, em breve, se destinará ao recém-refundado Ministério da Cultura, sob comando da ministra Margareth Menezes.

As conversas se pautaram pela busca por democracia, diversidade, descentralização, bem como desenvolvimento econômico e social e governança.

Mais sobre a carta que cita a proteção do audiovisual brasileiro

Na carta, frisa-se o quanto o audiovisual sofreu revezes gravíssimos de 2016 até 2022. “Dentre as artes, uma das mais afetadas, perseguidas e quase que totalmente paralisadas está o audiovisual brasileiro independente. Da organização institucional à preservação, passando pela formação, produção, distribuição e exibição, não houve área imune ao ímpeto destrutivo da última gestão do Estado brasileiro“, registra o documento.

Em resposta a isso, as dezenas de profissionais no Fórum de Tiradentes se dividiram em cinco grupos de trabalho (GTs), de maneira a concentrar as pautas, mas trabalhando de maneira interseccionalizada. Os GTs formados foram: Formação, Produção, Distribuição, Exibição/Difusão e Preservação. “Conseguimos colocar no mesmo espaço, sob um mesmo objetivo, as diferentes visões e os diferentes lugares do ecossistema audiovisual para encararmos o que vem pela frente nesse processo de reconstrução e retomada”, disse Mário Borgneth, também coordenador geral. “Somos muito diversos e, dentro de cada segmento do Fórum, há suas próprias pluralidades de pensamentos e demandas. O resultado desse processo é um relato do estado da arte no Brasil hoje”.

26 mostra tiradentes

Os principais pontos da Carta de Tiradentes

A Carta de Tiradentes enumera 17 pontos gerais, detalhados e ampliados por cada grupo de trabalho. Os pontos são:

  • Primeiramente: governança;
  • Bem como, marco regulatório de fomento;
  • Em seguida, regulação do video on demand e streaming;
  • Logo depois, as cotas de conteúdo;
  • linhas não reembolsáveis no Fundo Setorial do Audiovisual;
  • descentralização de investimentos;
  • Lei do Audiovisual;
  • transversalidade institucional;
  • política internacional do setor;
  • políticas para a EBC (Empresa Brasil de Comunicação);
  • sistema nacional de preservação;
  • formação; promoção de acesso;
  • democratização de acesso a internet;
  • relações trabalhistas;
  • mensuração de dados e indicadores; e
  • informação e conscientização.

“As informações e recomendações aqui produzidas serão encaminhadas ao Ministério da Cultura, em especial à Secretaria do Audiovisual e à Ancine, e para outros órgãos do poder
executivo, além dos poderes legislativo e judiciário”, registra a Carta. “Ao mesmo tempo, o resultado deste trabalho coletivo será imediatamente compartilhado com a sociedade e com toda a cadeia produtiva e criativa do audiovisual, bem como todos os agentes que possam manter esta discussão e mobilização viva. Na visão deste fórum, governos estaduais, municipais e do Distrito Federal também têm responsabilidade no desenvolvimento da política audiovisual, e a eles também será entregue o resultado deste trabalho”.

Primeiro vingador do Cinema e Séries (antigo Cinema e Pipoca) e do Pipocast, sou formado em Jornalismo e também em Locução. Aprendi a ser ‘nerdzinho’ bem moleque, quando não perdia um episódio de Cavaleiros do Zodíaco na TV Manchete ou os clássicos oitentistas na Sessão da Tarde. Além disso, moldei meu caráter não só com os ensinamentos dos pais, mas também com os astros e estrelas da Sétima Arte que me fizeram sonhar, imaginar e crescer. Também sou Redator Freelancer.

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