Piratas do Caribe – No Fim do Mundo: afundando de vez a franquia
Se A Maldição do Pérola Negra ressuscitou as antigas tramas com embarcações, viagens pelos sete mares e aventuras, este Piratas do Caribe – No Fim do Mundo serviu para lacrar, enterrar e jogar a franquia no oceano. O diretor Gore Verbinski trata os espectadores como bobos, repetindo os erros vistos no segundo episódio e, como se não bastasse, coloca Jack Sparrow como coadjuvante (aparecendo pela primeira vez após longos 30 minutos).
Nem Orlando Bloom (Cruzada), nem Keira Knightley (Orgulho e Preconceito), nem Chow Yut-Fat (O Monge à Prova de Balas) parecem à vontade nas interpretações – aliás, nem Johnny Depp (Edward – Mãos de Tesoura) é o mesmo. Apenas Geoffrey Rush (Ned Kelly) e seu Capitão Barbossa dão esperança a esta película indigesta.
Percebe-se, portanto, que nas cenas supostamente engraçadas ninguém ri, quando a ação começa há bocejos e os efeitos especiais, que poderiam encher os olhos, chapam qualquer espectador com suas repetições entediantes. Foram quase três horas desperdiçadas em frente ao meu aparelho televisor.
O ponto positivo (sim, existem pequenos acertos) inicia no ato final, quando os navios lutam dentro do redemoinho formado por Calypso. No desfecho, Verbinski dá trégua às computações gráficas, mas prova o quanto as cenas dramáticas ainda são seu maior desafio.
NOTA: 4,0
ORÇAMENTO: 200 Milhões de Dólares
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