Finalmente Martin Scorsese levou a estatueta mais desejada do cinema. Os Infiltrados é uma refilmagem de um projeto oriental, que conta com um elenco estelar e um roteiro muitíssimo bem amarrado.
Mas se olharmos para trás O Aviador e Gangue de Nova York também tinham os mesmos pontos positivos. Então, muitos gostariam de saber: Por que a premiação chegou só agora?.
Tenha certeza que fiz a mesma pergunta pelo menos dez vezes. Mas, talvez, a resposta seja hora certa. De maneira nenhuma outro diretor ganharia e, apesar de Clint Eastwood bater de frente com ele, ver Scorsese perdendo novamente para o velho conhecido, seria ruim demais.
A excepcional vantagem está no grande e contínuo trabalho de Jack Nicholson (Tratamento de Choque). Ele cria seu personagem cheio de artimanhas e piadinhas sutis e, por isso, fica difícil vê-lo interpretado por outro ator.
Leonardo diCaprio (Não Olhe para Cima) continua a construir uma carreira sólida, se desvencilhando da figura de galã, Matt Damon acerta novamente e assim como em A Identidade Bourne, entrega uma interpretação séria e impactante e, enfim, Mark Whalberg (Sem Dor, Sem Ganho) consegue uma chance de ser visto como ator dramático. O resto dos veteranos estão apenas correto nas atuações.
Há exageros, como no tempo de duração (que poderia ter 20 minutos a menos), porém faziam alguns anos que não assistia a uma produção de gangsteres tão intensa e com roteiro tão bem amarrado. Os Infiltrados não é sua melhor obra, mas cá entre nós, Scorsese merecia.
NOTA: 8,5
ORÇAMENTO: 90 Milhões de Dólares
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