HQ/Livros
O Vale dos Mortos, de Rodrigo de Oliveira

O universo dos zumbis já parece um tanto defasado pois foram feitos uma centena de games, filmes e livros. Por isso demorei um pouco para conferir O Vale dos Mortos, de Rodrigo de Oliveira (aliás, foi por intermédio de um amigo… um abraço Caião!), pois achava que seria mais do mesmo e que não havia espaço para novidades, para personagens marcantes ou para reviravoltas que me deixasse empolgado. Felizmente eu estava enganado e devorei – com o perdão do trocadilho – as pouco mais de 300 páginas rapidamente.
Agilidade e dinamismo são a alma do negócio por aqui e a ação constante (que é passada, em sua maioria, na cidade de São José dos Campos), que quase te deixa sem fôlego, está presente em pelo menos, uns 85% do livro. E se normalmente temos foco apenas nos civis, o autor trata de esmiuçar como estão diversas nações diante desta crise e impõe desfechos corajosos para boa parte deles.
Os protagonistas Ivan e Estela são fundamentais, pois se a personalidade deles não fosse impactante e lotada de camadas profundas e com um passado muito bem estabelecido, seria quase impossível torcermos pelos sobreviventes… mas eles e todos os outros coadjuvantes têm muito a dizer! Sem contar que, assim como os próprios leitores, eles vão descobrindo o que está havendo aos poucos, criam alianças e ganham a confiança daquela pequena sociedade.
Baseado neste trecho do livro do Apocalipse: “Então 2/3 de todas as pessoas no Planeta são acometidas por uma estranha doença… E abriu-se o poço do abismo, de onde saíram seres como gafanhotos com poderes de escorpiões. E os homens buscarão a morte e a morte fugirá deles.”, os questionamentos sobre fé e religião vão sendo pontuados, mas sem qualquer tipo de pieguice ou forçação de barra.

Capa de O Vale dos Mortos
O Vale dos Mortos, de Rodrigo de Oliveira tem uma narrativa fílmica e poderia se transformar numa série de filmes ou num seriado sem sombra de dúvidas. Aliás, se fosse um projeto norte-americano, com certeza já teria ido para outras mídias… por enquanto, só nos resta torcer!
Para quem ficou interessado, O Vale dos Mortos já está sendo vendido pela Amazon. Clique aqui e confira!
Sinopse de O Vale dos Mortos:
Estamos em 2017. Cientistas notam que há um planeta vermelho em rota de colisão com a Terra. Depois de muito pânico eles asseguram que o astro passaria a uma distância segura. Uma profecia esquecida do Apocalipse, reiterada por outros profetas modernos, ressurge. “Então 2/3 de todas as pessoas no Planeta são acometidas por uma estranha doença. E abriu-se o poço do abismo, de onde saíram seres como gafanhotos com poderes de escorpiões. E os homens buscarão a morte e a morte fugirá deles.”. Então um grupo luta por sobreviver num mundo dominado pelo mal.
Autor: Rodrigo de Oliveira
Nº de Páginas: 304
Preço atual: R$ 39,90
Confira mais em nossa coluna de Livros/HQs!
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República Popular de Terranova | HQ e livros

Em um futuro tecnocrático e sufocante, a República Popular de Terranova é apresentada como um modelo de eficiência e inovação. Com vias aéreas, nanorrobôs e portais interdimensionais, a sociedade criada por Felipe Kato no livro em questão, parece ter alcançado o ápice do progresso.
Mas por trás da fachada brilhante, esconde-se um sistema brutal de controle, manipulação e cobrança absurda de tributos, onde até a atmosfera precisa de uma redoma para não matar seus cidadãos — e a verdade é cuidadosamente censurada.
Sinopse de República Popular de Terranova
O protagonista Thomas K., jornalista de um dos últimos veículos independentes do ano 3084, vê sua vida virar do avesso ao receber uma cobrança bilionária sem qualquer explicação. Ao tentar resolver o absurdo, descobre um sistema podre por dentro — e acaba sendo preso em um centro de reeducação para dissidentes.
Paralelamente, sua filha Susana se envolve com um grupo revolucionário clandestino, mas é capturada e transformada em uma ciborgue a serviço do governo, tornando-se uma arma da repressão que ela própria tentava combater.
Quem é Felipe Kato, autor de República Popular de Terranova
Entre reviravoltas, perseguições e diálogos perturbadores, a obra escancara uma realidade distorcida que não está tão distante da nossa. Com humor ácido, crítica social e um cenário cyberpunk eletrizante, o autor costura uma distopia inquietante — e dolorosamente familiar.
Advogado tributarista na vida real, Felipe Kato se inspira em elementos da cultura geek para criar uma ficção que provoca e diverte. “Uso os impostos como símbolo de controle total, inclusive sobre como as pessoas pensam e vivem”, explica. Em República Popular de Terranova, lançado pela Clube de Autores, o exagero serve para escancarar o real: um governo que cobra tudo, até a liberdade. E uma população que, pouco a pouco, se acostuma com a servidão.
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Estrada Fantasma – Volume 1 | HQs & livros

O selo Alta Geek, do Grupo Editorial Alta Books, acaba de lançar no Brasil a HQ Estrada Fantasma – Volume 1, obra que inaugura uma nova série de quadrinhos sobrenaturais com alta carga dramática e visual brutal. Escrita por Jeff Lemire, premiado quadrinista com passagens marcantes pela Marvel e DC, a HQ conta com as artes atmosféricas de Gabriel H. Walta e as cores da renomada Jordie Bellaire, conhecida por trabalhos em Deadpool, Gavião Arqueiro e Cavaleiro da Lua.
Este é o início de uma saga que promete conquistar fãs de horror adulto, suspense e fantasia com texto afiado, atmosfera cinematográfica e um universo original em construção. Para leitores que curtem obras ousadas, densas e recheadas de tensão, esta é uma leitura obrigatória — tão perturbadora quanto impossível de largar.
Sinopse de Estrada Fantasma – Volume 1
A trama acompanha Dom, um caminhoneiro solitário assombrado por um passado traumático, que cruza caminhos com Birdie, vítima de um acidente na estrada. Quando eles descobrem um artefato misterioso entre os destroços, a realidade começa a se fragmentar, mergulhando os dois em uma dimensão surreal — repleta de monstros deformados, ameaças sobrenaturais e distorções alucinantes de espaço e tempo.
Com uma pegada de grindhouse horror sujo e visceral, a história ainda apresenta Theresa Weaver, uma agente do FBI marcada por traumas inexplicáveis, que investiga cadáveres com características não humanas. Sua presença amplia o mistério e conecta os eventos a uma mitologia sombria em expansão, tornando a HQ uma experiência tão narrativa quanto visualmente intensa.
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Como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil?

Você já se perguntou como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil? Isso já é um desafio por si só, agora imagine escrever o roteiro, dirigir a equipe criativa, conseguir financiamento público e ainda garantir a distribuição gratuita para escolas públicas. Foi exatamente isso que o escritor e professor Gabriel Godinho Sampaio conseguiu realizar com Tecnomaquia: Robôs vs Androides, uma obra híbrida entre prosa e HQ que mistura ficção científica, crítica social e muita arte gráfica.
O projeto foi contemplado pelo Edital 05/2024 da Prefeitura de São Vicente, via Política Nacional Aldir Blanc, e será entregue gratuitamente às escolas municipais, ampliando o acesso à produção cultural nacional entre os jovens.
Como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil?
Com 128 páginas ilustradas, o projeto envolveu uma equipe talentosa com nomes como Aline Martins (character design e desenhos), Salviano Borges (capas e colorização) e Ryan Nascimento (ilustrações de um capítulo). Gabriel atuou como roteirista e diretor criativo, conectando narrativa e visual. Ele conta que o maior desafio foi justamente aprender a ser um líder criativo que oferece liberdade: “Às vezes, o resultado final é diferente do que imaginamos, e isso é ótimo. A criação coletiva exige generosidade”.
Sobre sua estreia no universo dos editais públicos, Gabriel não esconde o choque inicial: “Eu não dominava a linguagem técnica dos editais. Foi um caos no começo. Mas ser aprovado de primeira me mostrou como esses mecanismos são poderosos e transformadores para quem está fora dos grandes centros”. Segundo ele, o financiamento público é democratiza o acesso à cultura e permite que novos autores construam seus próprios ecossistemas criativos, com liberdade, ética e profissionalismo.
Para além do livro, Tecnomaquia virou também um modelo de como a publicação independente pode ser uma alternativa real no mercado editorial. “A auto-publicação responsável é viável”, afirma Gabriel. “Não precisamos esperar pelas grandes editoras. Com informação, tempo e apoio, conseguimos fazer acontecer”.
E aí, o que achou da pauta sobre: “Como publicar um quadrinho de forma independente no Brasil?”
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